Sequência bilionária de obra-prima de Spielberg  está na Netflix e você ainda não assistiu Chuck Zlotnick / Universal Pictures

Sequência bilionária de obra-prima de Spielberg está na Netflix e você ainda não assistiu

Antes de Steven Spielberg lançar “Jurassic Park” em 1993, não havia nenhum filme tão grandioso que girasse em torno de dinossauros. Pelo menos, não que minha falha memória se recorde. Por isso, e eu me lembro bem, a produção foi um fenômeno. Os adultos só falavam disso, as crianças queriam todos os brinquedos e jogos. Virou figurinha, tazo, uma porção de coisas que aumentava ainda mais a comoção generalizada e o interesse por dinossauros.

O sucesso e a inovação cinematográfica por conta dos efeitos especiais permitiram que o filme fosse aclamado, premiado e o melhor de tudo: um grande lucro de bilheteria. Inspirado no livro de Michael Crichton e ganhador do Oscar nas categorias de melhor som, melhores efeitos visuais e melhor edição, “Jurassic Park” custou 63 milhões e arrecadou 1,1 bilhão nos cinemas. E isso foi apenas o primeiro.

Depois que a trilogia inicial da franquia foi lançada, sendo dois dos filmes nos anos 1990, sob direção de Steven Spielberg, e o terceiro em 2001, já sob a batuta de Joe Johnston, houve um enorme hiato. Só em 2015 a série retornou às telonas. Com elenco renovado e sob o comando de Colin Trevorrow, os humanos se aventuraram novamente no parque que revisita os tempos em que os animais gigantes dominavam a Terra.

Com orçamento de 150 milhões de dólares, “Jurassic World” faturou 1,6 bi com sua exibição. O longa-metragem de aventura conta com um elenco cheio de famosos e, ao contrário daqueles dirigidos por Spielberg, contém muitos efeitos de CGI. Os dinossauros dos primeiros filmes eram, em sua maioria, robôs gigantescos e ultrarrealistas. O CGI foi pouquíssimo utilizado naquela época, embora mesmo assim tenha revolucionado o cinema. Hoje em dia, quase tudo é feito no computador.

Spielberg contratou Stan Winston, um famoso criador de efeitos especiais, para fabricar suas réplicas de dinossauros, que foram gravadas em go motion para tomadas amplas. Em “Jurassic World”, Spielberg se manteve como produtor executivo e sua voz continuou ativa para dar sugestões e pitacos. Neste filme mais recente, a produção afirmou que usou muito mais robôs, mas acontece que o CGI se tornou fundamental para dar ainda mais realismo para toda a fantasia.

O enredo você já deve prever. O parque temático de dinossauros de John Hammond, criado para entreter seres humanos, é herdado por Simon Mastani (Irfan Khan). O novo proprietário, claro, quer reabrir o local e oferecer aos visitantes algo inigualável. Por isso, ele consegue com que cientistas criem uma nova espécie de dinossauro maior e mais perigosa que o T-Rex. Então, eles produzem o geneticamente modificado Indominus Rex.

A criatura logo prova que realmente é indomável quando começa a atacar os outros animais do parque e, em seguida, os visitantes. E aí você já pode imaginar o que acontece, muita destruição, sangue e medo. Enquanto isso, Owen Grady (Chris Pratt), um adestrador de animais heroico, tenta controlar a situação com ajuda de Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), Barry (Omar Sy) e outros funcionários do parque.

Com cenas cômicas, sustos, crianças que ajudam a solucionar o problema, muita aventura e ação, o barulhento e espalhafatoso “Jurassic World” alcança todos os requisitos de um blackbuster de sucesso e é o filme de pipoca perfeito para entreter crianças e adolescentes e fazer os adultos escaparem da realidade.


Título: Jurassic World
Direção: Colin Trevorrow
Ano: 2015
Gênero: Ação / Aventura / Ficção-Científica
Nota: 7/10