A primeira série da Netflix a ultrapassar a marca de 600 dias no Top 10 global Divulgação / Netflix

A primeira série da Netflix a ultrapassar a marca de 600 dias no Top 10 global

Se você já é um espectador assíduo de “Bridgerton”, sabe que uma das grandes qualidades da série, além das encantadoras estampas florais, dos exuberantes frufrus e da atmosfera barroca digna de um conto de fadas, é a sensualidade. Agora, com a terceira temporada em exibição, a produção continua a fascinar o público ao revisitar as intrigas e romances da aristocracia britânica, sempre trazendo novos personagens e dinâmicas amorosas para o centro do palco.

A primeira temporada concentrou-se na paixão arrebatadora entre Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor) e Simon Basset (Regé-Jean Page), enquanto a segunda nos presenteou com o romance entre Anthony Bridgerton (Jonathan Bailey) e Kate Sharma (Simone Ashley), revelando uma relação mais madura e desafiadora. As escolhas narrativas da série seguem uma tradição de transformar cada temporada em uma nova história de amor, renovando o interesse do público sem perder a essência de seu universo romântico.

Nesta terceira temporada, o foco recai sobre Penelope Featherington (Nicola Coughlan), cuja jornada de autodescoberta e amadurecimento emocional assume o protagonismo. Após anos à sombra das tramas principais, Penelope finalmente decide lutar por seu grande amor, Colin Bridgerton (Luke Newton). No entanto, o conflito com sua ex-melhor amiga, Eloise Bridgerton (Claudia Jessie), que descobriu que Pen é a enigmática Lady Whistledown, cria uma nova camada de tensão emocional. A amizade rompida e o desejo de Penelope de ser vista como mais do que a fofoqueira da cidade são explorados com maior profundidade, elevando a complexidade dos relacionamentos.

Colin, por sua vez, retorna de suas viagens pela Europa mais confiante e fisicamente transformado, tornando-se o centro das atenções das jovens debutantes. Ao perceber o desejo de Penelope de conquistar um pretendente, ele se oferece para ajudá-la a aprender as nuances da conquista amorosa, mas, conforme os laços entre os dois se estreitam, Colin começa a se dar conta de seus próprios sentimentos por ela. Esse arco narrativo, que muitos fãs aguardavam ansiosamente, finalmente entrega o romance entre Colin e Penelope, mas o desenvolvimento, apesar de envolvente, pode parecer lento para quem acompanhou as duas primeiras temporadas esperando esse desfecho.

“Bridgerton” continua a impressionar com sua combinação de romance, drama e sensualidade, mas alguns críticos apontam que a série, nesta terceira fase, perdeu um pouco do brilho inicial. As tramas, embora ainda cativantes, trazem uma sensação de repetição em alguns momentos, especialmente no que diz respeito ao ritmo de desenvolvimento dos relacionamentos. Para parte do público, a espera pelo desenlace entre Penelope e Colin é prolongada demais, e algumas cenas poderiam ser mais ágeis. No entanto, para os fãs devotos, a série continua a entregar exatamente o que se espera dela: beleza estética, figurinos luxuosos e uma ambientação de tirar o fôlego, com uma dose constante de emoção e intriga.

Outro fator que mantém “Bridgerton” em alta é seu sucesso contínuo nas métricas da Netflix. A série quebrou recordes, sendo a primeira da plataforma a ultrapassar a marca de 600 dias no Top 10 global, um feito impressionante que atesta sua popularidade e capacidade de manter os espectadores cativados ao longo do tempo.


Série: Bridgerton
Criação: Chris Van Dusen
Ano: 2022
Gênero: Drama/Romance
Nota: 9,5/10