Pode parecer mentira, mas algumas das obras mais conhecidas da literatura já foram banidas em alguns países. A obra de Vladimir Nabokov, que já ganhou versões para o cinema, inclusive de Stanley Kubrick, “Lolita”, teve suas cópias apreendidas nos Estados Unidos, em 1955. O clássico “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queiroz, foi condenado pela Igreja Católica e chegou a ser banido de Portugal.
A saga de “Harry Potter”, de J. K. Rowling, foi censurada nos Emirados Árabes, porque supostamente, faz apologia à bruxaria. É difícil imaginar que, ainda hoje, algumas obras são banidas, censuradas ou proibidas sem cometer especificamente nenhum tipo de crime, apenas palavras. Mas, convenhamos, o conhecimento e o pensamento é mesmo algo perigoso. Não à toa, regimes ditatoriais tentaram limitar o acesso à Educação.
Em “V de Vingança”, o herói do filme diz que eles (o governo, as autoridades, o regime) podem até matá-lo, mas que as suas ideias são à prova de bala. É verdade. Ideias, como a de libertação por meio da Educação, sobrevivem através dos tempos, apesar de seus mentores, no caso Gramsci, na Itália, ou Paulo Freire, no Brasil, tenham morrido. Um pensamento permanece, porque é como a tocha olímpica, passada de pessoa para pessoa.
Nos Estados Unidos, uma campanha chamada “Banned Books Week”, promovida pela Associação das Livrarias Americanas e a Anistia Internacional passou a celebrar, na última semana de setembro, livros censurados, como forma de manifestar a importância de garantir a viabilidade e o acesso aos pontos de vista nada ortodoxos e impopulares, manter o material público e disponível para que as pessoas possam ler e tirar suas próprias conclusões.
Para manter livros banidos disponíveis gratuitamente para os leitores, a Biblioteca Pública de Nova York realizou uma parceria com o projeto chamado “Books for All” (Livros para Todos) para alcançar leitores onde quer que estejam. Para acessar esses títulos, que incluem “O Apanhador no Campo de Centeio”, “Stamped” e “King e as Libélulas”, nos quais todos já enfrentaram banimentos ou proibições, é preciso fazer o download do aplicativo chamado SimplyE, para iOS ou Android.
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