Se há um grupo que sempre se destacou por ter um estilo de vida um tanto hedonista, esse grupo é o dos escritores — ou autores. Ao longo dos tempos, muitos autores viveram vidas extravagantes em busca de prazer e se entregaram a todos os aspectos, aproveitando a vida ao máximo.
Não deveria ser surpresa, então, que muitas das figuras proeminentes na história da literatura, também, eram fãs de apostas. Aliás, para quem quer conhecer um pouco mais desse universo, clique aqui para descobrir novas possibilidades. A lista de nomes envolvidos com apostas é repleta de estrelas da literatura mundial. Abaixo, uma lista com quatro nomes importantes.
Muito já foi escrito sobre a relação que Dostoiévski tinha com os jogos de azar, com relatos de próprio punho, inclusive. Há relatos de que o autor de livros como “Crime e Castigo”, “Os Irmãos Karamazov” e “O Idiota” perdeu boa parte do dinheiro que ganhou, na vida, apostando. O russo considerava as apostas o único passatempo que, também, poderia levar à obtenção de lucro, apesar dos riscos inerentes à prática.
O vínculo de Dostoiévski com os jogos de azar começou depois que ele se formou no colégio e precisava ganhar dinheiro rápido. Ele começou com dominó e sinuca, mas depois ficou apaixonado pela roleta. Esse vínculo, inclusive, resultou em um livro: “Um Jogador”, publicado em 1866 e considerado uma de suas obras-primas. É uma narrativa, em primeira pessoa, que descreve os efeitos destrutivos do vício em jogos.
Hemingway não só gostava de palavras, mas também de jogos de azar. Depois de se mudar para Paris, na década de 1920, o norte-americano, conhecido por obras como “O Velho e o Mar”, “Paris em Festa”, “Por quem os Sinos Dobram” e “Adeus às Armas”, tornou-se um frequentador assíduo dos jockeys e das apostas em corridas de cavalos.
Relatos de amigos dizem que o escritor gostava de apostar alto. Mesmo quando criança, Hemingway parecia encantado com a ideia do jogo de azar e isso permeou seus primeiros trabalhos. Uma das primeiras histórias de Hemingway foi centrada em um jogo de pôquer, inclusive. Já com idade avançada, o escritor admitiu que, também, gostava de apostar em jogos de pôquer e que a prática fazia parte da sua rotina enquanto não estava escrevendo.
Famoso por dar vida a James Bond, a relação Ian Fleming com os jogos de azar e as apostas transbordou para seus livros. James Bond sempre foi creditado por tornar alguns jogos populares, novamente, já que o superespião passa uma quantidade considerável de tempo em cassinos. O escritor, um marco da literatura produzida nas décadas de 1950 e 60, era, também, um grande apostador. Muitos dizem que James Bond foi um personagem inspirado no próprio Ian Fleming.
Não é segredo que o autor de histórias infantis, de obras como “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “Matilda”, adorava jogar. Um dos exemplos mais emblemáticos está na história de Henry Sugar, um playboy rico que não tem medo de ganhar ou perder e adora apostar. Ainda mais interessante é o fato de que Henry não deixa de trapacear para vencer.
Lucy Dahl, roteirista e filha do falecido Roald Dahl, já afirmou, em diversas entrevistas, que seu pai era apaixonado por jogos de azar dos mais variados tipos, mas não a ponto de ficar viciado. De acordo com Lucy, Dahl ensinou seus filhos a jogar Blackjack assim que eles tinham idade suficiente para aprender a contar.