Se você ama “O Bebê de Rosemary”, precisa assistir essa versão renovada do terror mais macabro da história do cinema, no Prime Video Divulgação / Black Bear

Se você ama “O Bebê de Rosemary”, precisa assistir essa versão renovada do terror mais macabro da história do cinema, no Prime Video

Sidney Sweeney é, atualmente, uma das estrelas femininas mais promissoras da indústria hollywoodiana. Anos antes de alcançar esse sucesso, quando tinha apenas 17 anos, a atriz fez o teste para seu papel em “Imaculada” e foi selecionada. No entanto, a produção do filme ficou parada até que a própria Sweeney decidiu dar andamento ao projeto. Agora, consolidada como uma estrela no cinema, ela tomou as rédeas do filme. Sweeney entrou em contato com Andrew Lobel, roteirista da obra, e passou a trabalhar diretamente na produção. Desde então, contratou o diretor, garantiu o financiamento e conseguiu finalmente lançá-lo.

O enredo do filme explora a religião católica e seus símbolos como fontes de poder e exploração s3x*al, emocional e psicológica. Esse tema já foi amplamente abordado no cinema, e um dos filmes mais icônicos que certamente influenciou a construção de “Imaculada” é “O Bebê de Rosemary”, um clássico da década de 1960 dirigido por Roman Polanski, conhecido por sua atmosfera macabra.

Sidney Sweeney é, sem dúvidas, um dos maiores s3x simbols dessa geração. Embora isso não diminua seu talento, certamente reduz a variedade de papéis disponíveis para ela. Em “Imaculada”, Sweeney interpreta Cecelia, uma noviça encaminhada para um convento no interior da Itália. Ao chegar, ela é parada na imigração e interrogada por policiais que, olhando-a como se vissem por debaixo de sua túnica, comentam em italiano sobre como é um desperdício que uma jovem tão bonita entregue seu corpo a Cristo.

No convento, Cecelia é recebida pelo padre Sal Tedeschi (Álvaro Morte), um guia espiritual que se revela uma figura moralmente ambígua e misteriosa. Embora pareça religiosamente rigoroso, seus olhares para Cecelia ocultam intenções maliciosas.

Cecelia passou por traumas durante a infância, incluindo uma experiência de quase morte ao cair em um lago congelado. Segundo ela, seu coração parou por sete minutos antes de ser resgatada. Cecelia acredita que essa nova chance de vida dada por Deus representa um propósito maior. No entanto, ela ainda não descobriu qual seria esse propósito e espera encontrar respostas no convento.

A juventude e beleza da noviça parecem influenciar sua posição dentro do convento, um local histórico e medieval, repleto de ambientes secretos, rituais misteriosos e sinistros, além de abrigar freiras idosas que aguardam a passagem para o mundo espiritual. Essa atmosfera acrescenta uma camada de obscuridade e tensão, acentuada pelos olhares lançados à Cecelia por outras freiras. Esses olhares são difíceis de compreender; podem representar inveja, temor ou ódio.

Quando Cecelia aparece grávida, apesar de nunca ter se deitado com um homem, ela é tratada como uma escolhida, destinada a carregar o Messias em sua segunda vinda. No entanto, eventos macabros e obscuros começam a se desenrolar em um suspense psicológico que levanta muitos questionamentos e suspeitas, mas oferece pouquíssimas respostas.

“Imaculada” se torna uma obra instigante que explora a interseção entre fé, desejo e manipulação, proporcionando uma narrativa densa e cheia de reviravoltas. A atuação de Sidney Sweeney e a profundidade do enredo prometem manter o público intrigado até o fim.


Filme: Imaculada
Direção: Michael Mohan
Ano: 2024
Gênero: Terror/Drama/Mistério
Nota: 8

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.