Quem nunca ouviu falar no icônico “Pasquim”, periódico fundado pelo pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral, em 1968, como forma de protestar, de forma cômica e perspicaz, contra a ditadura militar, regime instaurado no Brasil em 1 de abril de 1964. Com o AI-5, que suspendeu garantias constitucionais, retirou mandatos parlamentares e institucionalizou a tortura como instrumento do Estado, o Pasquim se tornou ferramenta de verbalização da revolta do povo.
Marcado por charges, cartuns, entrevistas e colaborações de grandes nomes, como Henfil, Ivan Lessa, Paulo Francis, Flávio Rangel, Millôr Fernandes, Ziraldo, Manoel Braga, Ruy Castro e Paulo Wolff, a equipe “subversiva” do periódico chegou a ser presa na década de 1970 pelo Regime Militar. O Pasquim teve uma curta vida de duas décadas, mas jamais morreu para a história da imprensa e do Brasil. Em seu aniversário de 50 anos, a Fundação Biblioteca Nacional disponibilizou todas as suas edições digitalizadas.
Os leitores, curiosos e estudiosos poderão acessar cada uma das páginas de suas 1.072 edições, com possibilidade de busca por palavras no próprio material digitalizado. O transposição da obra para a internet contou com o apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e do cartunista Ziraldo, que cederam seus exemplares para a Biblioteca Nacional.
Os leitores ainda poderão ter acesso aos textos de colaboradores na seção “memórias”. Dentre os autores que contribuíram, estão Henfil, Chico Buarque de Hollanda, Rubem Fonseca, Odete Lara e Paulo Francis. Acesse aqui e veja a primeira edição do Pasquim. É possível por meio das setas, no canto esquerdo superior, passar as páginas. Para escolher o ano ou edição, basta clicar no ano localizado no topo da tela ou no botão “miniaturas”, também no canto esquerdo da tela. Aparecerá as capas de todas as edições e o leitor poder escolher qual abrir.
Clique no link para acessar: Todas as 1.072 edições do Pasquim online e com acesso livre