Esqueça o mau humor, comédia divertidíssima que acaba de chegar à Netflix vai trazer sorrisos instantâneos para seu rosto Divulgação / Paramount Pictures

Esqueça o mau humor, comédia divertidíssima que acaba de chegar à Netflix vai trazer sorrisos instantâneos para seu rosto

“Pequeno Problema, Mega Confusão”, dirigido por Josh Schwartz e roteirizado por Max Werner, é uma comédia adolescente ao estilo Sessão da Tarde. O enredo gira em torno de Wren (Victoria Justice), uma estudante do ensino médio que enfrenta grandes mudanças em sua vida após a perda do pai. Desde o falecimento, sua família começou a se comportar de maneira bastante inusitada.

A mãe de Wren, Joy (Chelsea Handler), tenta lidar com a dor de forma peculiar: tingiu o cabelo de loiro, começou a comprar roupas juvenis na Forever 21 e está namorando um rapaz bem mais jovem, Keevin (Josh Pence), de 26 anos. O irmão mais novo de Wren, Albert (Jackson Nicoll), reagiu ao luto de maneira diferente, optando pelo silêncio absoluto e desenvolvendo o hábito de cortar as blusas da irmã.

Com a mãe frequentemente ocupada com o trabalho ou saídas com Keevin, Wren se vê sobrecarregada com a responsabilidade de cuidar de Albert, enquanto tenta manter seus próprios sonhos acadêmicos vivos, incluindo a aspiração de ingressar na Universidade de Nova York. Contudo, para que isso se concretize, ela precisa da assinatura da mãe em um documento de financiamento estudantil.

Joy, entretanto, tem outros planos para a filha, preferindo que ela frequente uma faculdade mais próxima e financeiramente acessível. A trama se complica no Halloween, quando Wren recebe um convite do garoto mais popular da escola, Aaron Riley (Thomas McDonell), para uma festa em sua casa. A expectativa de uma noite memorável é frustrada quando sua mãe insiste que ela fique em casa cuidando de Albert, prometendo, em troca, assinar a tão necessária autorização para o financiamento estudantil. Determinada a não deixar seus sonhos escaparem, Wren relutantemente concorda.

A decisão de Wren provoca um conflito com sua melhor amiga, April (Jane Levy), que é obcecada por status social e sonha com a popularidade no ensino médio antes de partir para a faculdade. Diferente de April, Wren não se preocupa com essas pressões sociais e mantém uma amizade próxima com Roosevelt (Thomas Mann), um garoto nerd e gentil da escola, para grande desespero de April. Durante a noite de Halloween, enquanto Wren leva Albert para pedir doces, ele desaparece, desencadeando uma série de eventos desastrosos.

A partir desse ponto, Wren e seus amigos — incluindo April, Roosevelt e Peng (Osric Chau) — iniciam uma busca frenética por Albert, que os leva a uma série de situações cômicas e caóticas. A força-tarefa improvisada de adolescentes enfrenta inúmeros desafios e desventuras, desde encontros com personagens peculiares até situações de risco e mal-entendidos hilariantes.

O filme explora o caos que se instala quando Albert, um verdadeiro mestre da travessura, se envolve em situações cada vez mais absurdas e hilárias. Suas peripécias, juntamente com as tentativas desesperadas de Wren e seu grupo para encontrá-lo, compõem uma narrativa cheia de humor e aventura. As ações de Albert, embora problemáticas, também são um catalisador para a evolução dos personagens e a dinâmica entre eles.

“Pequeno Problema, Mega Confusão”, na Netflix, utiliza essas situações absurdas para criar cenas de humor genuíno, enquanto desenvolve a trama de uma maneira que mantém o público entretido. A jornada de Wren para encontrar Albert acaba se tornando uma experiência de autoconhecimento e fortalecimento de laços, tanto familiares quanto de amizade. No final das contas, o filme oferece uma reflexão sobre as complexidades das relações familiares e o impacto do luto, tudo embalado em uma comédia leve e acessível.


Filme: Pequeno Problema, Mega Confusão
Direção: Josh Schwartz
Ano: 2012
Gênero: Comédia/Aventura
Nota: 8/10

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.