Quando o livro “O Segredo”, de Rhonda Byrnes, foi lançado em 2006, virou uma verdadeira febre. É claro que o sucesso foi impulsionado pelo apoio de Oprah Winfrey, além do fato de que livros de autoajuda são sempre os mais vendidos nas livrarias. Byrnes relata seus traumas de vida e como usou o poder da atração para vencer suas dificuldades e se reerguer de seu abismo. Seus conhecimentos compartilhados foram coletados de diversas religiões e áreas do conhecimento. Apesar de toda essa pesquisa prévia, não há qualquer embasamento científico para “o segredo”.
Misticismo ou não, o poder de atrair coisas boas com o pensamento não pode ser encarado como mágica, mas um exercício diário de otimismo e fé. Não estou falando de positividade tóxica aqui. Sinta sua raiva quando ela vier. Chore nos seus momentos de tristeza. O que realmente traz consequências são as nossas constantes reações às dificuldades que surgem pelo caminho. A ciência já comprovou que reclamar demais adoece o cérebro. Se você é pessimista e reclamão, não precisa ser nenhum gênio para saber que, ao longo do tempo, isso afetará sua autoestima, trará ansiedade, depressão, o que afetará seu desempenho pessoal e profissional. Quando tendemos a encarar as coisas com um pouco mais de otimismo e engajamento, as chances de darem certo são maiores. Afinal, não desistiremos no primeiro fracasso. Uma derrota não o fará jogar tudo para o alto e deitar em posição fetal. Pelo contrário, você irá adquirir conhecimento para fazer as coisas melhores da próxima vez.
O drama “O Segredo: Ouse Sonhar” foi lançado em 2020 sob direção de Andy Tennant. Coescrito por ele e Bekah Brunstetter e Rick Parks, o filme levou seis anos para ser finalizado. Com apoio de Byrns, que foi uma das idealizadoras do projeto, o longa-metragem foi gravado em North Shore, na Louisiana. No enredo, Miranda Wells (Katie Holmes) é uma viúva que luta para sustentar seus três filhos, Missy (Sarah Hoffmeister), Gref (Aidan Pierce Brennan) e Bess (Chloe Lee) após a morte do marido. Endividada, à beira da falência, com a casa caindo aos pedaços e fazendo um verdadeiro malabarismo para equilibrar todos os seus afazeres, Miranda se sente sem sorte.
Tudo muda com a chegada de Bray (Josh Lucas), um engenheiro que chega à cidade com um envelope em mãos para Miranda. Quando ele bate pela primeira vez na porta de sua casa, ela não está. O primeiro encontro entre eles acontece de forma acidental. Eles colidem seus veículos e Bray se oferece para consertar o para-choque do carro de Miranda. Ele acaba convidado pela família a ficar para jantar.
Durante aquela madrugada, uma tempestade derruba uma árvore sobre a casa da família. Bray, que sabe consertar várias coisas, também se oferece para reparar o telhado da casa usando materiais improvisados para que não pesem no orçamento de Miranda. Ela aceita a ajuda e, aos poucos, a convivência entre a família e Bray se torna constante. Bray consegue se conectar com os filhos adolescentes, compartilha valiosas lições de otimismo e fé e começa a se tornar querido na casa. No entanto, ele ainda não entregou o envelope para Miranda. Na correspondência, um segredo que pode colocar sua relação com a família em risco.
Um filme que busca trazer lições de amor, resiliência e esperança, “O Segredo: Ouse Sonhar” ilustra os ensinamentos do livro de Byrne para algo mais didático e tátil. Não estamos falando de uma superprodução digna de premiações, mas de um entretenimento repleto de mensagens positivas e edificantes.
Filme: O Segredo: Ouse Sonhar
Direção: Andy Tennant
Ano: 2020
Gênero: Drama
Nota: 8/10