Em “O Mal-estar na civilização”, publicado em 1930, Sigmund Freud travou uma longa viagem pelo inconsciente humano. A partir do livro, o neurologista e criador da psicanálise introduziu a ideia de que o ser humano possui uma pulsão violenta, que foi obrigado a reprimir para viver coletivamente. Para o autor, esse impulso representa o maior impasse da civilização, e faz com que a evolução cultural possa ser definida como “a luta vital da espécie humana” — já que foi a partir do desenvolvimento dela que a pulsão agressiva começou a ter de ser controlada.
Para além das teorias psicanalíticas, que revolucionaram diversos campos de saberes, a obra chama a atenção para o conhecimento histórico de Freud, que menciona e associa uma série de acontecimentos que marcaram o desenvolvimento da humanidade. Algumas fontes desse conhecimento do autor podem ser conferidas na coleção “Sigmund Freud Papers”, que faz parte do acervo da Library of Congress, dos Estados Unidos. Além de disponíveis fisicamente na livraria, milhares de itens da coleção foram digitalizados e disponibilizados na internet.
A coleção reúne objetos, documentos e livros raros. No entanto, a maior parte dela é formada por documentos datados entre 1871 e 1939. Entre eles há correspondências que o psicanalista trocava com familiares e amigos intelectuais, como Albert Einstein, e anotações que demonstram o desenvolvimento da psicanálise freudiana. Há ainda relatórios de treinamento médico e clínico, da associação de Freud com as primeiras sociedades psicanalíticas e seus numerosos escritos. A maioria dos documentos está em alemão, mas há alguns em francês e inglês.
Além de poder ser visualizada online, a coleção também está disponível para download em alta resolução. Os documentos podem ser consultados por período ou língua.
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