Entre os cinéfilos, é comum dizer que “há filmes que não acabam quando terminam”. É uma referência a longas que promovem reflexões que perduram e são capazes de mudar totalmente nossa visão de mundo. Para os leitores que procuram produções assim, a Bula elencou em um ranking dez filmes transformadores que debatem a vida em sociedade, a certeza da morte, as crenças, o sofrimento e os relacionamentos amorosos e familiares. São obras aclamadas e consideradas fundamentais, como “Memento (Amnésia)” (2001), de Christopher Nolan; “Paris, Texas” (1984), de Win Wenders; e “Viver” (1952), dirigida por Akira Kurosawa.
Imagens: Divulgação / Reprodução IMDb

O músico Didier e a tatuadora Elise se apaixonam à primeira vista. Ele é um cowboy ateu e sonhador, enquanto ela é mais religiosa e sensata. Apesar de serem muito diferentes, eles fazem de tudo para ficar juntos. Didier e Elise se casam e têm uma filha, Maybelle. Quando a garota fica gravemente doente, a família se desestabiliza. Em meio à dor, Didier e Elise precisam se reconectar para superar as dificuldades.

Uma enfermeira, um motorista de ambulância, uma ginasta e seu treinador fundam um estranho grupo de apoio chamado “Alpeis”. Ao serem contratados por famílias enlutadas, eles fazem o papel das pessoas mortas, encenando situações baseadas nos gostos e atitudes dos falecidos. Para que tudo dê certo, os integrantes do Alpeis precisam seguir certas regras. Mas o grupo entra em desequilíbrio quando a enfermeira começa a transgredir essas normas.

O filme inicia narrando um relato que teria ocorrido com o filósofo alemão Friedrich Nietzsche durante uma viagem. Ao avistar um cavalo sendo chicoteado pelo dono, ele interrompe a tortura e abraça o animal. A atitude do filósofo é vista como um indício de loucura. A partir deste episódio, a obra apresenta a possível história do cavalo defendido por Nietzsche.

Ao sair de uma festa em Paris, Alex é agredida e estuprada na rua. Ela fica em coma e seu namorado, Marcus, se junta a um amigo, Pierre, para procurar o criminoso que a agrediu. Sob efeito de álcool e drogas, Marcus e Pierre percorrem as ruas de Paris desesperados, sedentos por justiça. Eles descobrem que o agressor é Le Tenia, um perigoso cafetão, mas ainda precisam encontrá-lo pessoalmente.

Leonard Shelby tem a casa invadida por dois ladrões. Um deles bate em sua cabeça e o outro estupra e mata sua mulher. Agora, devido à pancada, ele sofre de amnésia anterógrada, uma doença que o impede de memorizar os eventos que acabaram de acontecer. Mesmo com essa dificuldade, ele insiste em encontrar o assassino de sua esposa. Mas a polícia não acredita na versão de Leonard sobre o crime.

“A Vida é Doce” é um retrato íntimo e melancólico de uma família da classe trabalhadora, que vive no subúrbio de Londres, durante os anos 1990. Andy e Wendy são casados e pais das gêmeas Natalie e Nicola. Com exceção de Nicola, que é rebelde, todos aceitam as oportunidades de trabalho que aparecem. Mas o verdadeiro sonho de Andy é restaurar uma van antiga para ter o seu próprio trailer de comida.

Witek, um estudante de medicina polonês, pede licença da faculdade após a morte do pai. Ele quer viajar para Varsóvia e repensar sua vocação. Mas enquanto corre para alcançar o trem, três possíveis eventos acontecem. No primeiro, ele reencontra uma ex-namorada, que o convida para se juntar a um partido anticomunista. Na segunda possibilidade, ele é abordado por um guarda e reage, sendo enviado para julgamento. No último evento, ele não alcança o trem e retorna para a universidade. Mas, ao fim, nenhum dos três destinos traz felicidade a Witek.

Após desaparecer por anos, Travis é encontrado em um hospital na região desértica do Texas, exausto e com amnésia. Walt, irmão de Travis, o leva para sua casa, em Los Angeles. Em seu novo lar, Travis começa a se recordar do passado e reencontra Hunter, seu filho de 7 anos que foi abandonado pela mãe, Jane. Aos poucos, Travis cria uma conexão com o filho e deseja ir atrás de Jane para reconstruir sua família.

Em 1944, ao final da 2ª Guerra Mundial, quatro amigos estão conversando e bebendo em um bar de Budapeste. Eles estão falando sobre assuntos triviais, tentando esquecer os problemas dos últimos anos. O clima muda quando um quinto amigo chega e faz uma pergunta hipotética e existencial aos homens sentados na mesa. Esta questão muda, irremediavelmente, a vida de todos.

Kanji Watanabe é um idoso que vive em Tóquio e gerencia uma repartição pública há muitos anos. Ele sempre se dedicou extremamente ao trabalho e não tem amigos por conta de suas muitas ocupações. Mas, ao descobrir que tem um câncer no estômago, ele percebe que passou quase toda a vida trancado em um escritório. Então, Kanji é forçado a buscar um significado para sua existência em seus dias finais.