Sequência de franquia que faturou 1 bilhão, redefiniu o gênero slasher e se tornou símbolo da cultura pop, na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Sequência de franquia que faturou 1 bilhão, redefiniu o gênero slasher e se tornou símbolo da cultura pop, na Netflix

Stu Macher e Billy Loomis, assassinos emblemáticos da franquia “Pânico”, seguem deixando suas marcas. Mesmo após 28 anos da primeira matança em Woodsboro, nos Estados Unidos, esses personagens continuam a injetar vitalidade no enredo iniciado por Wes Craven em 1996. Acredita-se que “Pânico 7” chegará como uma celebração das três décadas de existência dessa franquia slasher que redefiniu o gênero.

A força cultural de “Pânico” atravessa fronteiras: da máscara de Ghostface que surge anualmente no Halloween e Carnaval, até referências em paródias, festas temáticas e comerciais de TV. Agora, sob a direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, a trama de “Pânico 5” é revisitada, com novos mistérios e pistas cuidadosamente plantadas ao longo do caminho. O roteiro, por sua vez, permanece fiel às diretrizes do criador original, Kevin Williamson, uma fórmula que James Vanderbilt e Guy Busick seguem com rigor, garantindo o sucesso contínuo da série.

A série também evoca temas que transcendem o horror superficial, remetendo a valores fundamentais da sociedade. O caos e o terror expostos nos filmes sugerem uma reflexão sobre o que resta de nossa humanidade em um mundo cada vez mais violento e desconfiado. Pequenas cidades, frequentemente retratadas como repositórios de segredos sombrios e habitantes excêntricos que fogem à norma social, tornaram-se um subgênero potente dentro do universo do terror. O público é convidado a questionar até onde a realidade se mistura com o pesadelo.

Entre os novos personagens que impulsionam o enredo, está Laura Crane, uma professora de cinema. Em suas aulas sobre o terror slasher do século 20, ela tenta lidar com adolescentes caóticos e alcoólatras, enquanto sua própria vida é bruscamente interrompida. Em uma noite que deveria ser de descontração, ao esperar um encontro no bar Hasta el Fuego, Laura é atraída para uma armadilha e assassinada por uma figura com a máscara de Ghostface. Samara Weaving, em uma performance marcante, dá início a uma série de ataques que ameaçam todos à sua volta.

A dupla de diretores Bettinelli-Olpin e Gillett sabe como ativar as memórias da audiência, trazendo de volta o trauma de Samantha Carpenter. Samantha, acusada de desencadear uma nova onda de mortes em Woodsboro, enfrenta a desconfiança generalizada, enquanto sua irmã Tara, interpretada por Jenna Ortega, tenta escapar da sombra protetora de Sam, mudando-se para Nova York em busca de independência. As duas atrizes, Melissa Barrera e Jenna Ortega, conduzem a narrativa com intensidade, guiando o espectador por uma montanha-russa de sangue e tensão, repleta de revelações chocantes sobre aqueles que elas consideravam aliados.

Ao fim, o retorno da máscara e das antigas feridas de Woodsboro nos lembra por que “Pânico” se mantém relevante e assustador. A combinação de novas abordagens, somada ao respeito pelas raízes da franquia, assegura que o público receba a dose exata de nostalgia, mistério e violência.


Filme: Pânico 6
Direção: Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett
Ano: 2023
Gêneros: Terror/Crime
Nota: 8/10