Independente do gênero, um bom filme é aquele que consegue prender a atenção do espectador até o fim da trama. A Bula realizou uma seleção de filmes de diferentes gêneros disponíveis na Netflix que possuem justamente essa característica: são de tirar o fôlego. Entre os títulos escolhidos pela Revista Bula, destacam-se “The Soul” (2021), de Cheng Wei-Hao; “Vingança e Castigo” (2021), de Jeymes Samuel; e “Host” (2020), dirigido por Rob Savage. Todos os longas selecionados receberam boas notas em sites especializados em cinema. Os títulos estão organizados de acordo com a data decrescente de lançamento e não obedecem a critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

Um grupo de homens do interior se mudam para São Paulo e acabam prisioneiros em um ferro-velho, obrigados a trabalhar para saldar dívidas exorbitantes. Entre eles, Matheus que estava em busca de emprego e agora vive em situação análoga à escravidão, submetido à miséria e violência pelo patrão, Luca. O homem promete que quanto mais eles trabalharem, mais próximos estarão de sua liberdade. Para tentar escapar de sua situação, Matheus acaba entrando em uma incômoda parceria com o chefe.

Wang Shicong, presidente de um grupo empresarial especializado em um moderno tratamento de câncer, é assassinado dentro de sua própria casa. O promotor Lian Wenchao e sua esposa, a policial A Bao, descobrem durante as investigações que toda a família do empresário tem conexão com sua morte. Conforme as informações vão aparecendo, o casal se aprofunda cada vez mais em um caso que pode lhes custar a própria vida.

Quando criança, Nat Love viu seus pais serem brutalmente assassinados pelo criminoso Rufus Buck, que ainda fez uma cicatriz de cruz virada para baixo na testa do garoto. Agora adulto, Nat é um pistoleiro fora da lei, que ao saber que Buck está fora da cadeia, decide procurá-lo e vingar a morte de seus pais. Nat ainda poderá contar com a ajuda de alguns amigos nessa perigosa aventura pelo Velho-Oeste.

Seis amigos se conectam para uma reunião mediúnica de vídeo no Zoom, liderada por Seylan, um espiritualista. Ninguém além dele próprio leva o ritual a sério, embora Haley tente fazer com que seus amigos se comportem de maneira respeitosa. Em apenas alguns minutos, o grupo está rindo e zombando de Seylan. Mas as piadas não duram muito tempo, porque um espírito sinistro está prestes a invadir as casas desses jovens e tornar sua noite aterrorizante.

Em “O Diabo de Cada Dia”, Antonio Campos se fixa nessa premissa a fim de contar uma história que degenera em caminhos tortuosos para um veterano da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o filho dele, um reverendo implicado em casos de abuso sexual e um casal de assassinos em série nos anos 1950. Donald Ray Pollock, o próprio autor do livro a partir do qual o roteiro se desenrola, serve de narrador à trama. Pollock, um ex-operário e ex-motorista de caminhão em Knockemstiff, Ohio, deixou as funções que desempenhava aos cinquenta anos, quando conseguiu publicar “O Mal Nosso de Cada Dia”, em 2011. Campos sabe onde se meteu. Donald Ray Pollock está para Antonio Campos como Cormac McCarthy para os irmãos Coen: os três diretores bebem da fonte dos romancistas, cujas obras tratam da falta de rumo do homem, cada vez mais perdido e cada vez mais selvagem. Pode-se tentar desqualificar Campos sob o argumento de ser ele um mero adaptador de uma história cuja profundidade não alcança. Grosso engano. Seu cuidado na escolha dos atores, muito bem ambientados na aridez — metafórica e real — do coração da América (para não mencionar outra vez a assertividade do livro em que seu filme se baseia), são predicados justos o bastante quanto a capacitá-lo como um diretor, no mínimo, aplicado. Antonio Campos tem muita bala no tambor.

Um casal atravessa o Sudão até a Inglaterra. Durante a travessia, um naufrágio tirou a vida de sua filha, Nyagak. Dela, resta apenas a lembrança em forma de uma boneca que carregava. Divididos entre o trauma e o alívio de finalmente alcançar seu destino, o casal mora em uma residência cedida pelo governo. Enquanto isso, a legalização dos dois no país é avaliada.

Em um saguão de um luxuoso hotel, um corpo ensanguentado é encontrado e o septuagenário Fabrizio Collini confessa o crime. O advogado Caspar Leinen atua na área há apenas três meses e é designado pelo tribunal para defender Collini, que simplesmente se recusa a falar, em um voto de silêncio. Na promotoria, o professor de direito de Caspar, Richard Mattinger, está disposto a agir como um adversário feroz. Enquanto Caspar investiga o crime para conseguir defender seu cliente, descobre que a vítima é um respeitado magnata que cuidou dele e de sua mãe solteira nos anos 1980, Hans Meyer. E, por trás do crime, uma tragédia familiar que remonta à Segunda Guerra Mundial.

A história abre com Henry, um cientista sexagenário que carrega uma mulher desacordada nos braços, aparentemente depois do uso de alguma droga. Logo se percebe que a moça, Elizabeth Harvest, está vestida de noiva, e é levada no colo pelo marido para que se cumpra o costume. Ao se deparar com todo o fausto da nova casa, Elizabeth desperta do transe e começa a tentar se familiarizar à nova vida de que está prestes a gozar, até que a morte a separe de Henry, em tudo correndo bem. Bilionário devido a suas descobertas em pesquisas sobre o RNA humano, Henry oferece toda a propriedade à nova esposa, exceto um quarto no porão, em que não está autorizada a entrar sob hipótese alguma. Por óbvio, Elizabeth não lhe dá ouvidos e se depara com um cenário aterrador.

Um casal constrói um lar em uma antiga casa. A jovem esposa está grávida e o marido, um escritor famoso, é aparentemente amável. Certo dia, um visitante inesperado pede para passar a noite na residência e o marido aceita. De repente, novas visitas inconvenientes chegam, causando uma série de eventos perturbadores. O local tranquilo e de aconchego familiar se torna um ambiente caótico e inseguro para a futura mãe e seu bebê.

Ambientado em Teerã, em 1988, mãe e filha ficam trancafiadas em seu apartamento durante a guerra Irã-Iraque. Resistindo aos bombardeios de mísseis, elas se escondem no porão durante os ataques aéreos enquanto a cidade se esvazia. Em meio a tudo isso, vizinhos sussurram sobre crenças e presságios de destruição. Uma criança órfã de outro apartamento informa que o prédio está assombrado por um “djinn” e coisas estranhas começam a acontecer.

Levando a vida na corda bamba — e sentindo muito prazer em viver assim —, Philippe Petit torna-se célebre ao cruzar as Torres Gêmeas apenas com o uso de um cabo. Sem contar com a permissão das autoridades nas jornadas aventureiras que empreende, ele junta apoiadores de vários países a fim de burlar a vigilância da polícia e executar o plano que se tornara seu propósito de vida, finalmente concluído em 7 de agosto de 1974. A façanha foi noticiada nos veículos de comunicação do mundo todo e Petit adquiriu status de verdadeiro herói.

Após um ataque de gás no metrô de Calcutá que deixa centenas de mortos, Vidya Bagchi é uma mulher grávida de sete meses, que chega de Londres em busca de seu marido, Arnab, que estaria no local da tragédia. Sem nenhum registro do desembarque de Arnab na Índia, Vidya recebe a ajuda de um policial recém-recrutado, Styoki, em sua busca.
Bônus

Joe Baylor é um policial mal-humorado da polícia de Los Angeles, que está afastado das ruas por seu mau comportamento, enquanto aguarda ser julgado. Até lá, ele é rebaixado e colocado para atender chamadas de emergência. Em um dia tedioso, Joe recebe a ligação de Emily, uma mulher que finge conversar com sua filha na linha, enquanto tenta camuflar um pedido de socorro de seus sequestradores.