Baseado em sucesso literário de James Dashner com 6,5 milhões de cópias vendidas, filme de ação que arrebanhou milhares de fãs está na Netflix Divulgação / 20th Century Studios

Baseado em sucesso literário de James Dashner com 6,5 milhões de cópias vendidas, filme de ação que arrebanhou milhares de fãs está na Netflix

Wes Ball, o diretor por trás da franquia “Maze Runner”, baseada nos livros de James Dashner, tem uma habilidade ímpar para capturar o espírito que conecta espectadores de todas as idades. Suas cenas equilibram movimento e reflexão com precisão, mergulhando a audiência em questões universais enfrentadas durante a vida, especialmente na tumultuada fase da adolescência. Esse período, marcado pelo caos e pela impressão de uma conspiração contra nossos sonhos, muitas vezes requer a orientação de pais atentos para manter a sanidade.

Thomas, interpretado por Dylan O’Brien, é o herói central da envolvente trilogia. Em “Maze Runner: Prova de Fogo”, ele continua a liderar um grupo de jovens sobreviventes num mundo devastado. Esses jovens escaparam da opressiva muralha que os aprisionava, apenas para enfrentar uma nova e mortal ameaça. O roteiro de T.S. Nowlin, que colaborou no primeiro filme da franquia com Noah Oppenheim e Grant Pierce Myers, reutiliza elementos que Ball já havia explorado em “Correr ou Morrer”. Embora isso possa diminuir um pouco o vigor narrativo de “Prova de Fogo”, as cenas ágeis e a atuação dedicada do elenco mantêm a história envolvente.

A juventude é uma fase de vida excepcional, repleta de descobertas e vulnerabilidades. É um período marcado por uma mistura de emoções intensas, desde as alegrias pelas coisas mais simples até a sensação de solidão. Durante essa etapa, estamos particularmente suscetíveis aos nossos próprios demônios, mas também abertos a novos raios de esperança e promessas de felicidade.

Livros e filmes que exploram os desafios e as epifanias dessa fase da vida tornam-se ainda mais impactantes quando percebemos o poder único que a juventude possui. Wes Ball, ao focar no carisma magnético de Thomas, captura essa essência de forma brilhante.

Thomas e seus companheiros, Newt, Caçarola, Teresa, Minho e Winston, fugiram da Clareira e enfrentam novas adversidades. Ki Hong Lee, que interpreta Minho, destaca-se cada vez mais no grupo. Em “A Cura Mortal”, a terceira e última parte da série, Minho enfrenta destinos trágicos, enquanto Winston, interpretado por Alexander Flores, sacrifica-se como um cordeiro profano, expiando o ousado sonho de liberdade do grupo. Aris, um estranho prisioneiro do CRUEL (Catástrofe e Ruína Universal: Experimento Letal), junta-se a eles.

Os jovens ainda são cativos da sinistra organização que busca a cura para o Fulgor, o vírus devastador que destruiu a Terra. A doutora Ava Paige, interpretada por Patricia Clarkson, permanece como a grande antagonista, conduzindo a trama para seu clímax sem oferecer esperança de salvação para os garotos. Além disso, eles enfrentam os Cranks, monstruosidades apocalípticas que atormentam tanto os clareanos quanto os membros do CRUEL.

Ball, através de uma narrativa imersiva e personagens cativantes, consegue manter o público envolvido na luta desses jovens contra adversidades aparentemente insuperáveis, fazendo de “Maze Runner”, na Netflix, uma saga memorável.


Filme: Maze Runner: Prova de Fogo
Direção: Wes Ball
Ano: 2015
Gêneros: Ficção científica/Ação
Nota: 8/10