Após ser dispensada do espetáculo de Natal que apresentava na Broadway, a dançarina Ashley (Britt Robertson) decide retornar à sua pequena cidade de origem, Sycamore Creek, em busca de recalibrar sua mente e ajustar seu espírito. Uma das justificativas para a demissão de Ashley foi a de que ela estava envelhecendo para o papel e que deveria ser substituída por alguém mais jovem. Agora, se sentindo fracassada e perdida, ela retorna para o berço familiar para passar as festividades de Natal em casa.
O filme é “No Ritmo do Natal”, nova comédia romântica de Natal da Netflix que também traz Chad Michael Murray no papel de Luke, um carpinteiro talentoso que está sempre ajudando os pais de Ashley, Stan (Michael Gross) e Lily (Beth Broderick), proprietários de um clube local. O local, que já recebeu celebridades e personalidades importantes, além de ser palco de artistas e ser um centro tradicional de diversão na cidade.
No entanto, a bar denominado The Rhythm Room está em decadência, sem público, com problemas estruturais e de manutenção, com contas de água, energia e aluguéis atrasados. O proprietário quer entregar o local a outra empresa, que vai transformá-lo em uma loja de sucos. Com os dias contados para o despejo, Ashley decide ajudar a família a reerguer o clube e atrair novamente os clientes.
Então, ela decide montar um espetáculo de Natal, com homens bonitos fazendo coreografias sensuais para mulheres. Com poucos homens para compor o elenco de seu show, Ashley convoca Luke, o cunhado Rodger (Marc Anthony Samuel) e o barman Troy (Colt Prattes). Mais tarde, mais um integrante se une ao grupo, o taxista Ricky (Hector David Jr.). Ashley, com sua experiência e prestígio conquistados ao longo de anos na Broadway, prepara o quarteto voluntário com o objetivo de lotar o bar dos pais.
É o começo do sonho de Ashley e dá tudo certo. Mas não apenas o quarteto de galãs dá certo como ela e Luke se aproximam, desenvolvem sentimentos românticos um pelo outro e começam a engatar um romance. Mas antes que as coisas se concretizem, de fato, Ashley é convocada pela produtora da peça que participava em Nova York para retornar para seu posto. Aliás, não apenas retornar, mas receber um aumento de 25% e um contrato de três anos. Tudo em reparação e reconhecimento ao erro que cometeram ao demití-la. Ela, claro, que sempre amou a vida na cidade grande e sempre sonhou com a vida de estrela, aceita o pedido de desculpas e topa retornar. Ao comunicar para Luke sobre seu retorno para Nova York, ele fica magoado e quer desistir do espetáculo no The Rhythm Room.
“No Ritmo do Natal” conta com dois atores conhecidos nos papéis principais, fazendo disso seu maior trunfo. A criatividade no enredo não se sustenta e, ao fim, o longa-metragem entrega uma comédia romântica insípida e sem muito brilho. A reação de Luke em relação ao retorno de Ashley para seu antigo trabalho parece um tanto exagerada e infantil. Afinal, ele quer mantê-la presa em uma pequena cidade onde ela será incapaz de se realizar profissionalmente e desenvolver seu potencial. O romance nos moldes Hallmark parece sofrer de anacronismo e caretice, mas tem quem se agrade disso.
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