Estive com um chato no último fim de semana. Não sei explicar exatamente por que o cara era chato, mas ele era. Ninguém soube me dizer por que o cara era chato, mas que era chato, era! Chato é assim, é inexplicável, não dá pra dizer o que faz um cara chato. Às vezes o cara é inteligente, gente boa, do bem, mas é chato. Fiquei pensando sobre isso e acabei fazendo uma pequena classificação:
Chato amigo de infância: Você até gosta do cara, tem um carinho por ele, pois foi alfabetizado com o cara, teve os mesmos professores, os mesmos amigos, mas ele continua ao seu lado. Chateando…
Chato com causa: Sempre tem uma boa causa e conta com a sua ajuda. Você não pode negar o apoio às crianças com fome, aos pobres oprimidos, as vítimas da ditadura, mas dá pra negar estender o papo com o cara por mais de dois minutos.
Chato cutucador: Às vezes ele nem é tão chato, mas o dedo é. O cara fica te cutucando até você ficar com uma marca na barriga. A marca do chato.
Chato burro: Um dos piores tipos, o chato que acumula.
Chato calado: O cara nem fala, não emite opinião sobre nada, mesmo assim é chato. Vai entender por quê.
Chato na internet: Ao seu lado ele é legal, mas os seus posts são insuportáveis, não dá pra aguentar ele no Whatsapp e o cara é uma mala no Facebook. E tem o contrário: o sujeito virtual é o máximo, mas ao vivo é uma mala.
Chato candidato: Aí é pleonasmo!
E tem mais, muito mais:
O chato sensível, o chato moderno, o chato cantor, o chato poeta, o chato sabe-tudo, o chato depressivo, o chato artista, o chato que queria ser artista, o chato de sucesso, o chato superatleta e o chato chato.
O assunto é inesgotável. A minha paciência é que não é.
Espero não ter sido chato.