Último chance de assistir na Netflix: o filme que The Rock considera o mais subestimado de sua carreira Divulgação / Universal Pictures

Último chance de assistir na Netflix: o filme que The Rock considera o mais subestimado de sua carreira

Viver em sociedade muitas vezes se resume a um constante embate entre o bem e o mal, uma visão maniqueísta que, embora reducionista e carregada de preconceitos, leva frequentemente à conclusão de que o mal tende a prevalecer. Nesse cenário, Dwayne “The Rock” Johnson se destaca na indústria cultural atual por transitar habilmente entre esses extremos. Em “Arranha-Céu: Coragem sem Limite”, ele aproveita a oportunidade para atender às expectativas do público, afastando os estigmas que frequentemente acompanham sua imagem musculosa, enquanto preserva a aura de herói que encarna tão bem.

Johnson se sacrifica em cenas que exigem um condicionamento físico inquestionável. Entre uma cena e outra, o diretor Rawson Marshall Thurber intercala dramas pessoais que servem tanto como alívio quanto como uma chance para The Rock mostrar suas habilidades artísticas, um aspecto surpreendentemente positivo e reminiscentes de seu desempenho em “O Escorpião Rei” (2002), dirigido por Chuck Russell, um de seus primeiros grandes trabalhos no cinema.

O roteiro de Thurber nos transporta dez anos no passado, até Ash Lake, Minnesota, onde uma cabana isolada numa noite gelada serve de palco para um crime horrendo: um policial é assassinado e o principal suspeito, sem antecedentes criminais, mantém sua ex-mulher e dois filhos em cativeiro. A figura de Ray Hutchinson, um homem caucasiano de 38 anos, 1,88m de altura e porte médio, desperta a curiosidade do público. A abertura com forte influência do cinema noir desvia a atenção do público, desconstruindo cuidadosamente a atmosfera de mistério do filme apenas para reiniciar o jogo com nova perspectiva.

Jornalistas narram a história do Pérola, um arranha-céu fictício de 255 andares e 3.500 pés de altura no coração de Hong Kong, superando o Burj Khalifa, em Dubai, e triplicando a altura do Empire State Building, em Nova York. A aspiração de tocar o céu remonta a antigas civilizações, como a Necrópole de Gizé e a Torre de Babel.

 Will Sawyer é um dos guardiões deste novo monumento da engenharia, até que inimigos invisíveis até para os mais modernos sistemas de vigilância ameaçam sua família, hospedada no terraço do Pérola, ainda por ser oficialmente inaugurado. O confronto com Kores Botha, interpretado por Roland Møller, que ameaça sua esposa Sarah (Neve Campbell) e seus filhos, resolve de uma vez por todas as dúvidas sobre a verdadeira índole de Sawyer, um homem que, como The Rock, aproveita ao máximo as oportunidades, enfrentando fantasmas mais persistentes que o fogo.


Filme: Arranha-Céu: Coragem sem Limite
Direção: Rawson Marshall Thurber
Ano: 2018
Gêneros: Ação/Suspense
Nota: 8/10