Visto nos cinemas por 160 milhões de pessoas, fenômeno global que arrecadou 5 bilhões de reais nas bilheterias está no Prime Video Divulgação / New Line Cinema

Visto nos cinemas por 160 milhões de pessoas, fenômeno global que arrecadou 5 bilhões de reais nas bilheterias está no Prime Video

A despedida de Christopher Lee como Saruman, em “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”, marca também o encerramento da trilogia de “O Hobbit”, dirigida por Peter Jackson. Lançado em 2014, o filme conclui a jornada de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) em sua missão ao lado de um grupo de anões liderados por Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage), na tentativa de retomar a Montanha Solitária, que havia sido tomada pelo dragão Smaug.

Smaug é morto por Bard (Luke Evans) após incendiar a Cidade do Lago. Com a queda do dragão, Erebor fica livre da ameaça e abarrotada de tesouros. Thorin, agora de volta ao trono de sua montanha, sucumbe à “doença do dragão”, uma obsessão pelo ouro que o torna paranoico, mesquinho e desleal. Entretanto, povos de diferentes regiões se dirigem à montanha para reivindicar sua parte no tesouro.

Thorin, no entanto, declara guerra a todos, recusando-se a dividir as riquezas de Erebor. No campo de batalha, se reúnem soldados da Cidade do Lago, elfos, orcs, anões e águias, formando alianças improváveis com o objetivo de derrotar os orcs. Paralelamente, uma batalha ainda mais sombria ocorre entre Sauron (Benedict Cumberbatch), Gandalf (Ian McKellen), Elrond (HugoWeaving) , Galadriel (Cate Blanchett) e Saruman. Gandalf quase é destruído, mas é salvo por Galadriel e resgatado por Radagast, o Castanho (Sylvester McCoy).

O papel de Bilbo nesta terceira parte é mais o de um observador dos acontecimentos, em vez de um agente ativo que os influencia diretamente. Ainda assim, é importante lembrar que Bilbo encontra a “Arkenstone” — ou Pedra do Coração da Montanha —, símbolo do direito de Thorin de reinar sobre Erebor. Porém, ele decide não revelar a descoberta a Thorin, temendo que a ganância do líder anão seja agravada pela posse da pedra.

“O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” é o filme mais curto dentre as adaptações de Tolkien dirigidas por Peter Jackson, com duas horas e vinte minutos de duração. Gravado a 48 frames por segundo, assim como seus dois predecessores, o longa oferece uma experiência visual mais detalhada e fluida, embora a alta nitidez tenha causado certa estranheza em alguns espectadores.

Os efeitos especiais, como nos outros filmes de Jackson baseados na obra de Tolkien, foram realizados pela Weta Digital, empresa que pertencia ao cineasta na época. Com a experiência adquirida nos filmes anteriores, Jackson conduziu com habilidade a complexa sequência da batalha, uma cena grandiosa e inteiramente coreografada, que exigiu coordenação precisa de personagens gerados por computador e multiplicados pelo software Massive.

A produção da trilogia de “O Hobbit” contou inicialmente com Guillermo Del Toro, que estava escalado para dirigir o último filme, mas precisou abandonar o projeto devido a atrasos, deixando Jackson novamente à frente da direção. “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” foi indicado a 64 prêmios, incluindo uma nomeação ao Oscar.


Filme: O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
Direção: Peter Jackson
Ano: 2015
Gênero: Ação/Aventura/Fantasia
Nota: 10

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.