A gente sabe que o dinheiro traz felicidade. Nada como ir ao shopping fazer compras quando se está triste. Ou viajar para Europa quando sua vida no Brasil está monótona. Gastar algumas notas em um restaurante caro e postar nas redes sociais traz uma estranha satisfação. O problema de tudo isso são as consequências, às vezes invisíveis. Alguns de nossos produtos favoritos são feitos com matérias-primas usurpadas da natureza, provocando mudanças no bioma, mortes de animais e gerando consequências climáticas; outros são feitos com mão de obra extremamente barata, contribuindo para a miséria de muitos. Sem falar no lixo que todo nosso consumo produz diariamente, a uberização do trabalho e como as redes sociais têm afetado emocionalmente as pessoas. Os filmes desta lista vão discutir todos esses pontos e inspirar reflexões e debates na mesa do bar. Destaques para “O Dilema das Redes”, de 2020, de Jeff Orlowski; “A Sombra de Stálin”, de 2019, de Agnieszka Holland; e “Okja ”, de 2017, de Bong Joon-ho. Os filmes disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
O filme combina entrevistas com especialistas em tecnologia, incluindo ex-funcionários de gigantes do Vale do Silício, e em paralelo um drama ficcional que ilustra os efeitos negativos das mídias sociais sobre as famílias americanas. Entre as muitas questões abordadas, estão como as empresas de tecnologia influenciaram as eleições, a violência étnica e os índices de depressão e suicídio.
O ambicioso jornalista Gareth Jones viaja até Moscou para entrevistar Stálin sobre a expansão econômica na União Soviética. Após receber uma dica de um informante, Jones viaja até a Ucrânia, onde descobre uma conspiração genocida do governo russo, que tem matado milhões de fome, enquanto Stálin enriquece. Diante das informações, Jones fica entre manter o segredo ou expor toda a verdade sobre a União Soviética, colocando, assim, sua vida em risco.
Desde os quatro anos de idade, Mija criou Okja, uma espécie de super porca, ao lado de seu avô. No entanto, a família é apenas uma dentre 26 outras nas quais uma multinacional empresta animais transgênicos a agricultores para serem cuidados e depois transformados em comida. Quando a empresa decide pegar Okja de volta, Mija cruza o mundo com ajuda de alguns protetores de animais para salvá-la.
Ben e seus filhos vivem na floresta, se alimentam do que caçam, leem livros complexos e rejeitam o estilo de vida capitalista. Eles acreditam que estão lutando para sobreviver em uma sociedade cada vez mais distante da natureza e do conhecimento intelectual. Apesar disso, o filho mais velho, Bodevan, sonha em frequentar uma universidade, enquanto o mais novo, Rellian, quer ser uma criança como todas as outras. A mãe cometeu suicídio recentemente e todos ainda estão impactados com sua ausência. Apesar de não terem sido convidados, a família toda embarca em uma viagem de ônibus para participar do funeral, promovido pelo avô materno aristocrata.
Ao notar o perigo iminente de uma crise financeira que dá sinais muito sutis no mercado imobiliário apoiado por hipotecas, em 2008, o guru dos fundos Michael Burry e um grupo de investidores ousados decidem aplicar bilhões de dólares contra o mercado imobiliário. O filme narra a escolha ética dos investidores ao preverem a bolha imobiliária gigantesca prestes a estourar e provocar consequências devastadoras de uma economia já abalada que iria deixar milhões de desempregados nos EUA.
Em 2169, os humanos param de envelhecer aos 25 anos, mas morrem no ano seguinte, caso não tenham dinheiro para comprar tempo extra. Will Salas compreende que as elites acumulam reservas de vida, enquanto os pobres morrem sem chance de expandir seu tempo, criando um abismo de classes insuperável. Enquanto isso, gangues surgem para roubar os anos extras das pessoas. Quando Will tenta salvar Henry Hamilton de ser assaltado por uma dessas gangues, ele acaba recebendo os 116 anos da vítima, se tornando o principal suspeito de uma investigação policial.