No Brasil, a história de Marcelo Nascimento da Rocha ficou famosa após o golpista ser interpretado por Wagner Moura no filme “Vips”. Nos Estados Unidos, vários desses casos viram séries, filmes e documentários. É impressionante o alcance que uma mentira bem contada tem. E o pior, quem as conta também precisa ter muito carisma para sustentá-las por algum tempo. A Revista Bula selecionou alguns títulos curiosos sobre estelionatários que conseguiram pregar peças em várias pessoas e se dar bem enganando os outros. Destaques para “Altos Negócios”, de 2020, de Cüneyt Kaya; “Eu me Importo”, de 2020, de J. Blakeson; e “Golpe de Classe”, de 2020, de Sudhir Mishrae e Sachin Krishn. Os títulos estão disponíveis na Netflix, estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Viktor chega a Berlim sem dinheiro ou recursos, mas com muita desenvoltura e perseverança. Ele trabalha como operário na construção civil, mas não consegue comprovação de renda para alugar um local para morar. Viktor falsifica o documento e aluga um apartamento de luxo, que aluga para um grupo de trabalhadores búlgaros com quem trabalha. Após uma festa barulhenta, o golpe é descoberto e Viktor conhece Gerry, um golpista imobiliário. Logo o crime irá levá-los a uma vida de drogas, bebidas e festas, que sai do controle à medida em que as ambições e o vício em cocaína crescem.
Marla Greyson é uma advogada que atua como tutora legal de idosos considerados mentalmente incapazes pelo governo. No entanto, por trás da missão, ela encabeça um esquema que drena as economias de seus tutelados, enquanto eles vivem seus últimos anos em abrigos. Um dia, Marla acredita ter encontrado a presa perfeita: uma idosa riquíssima e sem nenhum herdeiro para reivindicar a herança. No entanto, a vítima é mais esperta do que aparenta à primeira vista.
Ayyan Mani é um homem de meia-idade pobre, que trabalha como assistente pessoal de um grande astrônomo do Instituto Nacional de Pesquisa Fundamental de Mumbai. Por conta de sua casta, ele passa a vida inteira sendo atormentado e chamado de nomes ofensivos, como “idiota” e “imbecil”. Até que Ayyan decide canalizar sua raiva enganando as pessoas. Ele decide convencer todo mundo que seu filho de 10 anos é um gênio da ciência. Conforme a mentira sai de controle, a família é levada por uma jornada de ascensão social.
Ellen é uma viúva que perdeu o marido em um acidente de barco. Ao procurar o seguro, descobre que o dinheiro não será liberado, porque a empresa aplica golpes em seus clientes. Essa e outras centenas de companhias offshore, localizadas em paraísos fiscais, faziam parte de um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção, administrada pelos advogados Jürgen Mossack e Ramón Fonseca. No esquema, também estavam envolvidos empresários, criminosos, celebridades e políticos.
Bikram Choudhury é um dos responsáveis pela popularização do yoga nos Estados Unidos e em todo mundo. Um indiano residente em Bervely Hills, ele é um artista nato, que construiu um império de franquias de estúdios de yoga por todo o mundo. Seu sucesso começou na década de 1970 e encolheu após vários escândalos de estupro e assédio sexual. Inúmeras imagens que demonstram o charme e carisma que levou a conquistar multidões, também apresentam pistas de seu lado sombrio. O filme levanta questionamentos sobre a natureza de líderes religiosos e a corrupção das figuras messiânicas.
Em 1984, uma garota de 17 anos da Flórida, chamada Lisa McVey, é sequestrada e estuprada pelo serial killer Bobby Joe Long. McVey consegue usar psicologia reversa para conseguir se libertar. Quando ela volta para casa, no entanto, ninguém acredita em sua história. Até que um detetive que escuta seu depoimento reconhece o serial killer que a sequestrou e decide investigar.
O documentário narra a história de Billy McFarland, que se tornou um criminoso condenado por enganar milhares de pessoas ricas e famosas com um festival de música falso. Após a promessa de um evento exclusivo, os convidados são levados a crer que ficariam em grandes vilas e comeriam comidas preparadas por chefs. No entanto, os jovens são hospedados em tendas reaproveitadas de um furacão e, em vez de comerem boas refeições, são servidos de sanduíches de queijo em pratos de isopor. Para se vingar do evento, os convidados decidem saquear a ilha e pregar peças uns nos outros. Por fim, o Fyre Festival se revela uma jogada de marketing para promover um aplicativo de música de McFarland e uma forma pouco carismática de convencer ricos a investirem na plataforma. Conforme a notícia do fiasco se espalha, os organizadores do evento fogem da ilha, deixando os convidados sem saber como sair.