Filme que levou Renée Zellweger a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz, “O Diário de Bridget Jones” é baseado no livro homônimo de Helen Fielding, que se tornou um sucesso mundial e acabou ganhando três sequências. Fielding, por sua vez, se inspirou no famoso romance de Jane Austen, “Orgulho e Preconceito”, traçando através de sua narrativa uma adaptação para os tempos modernos.
Dirigido por Sharon Maguire, o enredo segue Bridget Jones (Zellweger), uma mulher solteira na casa dos 30, acima do peso, fumante e que trabalha no mercado de comunicação. Na editora de livros onde atua, é atraída pelo conquistador Daniel Cleaver (Hugh Grant), que adora mandar mensagens com cantadas no horário do expediente. Por outro lado, há Mark Darcy (Colin Firth), filho de conhecidos dos pais de Bridget, um advogado arrogante e austero, por quem Bridget tem uma tensão sexual. Há uma tensão, mas de outro tipo, também entre Darcy e Cleaver, que eram amigos na faculdade de Cambridge e se desentenderam, tornando-se inimigos permanentes.
Bridget mantém um diário onde faz anotações sobre seu peso, a quantidade de álcool ingerida diariamente, além dos cigarros. No caderno, ela também desabafa sobre os reveses românticos, que quase sempre giram em torno de Cleaver e Darcy. Seus momentos de abstração ocorrem na presença dos amigos, Jude (Shirley Henderson), Shazza (Sally Phillips) e Tom (James Callis), com quem compartilha seus contratempos amorosos e as crises profissionais.
Enquanto isso, o casamento dos pais de Bridget, interpretados por Jim Broadbent e Gemma Jones, também está em crise, depois que sua mãe decide sair de casa e arranjar um novo namorado, um vendedor de joias. Enquanto tenta ajudar de forma desastrada seus pais a se entenderem, Bridget mal consegue administrar seus próprios relacionamentos, se envolvendo primeiro com Cleaver, que diz a ela que Darcy roubou sua noiva no passado, para descobrir que seu chefe é um mentiroso compulsivo. Depois, com Darcy, para perceber que ele não é a pessoa terrível que ela imaginava.
Um dos maiores prazeres em assistir ou ler “O Diário de Bridget Jones” consiste em acompanhar situações cotidianas e triviais, com as quais podemos nos identificar, mas narradas de forma extremamente cômica e vendo a personagem central reagir das formas mais hilárias e inesperadas. Zellweger, por sua vez, está excepcional no papel, encarnando Jones de forma tão orgânica e espontânea. Ela teve de ganhar 13 quilos para interpretar a personagem.
Bridget Jones havia nascido antes da publicação dos livros de Fielding, quando ela escrevia uma coluna para o The Independent. A personagem se tornou não apenas um sucesso, mas um ícone cultural, devido a tamanha identificação de outras mulheres. Jones é uma representação de uma mulher moderna, independente, cheia de personalidade, falhas e também lutando pela autoaceitação.
Um comfort movie para muitos, um clássico das comédias românticas, “O Diário de Bridget Jones” vale cada segundo e está disponível no Prime Video.
Filme: O Diário de Bridget Jones
Direção: Sharon Maguire
Ano: 2001
Gênero: Comédia/Romance
Nota: 10