Quando se compra um carro novo em alguma concessionária e afins, ele já vem com um preço estipulado pela própria companhia. No entanto, quando o assunto é carros usados, as coisas funcionam de forma um pouco diferente. Normalmente, a base que se usa para determinar o preço da venda desse veículo é a famosa tabela FIPE. Contudo, para que o veículo possa ser vendido de forma bem-sucedida no valor da tabela FIPE, são necessários alguns cuidados — passos importantes —, que serão úteis nesse processo.
Como valorizar seu carro usado na hora de vendê-lo pela tabela FIPE
Uma das maiores dúvidas dos proprietários de veículos está em saber por qual valor vender o modelo. A princípio, plataformas e sites especializados ajudam a sanar essa dúvida em um primeiro momento, porém podem gerar divergências pelo excesso e desencontro de informações.
É inegável que uma forma essencial de começar a definir isso é valer-se da tabela FIPE. No entanto, é importante ressaltar que embora a tabela seja um uma referência, ela possui limitações, pois acaba negligenciando elementos importantes na hora da precificação.
O motivo por trás disso é bastante simples: os valores presentes ali são sugeridos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e busca refletir os preços médios no mercado nacional. Ademais, ela não se trata de uma tabela de caráter oficial e conforme está enunciado em sua própria descrição, os preços elencados podem variar de acordo com a região, o grau de conservação do veículo, quais acessórios ele possui, sua cor, além de uma dezena de outros fatores que podem influenciar. É válido lembrar também que a tabela não leva em consideração a quilometragem. Em termos práticos, o valor da tabela FIPE para dois carros iguais é o mesmo. Entretanto, se um deles possui algo de errado, como problemas de caráter mecânico ou estético, é pouco provável que um potencial comprador fosse preferir adquirir um carro que estivesse em condições piores. Em outras palavras, ele não vai querer pagar o mesmo valor que ele pagaria por um carro que está em melhores condições. Diante disso, a primeira coisa a se fazer é — além de conferir a tabela FIPE—, uma avaliação de como está o mercado para aquele modelo.
Nesse sentido, o coreto é pesquisar o carro em sites de classificados, preferencialmente procurando por aqueles que possuam condições e características similares ao seu, como ano, modelo, versão, cor, quilometragem e região. Além disso, há outros elementos importantes a levar em consideração nessa precificação.
Estado de conservação do veículo
É evidente que o dado que mais desperta a atenção de um comprador é a estética do carro. Esse é um dos elementos que a tabela FIPE não leva em consideração. Boa parte das pessoas que estão atrás de um carro usado gostaria que ele possuísse um aspecto de novo. No entanto, a realidade é um pouco diferente. Ainda que sejam bem pequenas, pouco perceptíveis, as marcas de uso são inevitáveis. Em alguns casos, vale a pena pensar em fazer alguns reparos antes vendê-lo. Todavia, deve-se ter em mente que nem sempre melhorias e consertos valorizarão o veículo na mesma proporção dos gastos que foram feitos.
A desvalorização é de até 24% ao sair da concessionária
Segundo alguns estudos recentes, um carro pode sofrer uma desvalorização de até 24% só pelo fato de sair da concessionária. Desse modo, é fundamental que a apresentação dele seja a melhor possível, que possua um bom grau de conservação, não possua arranhões, amassados e que a pintura esteja perfeita.
Estética do veículo e como valorizá-la
Antes de entregar as chaves do seu veículo, é importante identificar se existem odores, se há marcas de fumo, se há algum furo no banco, se há cor amarelada em alguma parte, enfim, se o carro possui alguma avaria na parte interna ou externa, que deixe a sua estética menos privilegiada. Para valorizar a estética do veículo é imprescindível conservar a pintura em bom estado, efetuar polimento a cada seis meses e deixá-lo periodicamente higienizando.
No entanto, nem só de estética vive o veículo. O motor, assim como toda a parte mecânica — ainda que não estejam tão evidentes para uma grande parcela das pessoas, são fundamentais na precificação. Quando a parte mecânica apresenta algum problema, o carro pode desvalorizar até 9%.
A aceitação e preço dos modelos mudam de acordo com a região
Certos modelos de veículos apresentam uma aceitação melhor em algumas regiões. Em locais como o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por exemplo, as picapes de cabine dupla exibem um valor de venda bem elevado, pois são bastante apreciadas pelo público consumidor dessa região.
Por outro lado, carros como o Gol são particularmente procurados em cidades de pequeno e médio porte do interior do estado de São Paulo, por exemplo. Dessa forma, é crucial que você averigue como é a procura pelo modelo do seu veículo de acordo com a cidade e também o estado no qual você mora.
Agora que você sabe um pouco mais sobre as precauções necessárias para vender seu carro no valor da tabela FIPE ou mesmo acima dela — visto que essa tabela também possui as suas limitações — curta e compartilhe esse post em suas redes sociais!