Com o acesso à internet, o hábito de frequentar bibliotecas tem se tornado cada vez mais raro. Mas, essas instituições públicas continuam sendo valiosas para a promoção da cultura gratuita e do desenvolvimento educacional da sociedade. Muitas delas, inclusive, são verdadeiras obras arquitetônicas e contam, em si mesmas, capítulos importantes da história da humanidade. No Dia Mundial das Bibliotecas, comemorado em 1 de julho, a Bula reuniu em uma lista as 12 mais bonitas do mundo, elencadas em publicações internacionalmente renomadas, como “The Independent”, “Times” e “The Guardian”. Todas as instituições mencionadas são públicas e abertas à visitação.
Projetada pelo arquiteto Juan de Herrera, a biblioteca está localizada no Mosteiro de Escorial, construído pelas ordens do rei Felipe II em 1557. Com chão de mármore e estantes de madeiras nobres talhadas, possui uma coleção de mais de 40 mil títulos. O teto é decorado com abóbadas que remetem às sete artes liberais: retórica, dialética, música, gramática, aritmética, geometria e astronomia.
O mosteiro de Strahov, fundado em 1143, abriga uma das mais impressionantes bibliotecas do mundo. Em estilo barroco, é composta de duas salas: a Teológica, obra do arquiteto Jan Dominik Orsih, e a Filosófica, projetada por Ignác Jan Palliard. Ao todo, a biblioteca abriga mais de 60 mil livros. O complexo do mosteiro é aberto a visitas durante todo o ano. (Crédito editorial: Shutterstock)
Com o objetivo de transformar novamente a cidade de Alexandria em um centro de conhecimento para todo o mundo, a Bibliotheca Alexandrina foi construída em 2002. Sua arquitetura ousada foi projetada pelo estúdio norueguês Snøhetta, que venceu mais de 1.400 concorrentes. O local abriga cerca de dez mil livros raros, 100 mil manuscritos e 300 mil títulos periódicos.
A pedido de Giulio de Médici, o Papa Clemente VII, Michelangelo arquitetou a Biblioteca Medicea Laurenziana, no complexo arquitetônico de San Lorenzo. A construção foi concluída em 1525. O desejo do Papa era ter um local para abrigar todas as obras da família Médici. Composta por três ambientes, a biblioteca abriga mais de 11 mil manuscritos e 4,5 mil livros raros. (Crédito editorial: Medicea Laurenziana Firenze)
A instituição foi fundada em 1837, por um grupo de imigrantes de Portugal, com o objetivo de promover a cultura entre a comunidade portuguesa. O edifício da atual sede foi inaugurado em 1887, com um estilo gótico-renascentista. Aberta ao público desde 1900, a biblioteca possui a maior coleção de obras lusófonas fora de Portugal, com aproximadamente 350 mil volumes.
Maior biblioteca da Irlanda, pertence à universidade Trinity College, a mais antiga do país. Possui um acervo de aproximadamente 6 milhões de livros. Além de sua beleza monumental, é conhecida por abrigar o Livro de Kells, um manuscrito feito por monges celtas por volta de 806 d.C., considerado um dos maiores tesouros da Idade Média. (Crédito editorial: Shutterstock)
A biblioteca municipal de Stuttgart, na Alemanha, existe desde o século 19. Mas, o prédio atual foi inaugurado em 2011, projetado pelo arquiteto coreano Eun Youn Yi. Com estilo minimalista, possui 11 andares, todos totalmente brancos, o que cria um contraste marcante com os livros coloridos. Seu acervo contém mais de 500 mil volumes. (Crédito editorial: Shutterstock)
Um dos pontos turísticos mais famosos de Seattle, a biblioteca pública da cidade é um edifício glamuroso de 11 andares, inaugurado em 2004. Foi projetada pelo arquiteto Rem Koolhaas, e é uma referência mundial em arquitetura e design. Seu acervo possui mais de 2 milhões de volumes. Além disso, disponibiliza vários serviços gratuitos para a população, como acesso à internet. (Crédito editorial: Shutterstock)
Uma das principais criações barrocas na Europa, a biblioteca do monastério de Admont foi construída em 1776 e projetada pelo arquiteto Joseph Hueber. É a maior livraria de mosteiros do mundo e abriga mais de 70 mil volumes, incluindo 1,4 mil manuscritos raros. Todo o design do edifício remete aos ideais do Iluminismo. (Crédito editorial: Stift Admont)
Projetada por Henri Labrouste em meados do século 19, a biblioteca é herdeira das coleções históricas da abadia de Sainte-Geneviève, cuja origem remonta a 1624. Com fachada neo-renascentista, possui em suas paredes gravuras dos nomes de 810 autores. Seu acervo atualmente contém mais de 2 milhões de livros e documentos históricos. (Crédito editorial: Wikimedia Commons)
Esta biblioteca é o maior tesouro do Palácio Nacional de Mafra, que é um Patrimônio Mundial da Humanidade, construído no início do século 18. Foi desenhada pelo arquiteto João Frederico Ludovice, em estilo rococó, e abriga uma coleção de 30 mil livros com encadernações de couro gravadas a ouro, incluindo uma rara edição de “Os Lusíadas” (1556), de Luís de Camões. (Crédito editorial: Wikimedia Commons)
Inaugurada em 2006 e projetada pelo arquiteto Alberto Kalach, a luminosa biblioteca da capital mexicana presta homenagem à José Vasconcelos, promotor da leitura no país durante o século 20. Com um design que permite ampliar suas estantes para acompanhar o crescimento do acervo, abriga oficialmente mais de 580 mil itens.