The Batman estreou e, depois de levantar muitas dúvidas, agora temos uma certeza: o Batman de Robert Pattinson não pode cair de cabeça. Por quê? Assista o vídeo linkado e descubra. Nele contamos tudo o que achamos sobre a produção: elenco, fotografia, música, falamos do novo Batmóvel e até se tem cenas pós-créditos. O Coringa aparece? Vai lá no canal do YouTube da Revista Bula.
Mas o fato é o seguinte: Robert Pattinson não caiu de cabeça no filme, caiu de paraquedas. Ben Affleck, um reconhecido nerd, desistiu do papel. Deveria estrelar uma nova trilogia que foi reestruturada com sua saída, abrindo espaço para polêmica escalação de Robert Pattinson. As fotos de bastidores e os trailers deixaram as expectativas altas. Robert Pattinson pode ser o Batman definitivo? Depois de tantos falsos messias, ele pode ser o “escolhido”?
Foi recorrente a escolha de estrelas ou estrelas em ascensão para viverem Batman no cinema: Michael Keaton, Val Kilmer, George Clooney e Christian Bale são casos exemplares. É inevitável que os intérpretes tragam o peso de suas personas públicas para o personagem. Com o Super-Homem, por exemplo, ocorreu o inverso. Christopher Reeve, Brandon Routh e Henry Cavill eram quase desconhecidos. Essa falta de referências anteriores favorece a suspensão de descrença do público. Com Robert Pattinson ocorre o contrário. Precisa lutar com seu passado de ídolo juvenil. Ele não é mais o adolescente de Harry Potter ou o jovem da saga “Crepúsculo”. Já é um senhor de trinta e 35 com uma carreira sólida para chamar de sua, dono de performances consistentes em “Cosmópolis” (2012), “Mapa Para as Estrelas” (2014), “Life” (2015), “Bom Comportamento” (2017) e “O Farol” (2019). Mas o teatro é a arte do ator. O cinema é a arte do diretor. Na franquia Batman a culpa quase sempre foi dos diretores. Tim Burton escalou mal Michael Keaton. Joel Schumacher não conseguir fazer Val Kilmer trabalhar, nem deu material de qualidade para George Clooney. Christopher Nolan vulgarizou o ótimo trabalho de Christian Bale. Zack Snyder não colocou Ben Affleck em um universo coeso.
Portanto, a responsabilidade maior está nas mãos de Matt Reeves. Sua filmografia não é impressionante. Conta, principalmente, com o suspense “Cloverfield” e a supervalorizada refilmagem da saga “Planeta dos Macacos”. Talvez esse perfil modesto artístico seja positivo. A Marvel provou que é mais importante ter um projeto norteador do que uma visão. Cineastas autorais, como Tim Burton, Nolan e Snyder, sempre sofrem a tentação de fazerem o “seu Batman” pessoal e intransferível. Um pouco de modéstia e medo de perder o emprego podem ajudar.
Mas, afinal, deu certo? Clique no vídeo e descubra. Descubra, principalmente, porque Pattinson não pode cair de cabeça.