Superprodução que valeu 5 bilhões de reais e levou 200 milhões às salas de cinema do mundo todo, no Prime Video Divulgação / New Line Cinema

Superprodução que valeu 5 bilhões de reais e levou 200 milhões às salas de cinema do mundo todo, no Prime Video

“O Hobbit: A Desolação de Smaug” é a segunda parte das aventuras de Bilbo Bolseiro na adaptação cinematográfica de Peter Jackson. Lançado em 2013, o longa-metragem, junto com suas outras duas partes, serve como prequela para os três filmes de “O Senhor dos Anéis”. A narrativa se passa aproximadamente 60 anos antes da saga de Frodo, que visa destruir o Anel de Sauron.

Neste segundo filme, Bilbo (Martin Freeman) e seus companheiros anões acabam em uma caverna de orcs. Bilbo, no entanto, consegue escapar, mas se depara com Sméagol (Andy Serkis), que acidentalmente deixa cair seu “precioso”. Sem saber do poder do anel, Bilbo o coloca furtivamente em seu bolso. Enquanto Gollum enxerga Bilbo como sua próxima refeição, o hobbit tenta encontrar uma maneira de fugir da caverna. Os dois, então, fazem uma aposta: quem vencer um jogo de adivinhações decide o destino do outro. Se Bilbo ganhar, Sméagol deverá lhe mostrar a saída. Se Gollum vencer, Bilbo será seu aperitivo.

Graças à sua esperteza, Bilbo vence o jogo. Contudo, quando Sméagol descobre que o hobbit pegou o anel, tenta recuperá-lo. Durante o confronto, Bilbo acidentalmente coloca o anel no dedo e se torna invisível, conseguindo escapar de Gollum.

Bilbo se reúne novamente com seus colegas anões, mas a jornada ainda reserva muitos perigos e aventuras. Desde a perseguição de um lobisomem gigante até uma acirrada batalha com orcs que quase resulta na morte do rei Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage) — não fosse o socorro providencial das águias —, os desafios são constantes. Em seguida, o grupo é contrabandeado em um barco de pesca até uma vila próxima à Montanha Solitária, onde se deparam com aquele que acreditam ser o maior de seus inimigos: o dragão Smaug.

Enquanto esses eventos ocorrem, Gandalf (Ian McKellen), que frequentemente desaparece de maneira misteriosa, descobre algo muito mais sombrio: uma força muito mais maligna que Smaug despertou na Terra Média e ameaça destruir o mundo. Sauron (Benedict Cumberbatch) está de volta, e acontecimentos obscuros anunciam seu retorno.

Neste segundo filme, Peter Jackson deixa claro que todos os eventos de “O Hobbit” foram impulsionados por Gandalf, que incentivou os anões a retomarem a Montanha Solitária e destruírem Smaug. O Mago Cinzento já estava ciente do despertar de Sauron e acreditava que o dragão precisava ser eliminado antes de se aliar ao Senhor de Mordor, o que representaria um perigo ainda maior.

Visualmente impressionante, a trama, baseada no livro de J.R.R. Tolkien, é envolvente e empolgante, mantendo os espectadores completamente absorvidos pela história. A grandiosidade estética, que marcou todos os filmes baseados nas obras de Tolkien dirigidos por Peter Jackson, continua sendo um dos grandes destaques. Além disso, as atuações notáveis do elenco de peso, que inclui Christopher Lee, Cate Blanchett, e Orlando Bloom, entre outros, elevam ainda mais a qualidade do filme.

Indicado a três Oscars, o longa não conquistou nenhuma estatueta, mas obteve outras 19 vitórias em diversas premiações.

Diferentemente da trilogia “O Senhor dos Anéis”, Ian McKellen não contracenou com os demais personagens. Na primeira série de filmes, ele ficava próximo à câmera para criar a ilusão de ótica de que era maior. Desta vez, McKellen filmou sozinho e foi inserido digitalmente nas cenas com os anões e Bilbo. O ator ficou bastante frustrado com essa situação e chegou a afirmar que “não se tornou ator para isso”.

Com um orçamento maior que o do filme anterior, que custou 180 milhões de dólares, “A Desolação de Smaug” teve um orçamento de 225 milhões de dólares e arrecadou quase 1 bilhão de dólares nos cinemas, tornando-se uma produção altamente rentável para Peter Jackson.


Filme: O Hobbit: A Desolação de Smaug
Direção: Peter Jackson
Ano: 2013
Gênero: Aventura/Fantasia/Ação
Nota: 10

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.