Em 1989, Dominic Toretto vislumbrava a consagração em uma competição que prometia alavancar sua trajetória. No entanto, o jogo da sorte não sorria para ele. Com óleo espalhado pela traiçoeira curva dois, a ameaça do carro 23 no retrovisor e o retorno de Kenny Linder, antigo rival, a pressão aumentava. Mas o revés, esse visitante inesperado, ignora as preces humanas e chega sem aviso, indiferente a planos ou ambições.
Antes de iniciar o capítulo mais sombrio de sua saga, “Velozes e Furiosos 8” entrega uma celebração visual. Sob a direção de F. Gary Gray, que vinha de um marco com “Straight Outta Compton” (2015), o filme reinventa a série, proporcionando frescor ao enredo e alcançando um feito financeiro impressionante, superando 1,25 bilhão de dólares. O elenco, liderado por Vin Diesel, traz uma dinâmica peculiar, mesclando talento físico e nuances dramáticas.
Dom, desiludido com o eterno conceito de “família”, troca alianças com Cipher, a antagonista dúbia de Charlize Theron. Enquanto seus parceiros tentam resgatá-lo, Dom, indiferente, abraça as paisagens de Havana em seu Challenger. Em meio a rachas pela cidade, defende o irmão Fernando, consolidando-se como uma lenda local, até que o inesperado novamente intervém.
O embate entre Dom e Cipher desenrola-se em territórios diversos, do calor caribenho ao gelo da Sibéria, onde efeitos visuais grandiosos culminam na ascensão de um submarino. Mesmo com o desgaste narrativo, o encerramento, com Dom, Letty e o grupo reunidos em Nova York, ainda provoca um sorriso, mesmo que o horizonte prometa novos desafios.
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