Nove anos após o lançamento de “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei”, Peter Jackson retorna com mais um filme da saga, reacendendo a euforia e a satisfação dos fãs de J.R.R. Tolkien. “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” é baseado no livro “O Hobbit”, que narra os eventos anteriores à jornada de Frodo (Elijah Wood) para destruir o Anel de Sauron. Neste primeiro filme da trilogia “O Hobbit”, revisitamos a juventude de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), tio de Frodo, que embarca em sua própria aventura para ajudar os anões a recuperar a Montanha Solitária.
Embora o vilão inicial não seja Sauron, mas o dragão Smaug, que tomou a montanha dos anões, a sombra do Senhor de Mordor já paira sobre a Terra Média. A Floresta das Trevas está sob a influência do Necromante (Benedict Cumberbatch), e o mal parece surgir em locais inesperados.
Voltando ao início, “Uma Jornada Inesperada” começa no Condado, com Bilbo Bolseiro sendo surpreendido por visitantes inconvenientes no meio da noite. Um grupo de 13 anões invade sua toca, consumindo toda a comida da despensa, ameaçando a louça da família, deixando rastros de sujeira e até entupindo o banheiro. Bilbo não os convidou; tudo foi orquestrado por Gandalf (Ian McKellen), que reuniu a comitiva na casa do hobbit para dar início à expedição.
Liderados pelo rei anão Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage), o grupo discute o destino de retomar a Montanha Solitária. A capacidade de Bilbo como “ladrão”, uma função que ele deverá desempenhar na missão, é questionada pelos anões, mas defendida por Gandalf. Bilbo, contudo, nunca se ofereceu para nenhuma aventura e está confuso com a situação. A noite é encerrada com uma das cenas mais emocionantes do filme: a canção da montanha, entoada por Thorin e acompanhada pelos outros anões.
Na manhã seguinte, os anões partem, e Bilbo se sente aliviado por poder retomar sua rotina e desfrutar de sua casa vazia. No entanto, algo desperta em seu coração. Ele percebe que deve responder ao chamado da aventura. Assim, ele corre para alcançar a comitiva, que já havia iniciado a jornada.
A lealdade e coragem de Bilbo são constantemente questionadas, especialmente por Thorin, que reluta em confiar no hobbit. Gandalf, porém, acredita firmemente que a presença de Bilbo é essencial na jornada, o que é reforçado posteriormente quando o grupo chega a Valfenda, terra dos elfos, e Gandalf se encontra com Galadriel (Cate Blanchett).
Gandalf afirma: “Alguns acreditam que apenas um grande poder é capaz de manter o mal sob controle, mas não é isso que vejo. Descobri que são as pequenas ações cotidianas de pessoas comuns que mantêm a escuridão distante. Pequenos gestos de amor e gentileza”. Essa fala não apenas reflete a confiança de Gandalf na coragem de Bilbo, mas também antecipa a crucial participação dos hobbits na derrota de Sauron, como será confirmado em “O Senhor dos Anéis”.
Em “Uma Jornada Inesperada”, o público tem o primeiro encontro cinematográfico com o terceiro dos cinco magos existentes, Radagast, o Castanho (Sylvester McCoy). Os outros dois magos, Alatar e Pallando, são mencionados no livro “Contos Inacabados”. Em “O Senhor dos Anéis”, Gandalf morre e, após ser ressuscitado pelos Valar, assume o título de Saruman como “O Branco”, tornando-se o líder dos Istari, a ordem dos cinco magos. Saruman, por sua vez, perde essa posição ao se corromper pelo poder de Sauron.
Além de trazer de volta personagens queridos da primeira saga e reviver toda a grandiosidade visual dos três filmes de “O Senhor dos Anéis”, “Uma Jornada Inesperada” foi o primeiro filme a ser rodado em 48 quadros por segundo, proporcionando imagens ainda mais detalhadas e realistas.
Filme: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Direção: Peter Jackson
Ano: 2012
Gênero: Aventura/Fantasia/Ação
Nota: 10