Quando falam em “fim de semana” o que vem à sua mente? Apostamos que apenas coisas boas, não é mesmo? Piscina, churrasco, descanso, família, amigos, verão, cerveja, filme… Os melhores momentos de nossas vidas são mais simples do que imaginamos. Não é preciso pagar caro, planejar demais, se produzir muito. Os dias que ficam guardados na memória sempre nos pegam de surpresa e fazem parte do cotidiano, como o cheiro do seu filho, assistir televisão ao lado da família no domingo à tarde, um prato que a sua mãe faz, algo que seu pai te ensina. A Revista Bula separou alguns filmes que vão ajudar a tornar seu final de semana ainda mais especial. Entre eles, “A Mão de Deus”, de 2021, de Paolo Sorrentino; “Ataque dos Cães”, de 2021, de Jane Campion; e “Imperdoável”, de 2021, de Nora Fingscheidt. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Fabietto Schisa tem 17 anos e vive em Nápoles, durante os anos 1980. Introspectivo, ele encara os acontecimentos ao seu redor sem muita emoção, até que alguns eventos mudam tudo. Um deles é a ida de Diego Maradona, seu maior ídolo, à sua cidade. Outro, é um acidente trágico envolvendo sua família, que o obriga a amadurecer. O despertar de uma paixão pelo cinema também o ajuda a encontrar um novo sentido para a vida.
A história é ambientada em 1920, em Montana, onde os irmãos Phil e George Burbank administram um rancho. Durante uma viagem para fora da cidade, George conhece Rose, uma mulher viúva e mãe do adolescente Peter. Os dois se apaixonam e se casam. Enquanto o garoto passa a viver em um colégio interno, Rose agora é a nova moradora do casarão dos Burbank. Mas, ao contrário da vida romântica que havia sonhado ao lado de George, ela passa a viver um verdadeiro tormento com seu cunhado, que sabe como torturá-la emocionalmente. Quando Peter sai de férias e fica hospedado na casa, as violências psicológicas praticadas por Phil se intensificam.
Ruth Slater matou dois policiais e cumpriu longos anos de cadeia antes de ganhar sua liberdade. De fora da prisão, Ruth se depara com uma sociedade que não está disposta a perdoar seus erros do passado. Mesmo tendo cumprido sua pena, Ruth não tem redenção. Como consequência de suas ações, sua irmã mais nova agora vive uma vida problemática. Enquanto isso, o filho de um dos policiais mortos por Ruth planeja se vingar dela.
Perto de seu 30° aniversário, Jonathan Larson tem que servir mesas para se manter, enquanto escreve um musical quase autobiográfico. Preocupado com a possibilidade de ter optado equivocadamente pela carreira artística, ele se sente pressionado pela namorada, que quer afugentar suas pretensões profissionais, e pela melhor amiga, que abandonou o sonho de ser atriz para ter segurança financeira e por medo da Aids, que lança uma sombra sobre os profissionais da arte.
Fukamachi é um repórter fotográfico que, após décadas obcecado em encontrar um alpinista chamado Habu, o encontra no Nepal. Já idoso e recluso, o escalador afirma ter encontrado uma câmera que pertenceu a George Mallory, um alpinista que tentou escalar o Everest em 1953, mas desapareceu. Conforme os dois se conectam, Fukamachi descobre que o desprezo de Habu por seus adversários de esporte, além de uma vida marcada pela tragédia pessoal, o tornou retraído e isolado. Mas os dois têm mais em comum que o fotógrafo imaginava.
Tyler é um adolescente feliz e bem-sucedido na Flórida. Ele namora a bela Alexis e é um atleta de sucesso. Apesar da vida aparentemente fácil, ele tem um pai severo chamado Ronald, que faz questão de lembrá-lo que jovens negros precisam se esforçar dez vezes mais que os brancos. Ele acredita que a pressão sobre Tyler é realmente necessária para moldar o futuro do rapaz. Quando Tyler sofre uma lesão no ombro, seu mundo começa a desabar. Suas perspectivas para entrar em uma boa faculdade como atleta começam a ir pelo ralo. Ele não tem estrutura para ver todo o planejamento de sua vida se desmoronar. Como se não bastasse, Alexis revela que está grávida.
A primeira cena de “Rocketman” (2019) tem a força de uma revelação — e essa decerto foi mesmo a vontade de Dexter Fletcher. O diretor do filme, um musical livremente (e bota “livremente” nisso!) inspirado na vida de Elton John, inclusive quando ele era apenas Reginald Kenneth Dwight, um garoto rechonchudo de Pinner, subúrbio da região metropolitana de Londres, se propõe a falar da vida e da obra de seu personagem, claro, mas do seu jeito. E não se contenta só com isso.