A Revista Bula fez uma seleção com as melhores representações de beijo de toda a história da arte. A lista, que reúne obras icônicas, foi feita a partir do livro “The Kiss: A Celebration of Love in Art”. As obras de arte selecionadas demonstram como o amor, a sexualidade e a luxúria inspiraram artistas de diferentes épocas e tendências estéticas. Na lista, estão obras de Henri de Toulouse-Lautrec, Gustav Klimt, Man Ray, Rodin, Brancusi e René Magritte.
O quadro do pintor francês Jean-Léon Gérôme faz parte do acervo do Metropolitan Museum of Art, de Nova York. A obra representa um mito grego de mesmo nome, no qual o rei Pigmaleão cria uma escultura em busca da representação da mulher perfeita. Quando o homem termina de lapidá-la, a estátua é trazida à vida pela deusa Afrodite. A pintura demonstra o momento em que o rei, então, abraça e beija a sua criação, em carne e osso.
A obra pós-impressionista de Henri de Toulouse-Lautrec faz parte de uma coleção particular, com localização indefinida. Ela retrata o momento em que duas prostitutas se beijam na cama de um quarto de bordel. Frequentador assíduo de cabarés, os ambientes boêmios eram tema comum de inspiração para o artista. Além das pinturas em tela, Toulouse-Lautrec também produzia cartazes para as casas noturnas, cuja inovação de design começou a definir o que ficaria conhecido mais tarde como Art Nouveau.
A escultura em mármore, que está atualmente no Museu Rodin, em Paris, era originalmente chamada de “Francesca da Rimini”, nobre retratada em “O Inferno de Dante”. A jovem aristocrata se apaixona pelo irmão mais novo de seu marido logo após o casamento arranjado. O homem traído flagra os amantes, e decide matá-los. É possível observar que na obra de Rodin, os lábios do casal não se tocam, sugerindo que eles foram interrompidos no ato.
O quadro “O Beijo” é uma das obras mais conhecidas de Klimt, e está localizado na Österreichische Galerie Belvedere, em Viena. Há diversas interpretações para a pintura, que demostra a obsessão do artista pelo enlace humano. Alguns acreditam que ela retrata puramente a satisfação da união erótica, no entanto há quem a compreenda como um questionamento de duas diferentes identidades sexuais.
Os fotogramas de Ray eram obtidos colocando-se objetos sobre um papel fotossensível e em seguida expondo-os à luz. “O Beijo” é uma das primeiras imagens resultantes desse processo. Para produzi-la o fotógrafo utilizou a silhueta de um par de mãos, colocadas sobre o papel fotográfico. Em seguida, ele repetiu o procedimento utilizando um par de cabeças. Era comum Ray emprestar um caráter autobiográfico às suas obras, por isso acredita-se que a fotografia retrata o relacionamento com a sua amante, Kiki de Montparnasse.
A obra faz parte do acervo do Museum of Modern Art, de Manhattan. Ela retrata um estado de felicidade romântico da vida real: o aniversário da esposa de Chagall, Bella. O artista eternizou na pintura o beijo dado na mulher em comemoração à data festiva, quando voltava de Paris para a Rússia em sua companhia. Cheia de símbolos, a obra destaca o conhecimento expressivo de cor e densidade de Marc.
Considerada perturbadora e intrigante, a obra surrealista “Os Amantes” está alocada na Galeria Nacional da Austrália. A origem do casal com o rosto coberto possivelmente advém da literatura francesa, inspirada no Fantôma — um vilão retratado sempre com o rosto coberto. Outra teoria é a de que a pintura faz referência à morte da mãe do artista, que se matou saltando em um rio, e foi encontrada com o vestido enrolado na cabeça.