“Venom: Tempo de Carnificina” explora os limites da conexão entre dois seres improváveis, entregando uma narrativa de ação frenética e humor peculiar. O filme equilibra cenas de combate de ritmo acelerado com diálogos espirituosos, capturando a essência de uma relação bizarra, mas curiosamente afetiva, entre os protagonistas. A dualidade entre Eddie Brock e Venom resulta em uma dinâmica caótica que oscila entre conflito e cumplicidade, enquanto o público se diverte com as discussões surreais da dupla. Sob a direção de Andy Serkis, a obra se apoia em performances cheias de espontaneidade, onde os improvisos enriquecem o tom despretensioso da trama. No fundo, há um toque surpreendentemente romântico, reforçando que as parcerias mais improváveis podem ter nuances inesperadas.
O enredo recua para o Reformatório Saint Estes, em 1996, onde Cletus Kasady, um jovem com profundas perturbações psicológicas, interage com Frances Barrison, uma mulher cuja presença exerce um fascínio sombrio. A suposta conexão entre os dois é perturbadora, sugerindo mais manipulação do que afeto genuíno. Avançando 25 anos, Eddie Brock luta para revitalizar sua carreira como jornalista investigativo, enquanto tenta coexistir com Venom, seu simbionte exigente e imprevisível.
A dinâmica entre eles garante momentos de destruição e humor, trazendo à tona a habilidade de Tom Hardy em mesclar intensidade e leveza. Em paralelo, Kasady se transforma em Carnage, um antagonista cruel e sanguinário, impulsionado por um ódio visceral. Woody Harrelson imprime ao personagem um cinismo assustador, intensificado pelo simbionte vermelho que amplifica sua ferocidade. No final, o vínculo peculiar entre Eddie e Venom emerge como o coração da narrativa, oferecendo uma visão única sobre laços que desafiam convenções e expectativas.
★★★★★★★★★★