10 filmes fabulosos que usam cronologia reversa

10 filmes fabulosos que usam cronologia reversa

Às vezes, parece que viemos ao mundo apenas para servir de mero brinquedo do tempo. O inefável balanço das horas, dias, meses, anos faz com que nos sintamos ludibriados pela vida e pensemos, até em voz alta, que poderíamos fazer um acordo com o tempo: daríamos a ele alguns momentos de descanso, a fim de que também pudéssemos desfrutar um pouco mais o que vivemos. Entretanto, o tempo insiste em transcorrer por nós, como se nem existíssemos, sem nunca se exaurir, e só resta ao homem seguir até onde o tempo deixar. O cinema dá uma quebrada nesse fluxo e, atrevido, diz ao tempo que quem manda é ele, promovendo verdadeiras revoluções. A sétima arte desafia o tempo; para ela, não existe essa história de “o tempo que se perdeu, perdido está”: há sempre um jeito de se fazer com que o tempo volte, avance, volte outra vez… São muitos os filmes que invertem os padrões do tempo e põem a ordem cronológica pra escanteio. A Bula entrou na brincadeira e menciona dez filmes que se valem do conceito do tempo elástico. Destacam-se “O Doce Amanhã” (1997), do diretor egípcio-canadense Atom Egoyan, cujo enredo decerto vai deixar você em prantos, e “(500) Dias com Ela” (2004), de Mark Webb, sobre as perdas a que o tempo nos sujeita a todos, leve sem deixar de ser um convite à reflexão. Os títulos da lista aparecem de acordo com a data de lançamento, do mais recente para o mais antigo e não observam critérios de avaliação. Se não é o tempo que passa, mas sim as circunstâncias que mudam, vamos nos permitir subverter a sua lógica. Tempo, tempo, tempo…

Giancarlo Galdino

Depois de sonhos frustrados com uma carreira de correspondente de guerra à Winston Churchill e Ernest Hemingway, Giancarlo Galdino aceitou o limão da vida e por quinze anos trabalhou com o azedume da assessoria de políticos e burocratas em geral. Graduado em jornalismo e com alguns cursos de especialização em cinema na bagagem, desde 1º de junho de 2021, entretanto, consegue valer-se deste espaço para expressar seus conhecimentos sobre filmes, literatura, comportamento e, por que não?, política, tudo mediado por sua grande paixão, a filosofia, a ciência das ciências. Que Deus conserve.