Enredos que prendem, inspiram, comovem, comunicam. O cinema tem um poder transcendental de transformar nosso dia e humor, de nos motivar a encontrar novas formas de ver e viver a vida, de reavaliar como temos encarado determinadas situações do nosso cotidiano. Ver filme é quase uma terapia. Alguns, em especial, conseguem falar ainda mais profundamente e conectar à nossa alma de maneira revolucionária. Nessa lista, algumas produções que dá vontade de passar horas admirando por tamanha perfeição. Entre eles, “7 Prisioneiros”, de 2021, de Alexandre Moratto; “A Escavação”, de 2021, de Simon Stone; e “Ama-me”, de 2021, de Mehmet Ada Öztekin. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critério classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Um grupo de homens do interior se mudam para São Paulo e acabam prisioneiros em um ferro-velho, obrigados a trabalhar para saldar dívidas exorbitantes. Entre eles, Matheus que estava em busca de emprego e agora vive em situação análoga à escravidão, submetido à miséria e violência pelo patrão, Luca. O homem promete que quanto mais eles trabalharem, mais próximos estarão de sua liberdade. Para tentar escapar de sua situação, Matheus acaba entrando em uma incômoda parceria com o chefe.
Em 1939, Edith Pretty, uma proprietária de terras em Suffolk, na Inglaterra, contrata o arqueólogo autodidata Basil Brown para escavar sua propriedade. Quando um navio com rebites de ferro é descoberto por Brown no terreno, indicando que uma pessoa importante, provavelmente um rei, estava enterrado nele, o Museu Britânico assume a escavação. Há pressa no ar para finalizar o serviço enquanto o rádio dá notícias concisas sobre a chegada da guerra.
Cheng é um agiota que mora no sótão de uma pequena barbearia. Seu amigo, dono de uma empresa de cobrança, pede a ele que cobre uma dívida problemática enquanto o credor está em coma. Cheng vai ao hospital para dar o ultimato e conhece Hao Ting, que cuida de seu pobre pai e está arcando com os encargos financeiros. Profundamente atraído por ela, ele oferece um acordo da dívida em troca de encontros românticos.
Em 1920, no Harlem, Irene Redfield é uma mulher negra que se finge de branca com uso de maquiagem há anos e consegue enganar, até mesmo, seu marido racista, que não possui a menor pista da identidade dupla da esposa. Anos depois, ela reencontra uma antiga amiga, Clare, que também é uma negra se passando por branca. Ambas encontram conforto e aceitação nessa identidade, mas conforme Clare se torna convidada constante na casa de Irene, um triângulo amoroso entre elas e o marido irá surgir em um terreno de mentiras.
Joe Baylor é um policial mal-humorado da polícia de Los Angeles, que está afastado das ruas por seu mau comportamento, enquanto aguarda ser julgado. Até lá, ele é rebaixado e colocado para atender chamadas de emergência. Em um dia tedioso, Joe recebe a ligação de Emily, uma mulher que finge conversar com sua filha na linha, enquanto tenta camuflar um pedido de socorro de seus sequestradores.
O filme acompanha uma mulher que, ao acordar, percebe que está presa dentro de uma câmara criogênica. Ela não se lembra de quem é e nem de como foi parar ali. O nível de oxigênio está diminuindo aos poucos e ela sabe que precisa encontrar uma forma de se libertar. Para isso, ela precisa agir com calma, tentando reconstruir as memórias de seu passado.
Um jovem negro vive em Nova York e tenta voltar com seu cachorro para casa após o primeiro encontro com uma mulher. No caminho, é confrontado por um policial, que o mata durante uma abordagem agressiva. No entanto, ele está preso em um loop temporal, em que ele sempre tenta voltar para casa, mas revive sua morte 99 vezes.
O filme gira em torno das mulheres da família Lin em uma série de sequências dos tempos atuais e de flashbacks. Lin Shoying é a matriarca da família e está prestes a comemorar seu aniversário de 70 anos. No entanto, os planos das festividades são interrompidos quando a família recebe a notícia da morte de seu marido, que havia partido anos atrás. Em torno do caixão, cada membro da família relembra de sua relação com o falecido. As mulheres da família Lin começam a descobrir a vida que seu pai distante deixou para trás.
Em um saguão de um luxuoso hotel, um corpo ensanguentado é encontrado e o septuagenário Fabrizio Collini confessa o crime. O advogado Caspar Leinen atua na área há apenas três meses e é designado pelo tribunal para defender Collini, que simplesmente se recusa a falar, em um voto de silêncio. Na promotoria, o professor de direito de Caspar, Richard Mattinger, está disposto a agir como um adversário feroz. Enquanto Caspar investiga o crime para conseguir defender seu cliente, descobre que a vítima é um respeitado magnata que cuidou dele e de sua mãe solteira nos anos 1980, Hans Meyer. E, por trás do crime, uma tragédia familiar que remonta à Segunda Guerra Mundial.
Hal, príncipe rebelde e herdeiro relutante do trono inglês, deu as costas à vida real e vive entre o povo. Quando seu pai tirânico morre, Hal é coroado rei Henrique V e é forçado a abraçar a vida da qual havia tentado escapar. Agora o jovem rei deve transitar pela política, caos e guerra que seu pai deixou para trás, e equilibrar com o que restou de sua vida passada, incluindo sua amizade com seu mentor e velho cavaleiro alcoólatra, John Falstaff.