O filme da Netflix, lançado em 2024, ficou entre os mais assistidos do mundo por 80 dias Divulgação / Netflix

O filme da Netflix, lançado em 2024, ficou entre os mais assistidos do mundo por 80 dias

Kevin Hart se destaca na Netflix, aparecendo frequentemente em suas produções devido a um contrato que lhe permite produzir e protagonizar vários projetos anualmente. Isso pode ser uma vantagem ou uma desvantagem. Ele tem se destacado em filmes como “O Homem de Toronto” (2022) e “De Férias da Família” (2022), mas, apesar de algumas variações, esses filmes são bastante similares, o que pode levar o público a evitá-los. Em “Lift: Roubo nas Alturas”, dirigido por F. Gary Gray, a narrativa é bem equilibrada, controlando os excessos típicos das atuações de Hart.

A história gira em torno de Cyrus, líder de uma quadrilha internacional, planejando um grande golpe. O roteiro de Daniel Kunka começa em Veneza, com o personagem de Hart indo a um leilão de arte contemporânea, destacando a obra “O Prelúdio” de Kehinde Wiley. Kunka critica de forma sagaz o mercado de arte contemporânea, que frequentemente supervaloriza peças esquecíveis. Cyrus, sob o pseudônimo de John Bratby, é monitorado pela investigadora Abby. Hart e Gugu Mbatha-Raw brilham nos momentos mais interessantes da trama, desenvolvendo um romance inesperado.

Gray conduz com habilidade a trama do roubo de meio bilhão de dólares em barras de ouro, em um voo da Sky Suisse para Zurique. O plano de Abby para capturar Cyrus parecia simples, mas complicações surgem devido às conexões da quadrilha, incluindo uma cena onde Harry, funcionário do aeroporto e vivido por David Proud, acusa uma colega de capacitismo para cumprir sua parte no plano. O filme traz elementos politicamente incorretos, destacando a rendição de Abby.


Filme: Lift: Roubo nas Alturas
Direção: F. Gary Gray
Ano: 2024
Gêneros: Ação/Comédia
Nota: 8/10