A cada dia descobrimos novos conteúdos na plataforma da Netflix. O trabalho da Revista Bula é essa jornada incansável por sempre conhecer cada vez mais e melhor os catálogos dos streamings favoritos do público para indicar aos leitores o que há de mais sensacional e novo. Não há dúvidas que a Netflix guarda um arsenal de obras cinematográficas de extremo valor, mas muita coisa boa ainda passa batido diante dos olhos dos espectadores. Nessa lista, viemos te lembrar das obras imperdíveis dentro da plataforma, tanto dentre as produções mais conhecidas como aquelas que ainda estão camufladas. Entre elas, destaque para “A Voz Suprema do Blues”, de 2020, de George C. Wolfe; e “Meu Ano em Nova York”, de 2020, de Philippe Falardeau. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
A lendária cantora de blues Ma Rainey e sua banda se preparam para a gravação de algumas músicas, supervisionados pelo empresário e o dono da gravadora, ambos brancos e com ideias próprias sobre como ela deveria cantar. O talentoso trompetista Levee tenta polvilhar riffs de jazz em canções conhecidas enquanto cria versões de outras músicas, apesar das objeções da cantora. Ao longo de uma sessão desconfortável de gravação, egos entrarão em conflito, e todos aprenderão que Ma Rainey não chegou ao topo sendo quieta e submissa.
Joanna é uma ex-estudante de pós-graduação que se muda para Nova York na década de 1990. Poeta em ascensão, ela consegue um emprego como assistente de uma agente literária antiquada. Designada a lidar com a correspondência de fãs efusivos do cliente mais famoso e recluso da agência, J.D. Salinger, Joanna é instruída a usar uma resposta padrão para todas as cartas. Irritada, ela desrespeita as regras e personaliza suas respostas enquanto se imagina conversando frente a frente com cada um dos fãs do autor.
No fim dos anos 1960, em Nova York, Michael é anfitrião da festa de aniversário de seu amigo Harold, quando as celebrações são interrompidas pela chegada de seu colega de quarto, o homofóbico e agressivo Alan. Logo a diversão dá espaço a uma troca de insultos. Michael, cada vez mais bêbado e amargo, convoca os convidados a se sentarem em uma mesa para um jogo em que devem telefonar a uma pessoa a quem amam para desabafar segredos e verdades incômodas.
Wen é pai de dois filhos. Seu filho mais novo, Ho, é a ovelha negra da família, um jovem violento mandado para um centro de detenção juvenil por agressão e que engravida a namorada adolescente. O mais velho, Hao, está prestes a entrar na faculdade de medicina e é o orgulho dos pais. No entanto, as perspectivas são alteradas, quando uma tragédia desestrutura completamente os planos e expectativas da família.
O documentário acompanha um grupo de mulheres no distrito rural de Hapur, nos arredores de Delhi, na Índia, durante a chegada de uma microeconomia baseada em uma máquina de absorventes de baixo custo. Arunachalam Muruganantham, um empresário de Tamil Nadu, cria a máquina para poupar sua esposa de reutilizar trapos anti-higiênicos durante sua menstruação e interrompe a cultura de os homens serem excluídos do debate ginecológico no país.
Ron Stallworth é um policial afro-americano que nunca foi ligado a movimentos sociais. Em uma missão, ele consegue se infiltrar em uma filial da Ku Klux Klan com ajuda de um judeu, que se passa por ele e, eventualmente, se torna um líder no grupo. Por meio de seu infiltrado, consegue sabotar ataques e crimes motivados pelo ódio, promovidos pelos supremacistas contra negros americanos.
Com dificuldades financeiras, a mãe solteira Lara consegue um trabalho como segurança de fronteira no Aeroporto de Keflavic, na Islândia. Seu caminho se cruza com o de Adja, uma imigrante de Guiné-Bissau que tenta viajar para Toronto com um passaporte falso interceptado por Lara. Enquanto Adja aguarda a deportação, Lara vive em seu carro com o filho, Eldar. Essas duas mulheres que batalham por uma vida melhor acabam se reencontrando e irão se conectar para ajudar uma à outra a superar as adversidades.
O documentarista Jon Alpert viaja pela primeira vez a Cuba em 1970, nos primeiros anos da Revolução Cubana. Ao longo de quatro décadas, ele retorna ao país e reencontra seus personagens, amigos com quem se conecta pela curiosidade por suas vidas, retratadas no filme. O documentário delineia os ideais da revolução, desde seu começo glorioso até o primeiro rubor do regime dar lugar a uma pálida crônica de fracassos e dificuldades. Em cenas exclusivas, Jon ainda interage com um carismático e informal Fidel Castro.
Alan Clay é um representante de vendas de um sistema de holograma, que viaja para a Arábia Saudita para tentar fechar negócio com o rei e salvar a si mesmo da falência. Ele acaba de se divorciar, precisa de dinheiro para pagar a faculdade da filha e está com um tumor suspeita nas costas. Enquanto ele tenta, sem sucesso, se encontrar com seu cliente promissor e ocupado, acaba encontrando amizades e amor em lugares inesperados.
Ninguém notava Frank Lucas, o silencioso motorista de um dos principais chefes do crime em Nova York. Quando seu patrão morre, Frank explora a abertura na estrutura de poder para construir seu próprio império e criar sua versão do sonho americano. Com uma inteligência e ética empresarial rígida, ele passa a comandar o comércio de drogas nos centros das cidades. Do outro lado, o policial Richie Roberts acompanha as ruas de perto o suficiente para sentir a mudança de controle no submundo das drogas. Ele percebe que alguém está escalando os degraus acima das famílias conhecidas.