A realidade frequentemente supera a ficção em termos de assustador e macabro. Inspirado por uma dessas histórias bizarras, daquelas que vez ou outra estampam as manchetes dos jornais, Scott Walker deu vida ao longa-metragem “Sangue no Gelo” (2013), estrelado por Nicolas Cage e John Cusack. A trama acompanha um investigador em sua busca para capturar e condenar um assassino sistemático de mulheres no Alasca, em casos reais ocorridos na década de 1980.
Baseado na vida de Robert Hansen (John Cusack), acusado de assassinar cerca de 20 mulheres na região de Anchorage, o filme explora a sombria trajetória do criminoso e os esforços das autoridades para detê-lo.
Hansen, um jovem com problemas de autoestima e vítima de bullying, cresceu em uma família desestruturada e passou a nutrir desejos de vingança. Tornou-se habilidoso em armas e caça, e em 1957 alistou-se nas Forças Armadas, onde foi reconhecido por seu comportamento violento. Após cumprir pena por incendiar uma garagem de ônibus escolares, mudou-se para Anchorage, apresentando-se como um homem de família. Por trás dessa fachada, praticava crimes sexuais e, posteriormente, homicídios brutais.
Condenado por estupro em 1972, Hansen reincidiu, desenvolvendo um modus operandi perturbador: atraía mulheres para sua cabana isolada, mantinha-as cativas por dias e, depois, as libertava na floresta para caçá-las como animais. Sua captura só foi possível quando Cindy Paulson (Vanessa Hudgens), uma de suas vítimas, conseguiu escapar e buscar ajuda. Inicialmente desacreditada pela polícia, Cindy persistiu em sua denúncia, o que foi fundamental quando corpos começaram a ser encontrados.
Nicolas Cage interpreta o sargento Jack Halcombe, um policial determinado a convencer Cindy a cooperar e persistir. Apesar de sua relutância inicial e desconfiança em relação às autoridades, a jovem acaba formando uma aliança com Halcombe, que se torna crucial para a captura de Hansen.
Disponível na Netflix, “Sangue no Gelo” segue a fórmula clássica de filmes sobre serial killers, sem trazer inovações ao gênero, mas oferecendo um entretenimento sólido. Para fãs de documentários criminais e histórias de crimes reais, o filme consegue instigar e impressionar, graças às atuações envolventes de Nicolas Cage, John Cusack e Vanessa Hudgens, que conferem substância à narrativa e tornam a experiência mais autêntica e impactante.
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