Ao observar os termos mais buscados no Google em 2019, seria impossível prever o que 2020 reservava ao mundo. Aqui no Brasil, “Gugu Liberato”, “como fazer figurinhas no whatsapp” e “Stranger Things” foram alguns dos assuntos mais pesquisados na internet. O cenário mudou completamente este ano e, obviamente, as pessoas ficaram curiosas por tudo que envolve a pandemia da Covid-19. Com base não só nessas pesquisas, mas também em levantamentos realizados por outras publicações, como “The New York Times” e “Reader’s Digest”, a Bula reuniu em uma lista as 12 expressões que resumem o ano de 2020. “Lockdown”, “Achatar a curva” e “Vidas negras importam” são algumas delas.
Distanciamento social
Desde o primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil, em fevereiro, as autoridades têm alertado que a melhor medida para evitar o contágio é o distanciamento social. Inicialmente, as restrições foram maiores, mas com a flexibilização da quarentena as aglomerações voltaram a ocorrer.
Vidas negras importam
O movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), iniciado nos Estados Unidos, ganhou relevância em todo o mundo devido aos protestos antirracistas após a morte de George Floyd, homem negro estadunidense que foi assassinado por policiais. As manifestações começaram em Minneapolis, cidade do crime, e se espalharam por vários países.
Serviços essenciais
Em março, o isolamento social foi imposto em todas as cidades brasileiras. Governos estaduais e municipais pediram que as pessoas trabalhassem de casa, evitando andar pelas cidades. Apenas os trabalhadores de serviços essenciais poderiam continuar se locomovendo, como atendentes de farmácia, postos de gasolina e supermercados, além dos profissionais de saúde.
Achatar a curva
Com o aumento dos casos de Covid-19 no Brasil, os pesquisadores começaram a dizer que era preciso “achatar a curva” da epidemia com urgência, para que os hospitais não ficassem sobrecarregados. O termo se referia à necessidade de medidas de distanciamento social para diminuir a disseminação do vírus.
Hidroxicloroquina
Em março, o presidente dos EUA, Donald Trump, começou a promover a hidroxicloroquina como um remédio para a prevenção e cura da Covid-19. No Brasil, por ordens de Jair Bolsonaro, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército produziu mais de 3,2 milhões de comprimidos da droga. Mas pesquisadores concluíram que o remédio não é eficaz contra a Covid-19.
Novo normal
Devido ao crescimento da pandemia, pesquisadores e especialistas repetiram insistentemente que o mundo jamais voltaria a ser como era antes, por isso todos precisariam se acostumar ao “novo normal”. As normas de distanciamento e prevenção deveriam se tornar um hábito para garantir a sobrevivência da população.
Ensino remoto
Com o fechamento das escolas e universidades em março, os alunos começaram a ter aulas online. A nova modalidade de ensino foi um desafio tanto para os professores, que tiveram que se desdobrar para gravar e editar aulas, quanto para os estudantes, já que muitos não têm acesso à internet e a aparelhos digitais.
Reunião virtual
À medida que as pessoas buscavam novas maneiras de se divertir em casa, os encontros virtuais entre amigos e familiares se tornaram cada vez mais comuns. O Zoom, plataforma de videoconferência, revelou um crescimento de 355% em sua receita durante o segundo trimestre do ano, em comparação ao mesmo período em 2019.
Live
Devido à proibição da realização de shows e festas no início da pandemia, as lives — transmissões online ao vivo — se popularizaram em todo o mundo. A mais assistida do YouTube foi a da sertaneja Marília Mendonça, dia 8 de abril. Além dos cantores, profissionais de todos os ramos aproveitaram o embalo para promover seus serviços em lives.
Lockdown
A pergunta “O que é lockdown?” foi uma das mais pesquisadas no Google em 2020. O termo se refere ao confinamento total, mas no Brasil foi usado para determinar diferentes medidas de isolamento aplicadas pelos governos estaduais e municipais, das mais rígidas às mais flexíveis.
Home office
Segundo informações da Agência Brasil, o trabalho em casa foi uma estratégia adotada por 46% das empresas brasileiras durante a pandemia de Covid-19. Cerca de 41% dos trabalhadores puderam exercer sua função à distância e a tendência é que o home office cresça até 30% nos próximos anos.
Grupo de risco
Desde o início da pandemia, profissionais da saúde têm alertado que certos indivíduos têm maiores chances de evoluir para quadros mais graves de Covid-19. Essas pessoas fazem parte dos chamados “grupos de risco”, que são compostos por idosos, diabéticos, hipertensos, obesos e pacientes com problemas respiratórios prévios.