Suspense policial com Morgan Freeman e Ashley Judd adaptado de livro lido por 375 milhões de pessoas, na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Suspense policial com Morgan Freeman e Ashley Judd adaptado de livro lido por 375 milhões de pessoas, na Netflix

Com mais de 300 milhões de exemplares vendidos, a série literária sobre o detetive Alex Cross, criada por James Patterson, alcançou também o público do cinema através de adaptações como “Beijos Que Matam”, “Na Teia da Aranha”, ambos protagonizados por Morgan Freeman, e “Alex Cross”, interpretado por Tyler Perry.

A primeira incursão cinematográfica do personagem, “Beijos Que Matam”, foi lançada em 1997, dirigida por Gary Fleder. A trama gira em torno da doutora Kate McTiernan (Ashley Judd), que sobrevive a um sequestro perpetrado por um criminoso em série. Determinada a capturá-lo, ela colabora com o detetive Alex Cross, que tem um interesse pessoal no caso, uma vez que sua sobrinha também está entre as vítimas desaparecidas.

O sequestrador, conhecido como Casanova, escolhe suas vítimas entre jovens mulheres notáveis e fortes, mantendo-as em cativeiros subterrâneos em uma floresta isolada, onde são submetidas a torturas e abusos sexuais. À medida que as investigações avançam, descobre-se que ele não atua sozinho, contando com cúmplices que facilitam seus crimes.

A produção é marcada por cenas intensas de ação e tensão. Ashley Judd, comprometida com a autenticidade de sua personagem, treinou artes marciais e realizou diversas cenas de perigo. Ela até se voluntariou para saltar de uma cachoeira de 50 metros, uma proposta rejeitada pelos produtores que optaram pelo uso de uma dublê por questões de segurança.

A personagem de Kate McTiernan simboliza o empoderamento feminino, sendo crucial para a resolução do caso, apesar de enfrentar traumas severos. Sua determinação em capturar o criminoso e libertar outras vítimas destaca a importância de sua participação na narrativa.

Judd e Freeman, que já haviam trabalhado juntos em outros filmes como “Crimes em Primeiro Grau” e “Invasão a Casa Branca”, exibem uma química notável na tela, fortalecendo a credibilidade da história.

As filmagens de “Beijos Que Matam” ocorreram em várias localidades, incluindo Carolina do Norte, Los Angeles e os estúdios da Paramount. A cinematografia, assinada por Aaron Schneider, traz influências noir, acentuando a atmosfera de suspense e mistério. A utilização de cores escuras e sombras profundas contribui para a identidade visual do filme, criando uma sensação constante de perigo. Técnicas como a divisão da tela e o uso de lentes de dioptria, que permitem focar em dois personagens a diferentes distâncias, remetem ao estilo de Brian De Palma.

Com um desempenho comercial sólido, “Beijos Que Matam” está disponível na Netflix e é considerado um marco no gênero de filmes investigativos dos anos 1990, ao lado de clássicos como “O Silêncio dos Inocentes” e “Se7en”.


Filme: Beijos Que Matam
Direção: Gary Fleder
Ano: 1997
Gênero: Drama/Policial/Mistério
Nota: 8