O Dicionário Cínico das Palavras da Moda, uma produção revolucionária da Revista Bula, ilumina o universo da linguagem de uma maneira que ninguém jamais teve a audácia de tentar. Esta obra, criada em parceria com diversos grupos renomados globalmente, como os Illuminati, CIA, KGB, Clube Bilderberg e o Clube do Bolinha, promete ser mais do que um simples livro. É uma jornada de descoberta que desvenda o labirinto semântico das palavras e expressões do atual cenário linguístico global.
Com coragem, o livro mapeia todas as palavras e expressões que dominam o nosso cotidiano e revela seus significados reais, sem medo de enfrentar quaisquer patrulhas ideológicas ou ameaças de cancelamento. E tudo isso sem perder o senso de humor e a ternura. O objetivo não é agradar ou acalmar, mas sim desafiar e provocar. As definições oferecidas são politicamente incorretas e podem agitar o espectro político, social, religioso, sexual e culinário, mas são apresentadas com uma honestidade intelectual que é a marca registrada do Cinismo (com “C” maiúsculo!).
Criticou? Sentiu-se ofendido? Perfeito! O livro está pronto para ser o centro de um debate inflamado no Twitter ou qualquer outra plataforma. A controvérsia é a chave para a relevância no mundo das ideias contemporâneas.
O Dicionário Cínico das Palavras da Moda foi escrito por Ademir Luiz, lexicógrafo amador e cínico profissional, na garupa de uma bicicleta descendo uma ladeira rumo ao fundo do poço da honestidade intelectual. Talvez você o conheça e não esteja ligando o nome à pessoa. Trata-se do sujeito que revelou a terrível verdade que a vila do Chaves é uma representação do inferno em um artigo aqui na Revista Bula, o clássico Pecados, Demônios e Tentações em Chaves.
Mais do que isso, Ademir Luiz foi o vanguardista, o profeta, o homem de visão, que revelou ao mundo, também na Revista Bula, que Felipe Neto é o intelectual mais influente do Brasil. Cinismo tão absoluto que tornou-se verdade carimbada pela grande mídia nacional e internacional.
Mas se você compra livros pela capa, esse projeto também é para você. A capa do dicionário é obra do famoso cartunista Adão Iturrusgarai, criador da tira “Aline e seus dois namorados”. Não basta? As capitulares, aquelas letrinhas estilizadas que abrem cada capítulo, foram criadas pelo escritor, primo do Pelé, cartunista, ex-editor da “Playboy” e humorista Edson Aran.
Quer fazer parte dessa aventura linguística? Então, parabenizamos pelo seu senso de humor e bom gosto. O Dicionário está em campanha de financiamento coletivo. A compra do livro, portanto, contribui para sua publicação. Trata-se de uma pré-venda garantida pelo site Catarse, o que significa que você receberá um produto exclusivo, antes de todo mundo, e que não será disponibilizado em nenhum outro lugar. Parece irresistível, não é?
Então, acesse o link do Catarse, faça um cadastro rápido e escolha sua recompensa. Lembre-se de que você também pode adquirir combos com outros livros da editora da Revista Bula. O cardápio prevê duas opções. O finalista do Prêmio Jabuti “Histórias Jamais Contadas da Literatura Brasileira”, de Edson Aran, e “Literatura Portátil”, de Solemar Oliveira.
Contamos com sua participação e, caso não concorde, com seu protesto indignado. Afinal, tudo isso só adiciona mais tempero à mistura!
Ademir Luiz, ocupante do nobre e, por vezes, estressante cargo de Presidente da União Brasileira de Escritores de Goiás, não é exatamente o que se esperaria de um acadêmico padrão. Com doutorado em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e professor na Universidade Estadual de Goiás (UEG), ele é o tipo de pessoa que transforma aula de história em sessão de cinema, inspirado em ninguém menos que o aventureiro Indiana Jones.
Na academia, além de levantar anilhas e balançar cordas, marca presença no programa de pós-graduação interdisciplinar Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER) e nos cursos de História e Arquitetura & Urbanismo. Mas aqui temos uma reviravolta: Ademir também é pós-doutor em Poéticas Visuais e Processos de Criação. Sim, é um título meio enigmático, assim como suas “temporadas de medievalismo” em que mergulhou nos documentos em latim e português arcaico sobre a Ordem dos Templários, com bolsa de pesquisa do Instituto Camões de Portugal em 2002.
E, sempre inventivo, criou e coordena o LUPPA (Laboratório de Pesquisa e Produção Audiovisual) e atua como editor do periódico acadêmico Revista “Nós — Cultura, Estética & Linguagens”. Afinal, quem disse que um doutor em História não pode ter um quê de cineasta, poeta e editor?
Agora, prepare-se, porque a vida de Ademir Luiz tem mais reviravoltas que um filme de suspense. Além de desvendar as verdades sobre Chaves e descobrir o peso intelectual de Felipe Neto, ele também foi aluno do padre Quevedo, passou por uma experiência de exorcismo por procuração na Igreja Universal do Reino de Deus, um ônibus bateu em seu joelho, escapou da morte certa na escalada de um monte em Alto Paraíso e muito mais.
Apesar — ou será por causa? — de sua trajetória incomum, Ademir Luiz acumula prêmios e reconhecimentos, incluindo uma indicação ao Prêmio Capes de Teses, o Prêmio Cora Coralina de 2002 e o Prêmio Hugo de Carvalho Ramos 2014, a láurea literária mais antiga do Brasil em atividade.
Então, que tal isso para uma história de vida? Ademir Luiz, um acadêmico que é a prova viva de que a história é muito mais que datas e eventos. É uma aventura, um mistério, um pouco de misticismo, muita diversão e boas doses de cinismo.
Alguns verbetes
Caminhando pelas trilhas percorridas por H.L. Mencken em “O Livro dos Insultos” e Ambrose Bierce em “Dicionário do Diabo”, Ademir Luiz traz a todos nós o Dicionário Cínico das Palavras da Moda. Este trabalho é mais do que um compêndio de verbetes; é um convite ao riso, à reflexão e, por que não, à provocação. Prepare-se para um mergulho profundo nas entranhas de palavras e expressões que, em seu uso cotidiano, escondem significados cínicos, hilários e, frequentemente, desconcertantes. Vamos dar uma olhada em alguns exemplos de verbetes que farão parte do livro:
Action figures: hominhos para marmanjos com dinheiro para gastar.
Apropriação cultural: prática enriquecedora que gerou magníficas trocas de experiências culturais entre diferentes grupos humanos, responsável por criações como o rock and roll, o futebol e o hábito de consumir sushi em praças de alimentação de shoppings centers mundo afora.
Ativismo judicial: forma legal de tornar normas constitucionais ilegais.
Atrasados do ENEM: atração turística anual. Desculpa perfeita para parecer empático recriminando quem se diverte abertamente. Pessoas que perderam a desculpa do horário de verão.
Baixar: leituras futuras que nunca chegam. Vídeos consumidos instantaneamente.
Black Blocs: revolucionários que não arrumam o próprio quarto. Indivíduos que acreditam que entendem mais de Marx do que Engels, Fidel Castro, Mao Tsé-Tung, Stálin, Leandro Karnal, o namorado da Fátima Bernardes e o próprio Marx. Esperam que lançamento de latas de lixo à distância se torne esporte olímpico.
Bullying: darwinismo escolar.
Caetanear: fazer coisas muitooooo lindas e maravilhosas.
Cerveja artesanal: cerveja sem ISO 9001. A regra social exige que, em qualquer caso, seja considerada melhor que o produto industrializado.
Chef: cozinheiro com camisa xadrez, barba de lenhador e coque de samurai. Produz cerveja artesanal.
Comunidade: favela em novelas do horário nobre e relatórios da ONU.
Coach: guru com roupa de moletom. Modelo socialmente aceitável de exercício ilegal de diversas profissões. Alguém que acredita ser um sábio porque possui a sabedoria e a humildade de se saber um sábio. Profissional que um dia vai escrever um livro ou, em casos extremos, um dia vai ler um livro.
Cult: filme, livro ou banda que apenas você e seu amigo esquisito conhecem.
Desconstrução: padrão ético autolimpante. Rebute automático de todas as postagens que poderiam ser usadas como provas contra você.
Disruptivo: o que o vinil foi um dia.
Easter egg: micro orgasmo nerd.
Edição especial comemorativa definitiva em capa dura: a mesma coisa de antes gourmetizada.
Empatia: autopromoção embalada em pretensa responsabilidade social.
ENEM: todas as opções acima.
Esquerdomacho: esquerdista feministo que fuma, mas não traga.
Estado democrático de direito: fórmula mágica para começar e terminar discursos.
Esteticista: manicure que usa tesouras, lixas e alicates levados pelas clientes.
Gabarito do ENEM: tudo que parecia óbvio antes do candidato entrar na sala de provas.
Gatilho: cenas, temas e frases que pagam o aluguel de seu psicólogo.
Geeks: nerds que sabem formatar o computador.
Gênero: todas as letras do alfabeto sem ordem alfabética.
Genocidas: pessoas que visitam parentes e amigos, frequentam restaurantes, praias e praças, além de comemorar feriados.
Geração canguru: espectador de todas as temporadas de Malhação.
Geração floco de neve: pessoas que nasceram depois da transformação dos chinelos Havaianas em marca de sucesso.
Geração nem nem: jovens que não estudam e não trabalham. Esse verbete não contém ironia.
Glúten: substância contida em diversos alimentos que foram consumidos durante muito tempo sem apresentar maiores problemas, mas que agora podem te matar.
Gospel: Reforma Protestante gourmetizada.
Gourmetizar: maquiavélica tática capitalista para inflacionar preços.
Google assistente: sexo virtual consensual.
Google: biblioteca frequentada por jovens.
Gratidão: obrigado para pessoas com deficiência cognitiva.
Gratiluz: obrigado para pessoas com deficiência cognitiva severa.