Romance na Netflix é favorito de 9 em cada 10 cinéfilos Divulgação / Focus Features

Romance na Netflix é favorito de 9 em cada 10 cinéfilos

Joe Wright é um diretor com mais de vinte filmes em seu currículo, atingindo quase um longa por ano ao longo de sua carreira. Com uma coleção de prêmios notáveis, Wright é responsável por várias produções memoráveis, incluindo a aclamada adaptação de “Orgulho e Preconceito”, um clássico de Jane Austen, que conquistou uma legião de fãs.

Lançado em 2005, o filme é estrelado por Keira Knightley, cuja parceria com Wright se consolidou em diversas produções de sucesso. Knightley interpreta Elizabeth Bennet, uma jovem audaciosa e de personalidade forte, integrante de uma família com cinco irmãs que vivem em uma fazenda na fictícia Meryton, uma cidade rural.

O pai de Elizabeth, vivido por Donald Sutherland, está em apuros financeiros, enquanto sua mãe, interpretada por Brenda Blethyn, está constantemente tentando casar suas filhas com bons partidos. A chegada do jovem aristocrata Sr. Bingley (Simon Woods), acompanhado de seu amigo Sr. Darcy (Matthew Macfadyen), agita a casa dos Bennet. As irmãs estão ansiosas para chamar a atenção dos visitantes, e Jane (Rosamund Pike), a mais doce e delicada delas, rapidamente atrai o interesse de Bingley.

Elizabeth também desperta o interesse de vários pretendentes, incluindo o oficial do exército Sr. Wickham (Rupert Friend) e o primo desajeitado Sr. Collins (Tom Hollander). No entanto, é o enigmático e aparentemente arrogante Darcy que realmente chama sua atenção. À medida que Elizabeth e Darcy interagem mais, trocando farpas e julgamentos errôneos, uma tensão romântica inegável se forma entre eles.

O comportamento orgulhoso de Darcy e as percepções iniciais de Elizabeth criam um relacionamento cheio de conflitos e mal-entendidos. No entanto, através de olhares furtivos, toques acidentais e palavras ditas em momentos inesperados, fica claro que ambos estão desenvolvendo sentimentos profundos um pelo outro.

“Orgulho e Preconceito” destaca-se não apenas pela história envolvente, mas também pelas paisagens deslumbrantes dos penhascos, bosques, montanhas, campos e lagos do interior da Inglaterra. A estética da era georgiana, com sua arquitetura renascentista e elementos barrocos, confere ao filme um ar de sofisticação e elegância, em contraste com a fazenda dos Bennet, que é visualmente decadente e enlameada. O filme é um dos poucos a mostrar a sujeira realista nas barras dos vestidos e sapatos dos personagens, adicionando autenticidade à ambientação.

Assim como Jane Austen explorava as dinâmicas sociais e culturais em suas obras, a adaptação de Wright faz isso de maneira sutil e eficaz. As diferenças entre a grandiosidade da propriedade de Darcy e a modesta fazenda dos Bennet são ilustrativas das disparidades sociais da época. A herança das irmãs Bennet, por exemplo, é um ponto crítico da trama, pois o que elas receberiam após a morte do pai seria insuficiente para sustentar suas vidas, justificando o desespero da mãe em arranjar casamentos vantajosos.

“Orgulho e Preconceito”, na Netflix, de Joe Wright é uma das adaptações mais cativantes das histórias de Jane Austen. Embora certamente não seja a última, superá-la será um desafio formidável. Esta versão é uma verdadeira joia do cinema, destacando-se tanto pela fidelidade ao espírito do romance original quanto pela beleza visual e narrativa envolvente que oferece ao público.


Filme: Orgulho e Preconceito
Direção: Joe Wright
Ano: 2005
Gênero: Romance
Nota: 10/10