O Oscar está chegando e as apostas já estão rolando. Que filme vai ganhar? Quem vai ser o melhor ator? Será que essa cerimônia vai ser ainda mais chata que as anteriores? Quem vai dar um tapa na cara de quem? Quem vai vestir a roupa mais esquisita?
A cerimônia do Oscar não tem a menor cerimônia de durar mais de três horas. Começa com o tapete vermelho, que é aquela hora de comentar os vestidos das atrizes jovens e as plásticas das “experientes”.
Então, depois de horas sem assunto, finalmente começa a entrega dos prêmios. Calma, ainda não! Antes tem um discurso engraçado de um humorista convidado. Como as comédias dificilmente ganham Oscars, a produção chama um humorista para, pelo menos, animar a festa. No ano passado deu ruim, em vez de punch line, teve punch na cara do Chris Rock. Mas a gente aqui no Brasil não acha a menor graça nas gracinhas do stand up de abertura porque nenhuma piada em toda a história da comédia resistiu a tradução simultânea.
Então começa o que interessa mesmo: os prêmios! Primeiro vem os sem importância. E como tem prêmio nessa bagaça! Oscar de melhor atriz adaptada, de melhor roteiro coadjuvante, de melhor peito original, de melhor silicone adaptado…
E tem também os prêmios técnicos. Dizem que um cara ganhou um Oscar técnico e foi tirar onda em um bar. Se aproximou de uma moça e mandou:
— Oi gata tudo bem? Eu acabei de ganhar um Oscar, sabia?
— Jura? Que incrível! Oscar de quê?
— Oscar de melhor mixagem de som.
— Ahhh… Olha, eu tenho que ir, tenho que levar minha vó na musculação.
— Pô, essa desculpa não vale!
— Nem o seu Oscar!
Mas mesmo os prêmios técnicos estão desatualizados. Por que não dar um Oscar de melhor esticador de pano verde? Sem ele não existiria cinema americano hoje em dia.
Sem falar na falta que faz um Oscar de melhor super-herói. E de melhor vampiro. E de melhor zumbi também.
Mas a gente reclama da cerimônia americana, mas imagina se a cerimônia fosse no Brasil?
Certamente uma dupla sertaneja estaria concorrendo nas categorias melhor ator e melhor ator coadjuvante. E ia ter ator “conservador” que ia se recusar a pisar no tapete vermelho.
E ia ter prêmio de melhor ex-BBB adaptada. E o número de estatuetas teria que aumentar ainda mais para premiar todos os partidos aliados.