A literatura é um terreno fértil para intrigas. Não foram poucas as vezes que nomes consagrados deixaram a elegância de lado e alfinetaram colegas de ofício. Pequenas declarações se transformaram em polêmicas gigantes e inimizades eternas. A lista compila “grosserias” de escritores de díspares perfis, nacionalidades e épocas. Na seleção aparecem escritores canonizados como William Faulkner, Ernest Hemingway, Virginia Woolf, Gore Vidal, Oscar Wilde, Truman Capote, Nietzsche e Henry James. Em comum entre eles, o fato de um dia, por mera provocação, impulso, raiva, terem externado suas opiniões pouco elegantes sobre seus companheiros de ofício.
— William Faulkner sobre Mark Twain
Um escritor mercenário que não conseguia nem ser considerado da quarta divisão na Europa.
— William Faulkner sobre Ernest Hemingway
Ele nunca sequer pensou em usar uma palavra que pudesse mandar o leitor para um dicionário.
— Ernest Hemingway sobre William Faulkner
Pobre Faulkner. Ele realmente acha que grandes emoções vêm de longas palavras.
— Gore Vidal sobre Truman Capote
Truman Capote fez da mentira uma arte. Uma arte menor.
— Truman Capote sobre Gore Vidal
Sempre fico triste quando penso em Gore. Triste por ele respirar todo dia.
— Truman Capote sobre Jack Kerouac
Isso não é escrever, é datilografar.
— Harold Bloom sobre J. K. Rowling
Sempre houve, na história da literatura ocidental, livros que são muito populares, entre adultos e crianças, mas 30 ou 40 anos depois ninguém se lembra quais são. Viram pó. Eu não estarei por aqui em 30 anos para ver, mas Harry Potter já terá desaparecido.
— Alice B. Toklas sobre Gertrude Stein
Quando se aprontava, Gertrude ficava igualzinha a um general da Guerra de Secessão.
— Oscar Wilde sobre Bernard Shaw
Bernard Shaw não tem um inimigo no mundo. Em compensação, nenhum de seus amigos gosta dele.
— D.H. Lawrence sobre James Joyce
Nada além de cigarros velhos e citações furtadas da Bíblia; e o resto, cozido no caldo da deliberada sujeira jornalística. Falta de originalidade, mascarada como se fosse tudo novo!
— Virginia Woolf sobre James Joyce
James Joyce escrevendo me lembra um colegial repugnante espremendo espinhas.
— Paulo Francis sobre José Sarney
Dizem que escrever é um processo torturante para Sarney. Sem dúvida, mas quem grita de dor é a língua portuguesa.
— Henry James sobre Edgar Allan Poe
Se entusiasmar com o Poe é a marca de um estágio decididamente primitivo da reflexão.
— Evelyn Waugh sobre Marcel Proust
Estou lendo Proust pela primeira vez. É uma coisa muito pobre. Eu acho que ele tinha algum problema mental.
— Charles Darwin sobre Shakespeare
Ultimamente tenho tentado ler Shakespeare; achei-o tão intoleravelmente monótono que chegou a causar-me náuseas.