No Dia Mundial do Livro, celebrado em 23 de abril, a Revista Bula homenageia essa data emblemática com uma lista especial dos 100 melhores livros de todos os tempos, conforme classificados pelo site “The Greatest Books”. A escolha desta data não é aleatória: é uma celebração global do nascimento e morte de William Shakespeare, além de marcar a morte de Miguel de Cervantes, dois pilares da literatura mundial. Essa seleção foi meticulosamente elaborada a partir da análise de 130 listas distintas que destacam as obras mais influentes da literatura.
Para compor este guia definitivo, um algoritmo especial foi empregado para destacar os livros que apareciam com mais frequência nas listas analisadas. O resultado é uma viagem através dos tempos, que vai desde obras ancestrais como “Édipo Rei” (427 a.C.), de Sófocles, até marcos contemporâneos como “Cem Anos de Solidão” (1967), de Gabriel García Márquez, e “Amada” (1987), de Toni Morrison.
Acompanhando os dez primeiros colocados, encontram-se sinopses adaptadas das descrições originais fornecidas pelas editoras, enquanto para os livros classificados entre o 11º e o 100º lugar, uma breve sinopse é incluída para enriquecer o conhecimento dos leitores sobre cada título apresentado.
Publicado entre 1913 e 1927, a obra é composta por sete volumes. Ao longo dos livros, Marcel Proust destrincha minuciosamente sua própria vida, tendo a memória como o fio conector de todos os acontecimentos. Proust foi um romancista, ensaísta e crítico francês oriundo de uma família rica, o que permitiu seu convívio com a alta sociedade da época. Após seus estudos fundamentais, prestou serviço militar em 1889 e decidiu se dedicar às ciências políticas, que influenciaram diretamente sua literatura. Cinco anos antes da publicação do último volume de “Em Busca do Tempo Perdido”, em 1922, Proust morreu devido a uma bronquite, aos 51 anos.
Inspirado na “Odisseia” de Homero, “Ulysses” é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera. Por meio da descrição pormenorizada de um dia na vida de um grupo de pessoas, tendo o limitado ambiente da Dublin de 1904 como enquadramento, James Joyce consegue apresentar um microcosmo de toda a experiência humana. “Ulysses” é considerado um divisor de águas na literatura, um retrato fiel e comovente do que se convencionou chamar de “o homem moderno”.
O livro narra a história do engenhoso fidalgo Dom Quixote e de seu fiel escudeiro Sancho Pança em três incursões pelas terras da Mancha, região de Aragão e da Catalunha, na Espanha. Dom Quixote adora ler histórias de cavalaria e, de tão influenciado por elas, enlouquece e sai em busca de aventuras memoráveis, tentando imitar seus heróis favoritos e levando consigo Sancho Pança, que tem uma visão mais realista dos fatos. O clássico de Miguel de Cervantes é considerado o expoente máximo da literatura espanhola e, em 2002, foi eleito por uma comissão de escritores de 54 países o melhor livro de ficção de todos os tempos.
“O Grande Gatsby” é um livro sobre a Era do Jazz nos EUA, os anos prósperos e loucos que sucederam a Primeira Guerra Mundial. Nick Carraway, um jovem comerciante, se torna amigo de seu vizinho, Jay Gatsby, um bilionário conhecido por dar festas animadas em sua mansão, em Long Island. A fortuna de Gatsby é um mistério, nenhum dos convidados das festas sabe detalhes sobre o passado do anfitrião. Um dia, Nick descobre que Gatsby só realiza esses eventos na esperança de que Daisy, sua antiga paixão, compareça a um deles por acaso. Então, o comerciante arranja um encontro entre seu amigo e Daisy. Mas, agora ela está casada com Tom Buchanan, um homem rico que tem muitas dúvidas sobre a honestidade de Gatsby.
Uma das obras-primas de Gabriel García Márquez, o livro narra a fantástica e triste história da família Buendía, que vive na pequena e fictícia Macondo, ao longo de um período de 100 anos. A trama acompanha as diversas gerações da família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo em que vivem. Os Buendía nascem e morrem, vão embora ou permanecem na aldeia até seus últimos dias. O que todos possuem em comum é a luta contra a realidade e a solidão que sentem, mesmo vivendo em meio a muitos. O livro é considerado a obra que consagrou Gabriel García Márquez como um dos maiores autores do século 20.
A clássica obra de Herman Melville é centrada em Ismael, um marinheiro letrado, que, para fugir de sua vida monótona, decide conhecer a rotina de um navio baleeiro, o Pequod. No entanto, o que ele não sabia é que o capitão da embarcação, Ahab, tinha apenas um objetivo: matar Moby Dick, uma gigante baleia branca que arrancou sua perna no passado. Ismael, então, embarca em uma perigosa aventura em alto-mar para acompanhar o capitão. Mas, a baleia gigante é capaz de destruir o navio e matar todos os marinheiros. Herman Melville (1819-1891), escritor e poeta estadunidense, não obteve popularidade ao longo da vida e morreu sem conhecer o sucesso de “Moby Dick”, que se tornaria um dos mais importantes livros da história da literatura.
Uma das obras mais volumosas da história, “Guerra e Paz” narra a história da Rússia à época de Napoleão Bonaparte. Ao acompanhar o percurso de cinco famílias aristocráticas russas no período de 1805 a 1820, Tolstói narra a marcha das tropas napoleônicas e seu impacto brutal sobre a vida de centenas de personagens. Em meio a cenas de batalha, bailes da alta sociedade e intrigas veladas, destacam-se as figuras memoráveis dos irmãos Nikolai e Natacha Rostóv, do príncipe Andrei Bolkónski e de Pierre Bezúkhov, filho ilegítimo de um conde, cuja busca espiritual serve como espécie de fio condutor e o torna uma das mais complexas personalidades da literatura do século 19.
“Lolita” é um dos mais importantes romances do século 20. Polêmico e irônico, ele narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, de 12 anos. Humbert se casa com a mãe de Lolita e, após a morte da esposa, começa a se relacionar com a garota. Para evitar que Lolita fuja, ele alega que ela será enviada para um orfanato se o deixar. Humbert também manipula a garota com dinheiro e presentes, em troca de favores sexuais. Nabokov compôs a maior parte do manuscrito — que ele mesmo chamou de “bomba-relógio” — entre 1950 e 1953. Nos dois anos seguintes, ouviu recusas de várias editoras. O livro foi publicado apenas em 1955.
O Rei Hamlet de Dinamarca acaba de morrer, deixando seu filho, o Príncipe Hamlet, e a viúva Rainha Gertrudes. O irmão do Rei, Cláudio, logo se casa com Gertrudes, assumindo o trono. Certa noite, um fantasma aparece ao príncipe, alegando ser seu pai, e revela que foi morto por Cláudio, que o envenenou. O Príncipe Hamlet passa dias perturbado e recluso, sem saber se deve acreditar no espírito, até que descobre como saber a verdade. Ele monta uma peça de teatro encenando a morte do pai e convida toda a corte para assistir ao espetáculo. Ao ver a reação de Cláudio, que se levanta cambaleante após a cena do assassinato, Hamlet se convence de que o tio é culpado e decide se vingar.
O livro acompanha um fim de semana da vida de Holden Caulfield, um jovem de 17 anos, estudante de um respeitado internato para rapazes, o Colégio Pencey. Ele é expulso da escola depois de tirar notas ruins, e precisa voltar mais cedo para casa no inverno. Durante o caminho de volta, o rapaz busca adiar ao máximo o encontro com os pais, fazendo uma viagem reflexiva sobre sua existência, a partir de sua peculiar visão de mundo. Antes de enfrentar os pais, ele se encontra com algumas pessoas importantes na sua vida e, junto a elas, reflete sobre as hesitações que se passam em sua mente. Desde seu lançamento, estima-se que o livro tenha vendido mais de 65 milhões de cópias.
11 — Odisseia, de Homero
Esta é a saga épica de Ulisses (Odysseus), o rei de Ítaca, que embarca em uma jornada de dez anos para retornar à sua casa após a Guerra de Troia. Ao longo do caminho, ele enfrenta monstros míticos, deuses irritados e a sedução de belas ninfas, enquanto sua esposa, Penélope, aguarda seu retorno e luta contra pretendentes oportunistas.
12 — Os Irmãos Karamazov (1880), de Fiódor Dostoiévski
Neste retrato de uma família disfuncional na Rússia do século 19, os quatro irmãos Karamazov lutam contra questões de fé, razão, livre arbítrio e moralidade, culminando em um crime que abala suas vidas.
13 — Crime e Castigo (1866), de Fiódor Dostoiévski
Raskolnikov, um estudante de direito empobrecido, crê estar acima das normas sociais e assassina uma agiota cruel. O livro mergulha em sua luta moral e psicológica após o crime.
14 — Madame Bovary (1856), de Gustave Flaubert
Emma Bovary, insatisfeita com a vida no campo e o marido sem graça, procura escapar de sua vida mundana através de casos amorosos e luxúria por riquezas, levando-a a uma espiral de dívida e desespero.
15 — Divina Comédia (1472), de Dante Alighieri
A obra é uma alegoria da jornada da alma humana através do Inferno (Inferno), do Purgatório (Purgatório) e do Paraíso (Paradiso), guiada primeiramente pelo poeta romano Virgílio e depois por Beatrice, o amor de Dante.
16 — As Aventuras de Huckleberry Finn (1884), de Mark Twain
Huck, um garoto rebelde, e Jim, um escravo fugitivo, navegam pelo Rio Mississippi em uma jangada, encontrando uma série de personagens coloridos e vivenciando inúmeras aventuras na América pré-Guerra Civil.
17 — Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll
Este é um conto fantástico e surreal sobre a jovem Alice, que cai numa toca de coelho e se vê em um mundo misterioso e ilógico, onde ela encontra personagens excêntricos e vivencia aventuras absurdas.
18 — Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen
Este romance explora as questões de classe, casamento e moralidade na Inglaterra do século 19 através da história de Elizabeth Bennet, que, apesar de seus preconceitos, se vê atraída pelo distante e orgulhoso Sr. Darcy.
19 — O Morro dos Ventos Uivantes (1847), Emily Brontë
Um conto intenso e sombrio de paixão, obsessão e vingança ambientado nas charnecas inglesas, que se desdobra através do relacionamento tumultuado de Heathcliff e Catherine Earnshaw.
20 — Ao Farol (1927), Virginia Woolf
Este romance experimental explora a complexidade das relações humanas e a passagem do tempo através dos olhos da família Ramsay em suas visitas a um farol na Escócia.
21 — Ardil-22 (1961), de Joseph Heller
A história gira em torno do capitão John Yossarian, um bombardeiro da Segunda Guerra Mundial, e seus tentativas desesperadas de manter a sanidade enquanto lida com a absurda burocracia militar.
22 — O Som e a Fúria (1929), William Faulkner
Este romance é uma exploração arrebatadora da decadência da família Compson, uma família da aristocracia sulista dos EUA, contada através de diferentes perspectivas e com uma estrutura narrativa inovadora.
23 — 1984 (1949), de George Orwell
Em um mundo distópico onde o Grande Irmão está sempre vigiando, o funcionário do partido Winston Smith luta contra a lavagem cerebral do Partido e sonha com a rebelião.
24 — Anna Karenina (1877), Liev Tolstói
Uma das maiores histórias de amor da literatura, segue a trajetória de Anna, uma mulher casada da alta sociedade russa, que desafia as convenções sociais para viver sua paixão pelo conde Vronsky.
25 — Ilíada (século 8 a.C.), de Homero
Este poema épico da Grécia Antiga retrata as consequências da ira do herói Aquiles durante a Guerra de Troia, com destaque para o duelo mortal entre Aquiles e Heitor.
26 — O Coração das Trevas (1899), de Joseph Conrad
Um capitão de barco viaja pelo Rio Congo em busca de Kurtz, um comerciante de marfim misterioso. A jornada se transforma em uma exploração aterradora da ganância humana e da natureza selvagem.
27 — As Vinhas da Ira (1939), de John Steinbeck
Uma família de fazendeiros de Oklahoma, os Joads, enfrenta adversidades em sua jornada à Califórnia em busca de uma vida melhor durante a Grande Depressão e a Dust Bowl.
28 — Homem Invisível (1952), de Ralph Ellison
A história de um homem negro anônimo que vive em uma sociedade que se recusa a vê-lo, explorando questões de identidade racial e individualidade.
29 — O Sol é Para Todos (1960), de Harper Lee
Através dos olhos da jovem Scout Finch, o romance explora as tensões raciais em uma pequena cidade do sul dos EUA quando seu pai, o advogado Atticus Finch, defende um homem negro acusado injustamente de estupro.
30 — Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana (1871-1872), de George Eliot
Uma representação rica e complexa da vida em uma cidade de província inglesa durante o início do século 19, com várias tramas entrelaçadas que exploram amor, casamento, política e mudança social.
31 — Grandes Esperanças (1861), Charles Dickens
A história de Pip, um órfão que sobe na escala social da Inglaterra vitoriana graças à ajuda de um benfeitor anônimo, explorando temas como ambição, amor e arrependimento.
32 — As Viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift
Este é um conto satírico de Lemuel Gulliver, um cirurgião e capitão de navios que acaba em terras estranhas, como Lilliput (onde todos são minúsculos) e Brobdingnag (onde todos são gigantes), revelando as falhas e fraquezas da humanidade.
33 — Absalão, Absalão! (1936), de William Faulkner
Este romance traça a ascensão e queda de Thomas Sutpen, um homem obcecado por criar uma dinastia familiar no sul dos Estados Unidos pré-Guerra Civil.
34 — Amada (1987), de Toni Morrison
Em uma casa assombrada pelo passado, a ex-escrava Sethe é visitada pelo espírito de sua filha, em uma história visceral sobre os horrores da escravidão e a luta pela liberdade.
35 — O Estrangeiro (1942), de Albert Camus
O protagonista Meursault, um homem emocionalmente indiferente, mata um árabe em uma praia argelina e é julgado. O romance é uma exploração profunda do absurdo e da alienação existencial.
36 — Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë
A história da órfã Jane, que se torna governanta e se apaixona por seu patrão, o sombrio e enigmático Sr. Rochester, é um romance gótico que explora temas como moralidade, classe social e feminismo.
37 — As Mil e Uma Noites (século IX — século XVI), Contos da Índia, Irã, Iraque e Egito
Uma coleção de contos do Oriente Médio e da Ásia do Sul que são contados por Shahrazad para entreter o rei e evitar ser executada.
38 — O Processo (1925), de Franz Kafka
Josef K. é preso em seu aniversário sem explicação e tem que navegar pelo labirinto absurdo e burocrático do sistema judicial.
39 — O Vermelho e o Negro (1830), de Stendhal
Julien Sorel, filho de um carpinteiro, usa a sedução como meio de ascensão na sociedade francesa pós-napoleônica, em um retrato agudo das tensões sociais e políticas da época.
40 — Mrs Dalloway (1925), de Virginia Woolf
A história segue um dia na vida de Clarissa Dalloway, uma mulher da alta sociedade londrina, enquanto ela se prepara para uma festa, entrelaçada com a história de Septimus Warren Smith, um veterano da Primeira Guerra Mundial lutando contra a doença mental.
41 — Contos de Anton Chekhov (1880-1890s), de Anton Tchekhov
Uma coletânea de contos que exploram a vida, o amor, a morte, e a condição humana através de personagens ricos e variados, muitas vezes capturados em momentos de profunda introspecção e revelação.
42 — O Sol Também se Levanta (1926), de Ernest Hemingway
Um grupo de expatriados americanos e britânicos viaja da Paris dos anos 1920 para as festas de touros na Espanha, onde suas relações complexas e paixões ocultas se desdobram.
43 — David Copperfield (1850), de Charles Dickens
Contando a história de uma vida desde o nascimento à maturidade, este romance é uma rica tapeçaria de personagens e experiências, inspirada na própria vida de Dickens.
44 — Retrato do Artista Quando Jovem (1916), de James Joyce
Este romance semiautobiográfico conta a história do crescimento e da formação de Stephen Dedalus, que busca sua identidade como artista.
45 — Os Filhos da Meia-Noite (1981), Salman Rushdie
Este épico mágico e realista segue a vida de Saleem Sinai, nascido à meia-noite exatamente quando a Índia alcançou a independência, e cujo destino é misteriosamente ligado ao do seu país.
46 — Ficções (1944), de Jorge Luis Borges
Uma coletânea de contos que explora temas de infinito, paradoxos e realidades imbricadas através de narrativas repletas de referências literárias e filosóficas.
47 — A Vida e as Opiniões de Tristram Shandy (1759), de Laurence Sterne
Este é um dos primeiros romances em inglês, um relato meandroso e frequentemente interrompido da vida do narrador, repleto de histórias dentro de histórias e divagações filosóficas.
48 — Folhas de Relva (1855), Walt Whitman
Esta coleção de poesia é uma celebração da natureza, do amor e da humanidade, marcada pelo uso inovador de versos livres de Whitman.
49 — Eneida (19 a.C.), de Virgílio
O épico latino que conta a história de Eneias, um herói troiano que viaja para a Itália e se torna o antepassado dos romanos.
50 — Cândido, ou O Otimismo (1759), de Voltaire
Através das desventuras do ingênuo Cândido, Voltaire satiriza a filosofia do otimismo e critica as instituições sociais e religiosas de sua época.
51 — O Senhor dos Anéis (1954), de J. R. R.Tolkien
Em um mundo chamado Terra-Média, Frodo Bolseiro é encarregado de destruir um anel de poder indescritível para evitar a conquista do maléfico Sauron. Uma obra de fantasia épica que explora temas de amizade, coragem e o custo do poder.
52 — Os Miseráveis (1862), de Victor Hugo
Através das histórias interligadas de personagens como Jean Valjean, Cosette, e Javert, Hugo pinta um retrato vívido da injustiça social na França do século 19.
53 — A Montanha Mágica (1924), de Thomas Mann
Ambientado em um sanatório na Suíça, o romance é uma reflexão profunda sobre o tempo, a doença, a morte e a cultura europeia antes da Primeira Guerra Mundial.
54 — Uma Passagem Para a Índia (1924), de Edward Morgan Foster
Este romance explora as tensões raciais e culturais do colonialismo britânico na Índia através da história de uma mulher britânica que acredita ter sido assediada por um médico indiano.
55 — O Velho e o Mar (1952), de Ernest Hemingway
Nesta história concisa, um velho pescador em Cuba luta contra um marlim gigante em uma batalha de força e vontade.
56 — O Mundo se Despedaça (1958), de Chinua Achebe
A vida de Okonkwo, um líder respeitado em uma aldeia Igbo na Nigéria, é profundamente perturbada pela chegada dos colonizadores europeus.
57 — Por Quem os Sinos Dobram (1940), de Ernest Hemingway
Durante a Guerra Civil Espanhola, um jovem americano chamado Robert Jordan se junta à resistência e experimenta o amor e a tragédia.
58 — As Histórias Completas de Franz Kafka (1971), de Franz Kafka
Esta coleção abrange os contos de Kafka, cuja obra explora temas como a alienação, a culpa e a absurdidade.
59 — Retrato de Uma Senhora (1881), de Henry James
Isabel Archer, uma jovem americana cheia de esperança e determinação, navega pelos perigos da sociedade europeia e luta por sua independência.
60 — Fogo Pálido (1962), de Vladimir Nabokov
Esta é uma obra complexa composta por um poema de 999 linhas de um autor fictício e um longo comentário de um colega que pode ou não ser confiável.
61 — O Idiota (1869), de Fiódor Dostoiévski
A história de um homem puro e ingênuo, o Príncipe Míchkin, cuja bondade inabalável é mal interpretada e manipulada pela sociedade corrupta que o rodeia.
62 — Enquanto Agonizo (1930), de William Faulkner
Esta narrativa inovadora e multifacetada conta a história de uma família disfuncional no sul dos EUA em sua jornada para enterrar sua matriarca.
63 — Édipo Rei (427 a.C.), de Sófocles
Neste trágico drama grego, o rei Édipo descobre, para seu horror, que involuntariamente matou seu pai e casou-se com sua mãe.
64 — A Cor Púrpura (1982), Alice Walker
Contado por meio de cartas, este romance descreve as dificuldades e o eventual empoderamento de Celie, uma mulher negra no sul dos EUA na década de 1930.
65 — E O Vento Levou (1936), de Margaret Mitchell
Este romance histórico narra a vida de Scarlett O’Hara, uma jovem determinada do sul dos EUA, durante e após a Guerra Civil Americana.
66 — O Senhor das Moscas (1954), de William Golding
Quando um grupo de garotos britânicos é abandonado em uma ilha deserta, suas tentativas de autogoverno descambam para a selvageria.
67 — Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley
Em um futuro distópico, a sociedade é estritamente estratificada e controlada, todos os aspectos da vida são regulados — e a desobediência tem um custo terrível.
68 — Os Melhores Contos e Poemas de Edgar Allan Poe (1849), de Edgar Allan Poe
Uma coleção do mestre do macabro, contendo histórias e poesias que exploram o terror, a morte e a loucura.
69 — Emma (1815), de Jane Austen
Emma Woodhouse, inteligente, bonita e privilegiada, envolve-se na vida amorosa dos outros com resultados imprevistos.
70 — A Época da Inocência (1920), Edith Wharton
Na alta sociedade de Nova York no final do século 19, um jovem advogado fica dividido entre a mulher que deve casar e a prima dela, com quem se apaixona.
71 — Almas Mortas (1842), de Nikolai Gogol
Neste retrato satírico da Rússia czarista, um vigarista viaja pelo país comprando servos mortos — ainda oficialmente vivos nos registros — para realizar um esquema fraudulento.
72 — On The Road: Pé na Estrada (1957), de Jack Kerouac
Esta obra seminal da geração beat narra viagens improvisadas através dos Estados Unidos, cheias de jazz, poesia e drogas.
73 — O Bom Soldado (1915), de Ford Madox Ford
Contando a história de dois casais aparentemente perfeitos, Ford explora a decepção e o adultério nesta trágica história de amor.
74 — A Revolução dos Bichos (1945), de George Orwell
Nesta fábula satírica, os animais de uma fazenda se revoltam contra seu dono humano, apenas para cair sob a tirania de seus próprios líderes corruptos.
75 — Os Contos da Cantuária (1932), de Geoffrey Chaucer
Um grupo diversificado de peregrinos conta histórias para se entreter durante uma viagem a Canterbury, proporcionando um retrato vívido da Inglaterra medieval.
76 — A Metamorfose (1915), de Franz Kafka
A história aterrorizante de Gregor Samsa, que acorda um dia para descobrir que se transformou em um inseto gigante, é uma das mais memoráveis e influentes da literatura moderna.
77 — Frankenstein (1823), de Mary Shelley
O cientista Victor Frankenstein cria vida — mas o monstro que ele cria, rejeitado por todos, incluindo seu criador, busca vingança.
78 — Feira das Vaidades (1847), de William Makepeace Thackeray
Em meio à futilidade e hipocrisia da alta sociedade inglesa, a ambiciosa Becky Sharp luta para subir na vida.
79 — À Sombra do Vulcão (1947), de Malcolm Lowry
Na véspera do Dia dos Mortos, o ex-cônsul britânico Geoffrey Firmin passa o último dia de sua vida em um borrão alcoólico no México.
80 — A Terra Inútil (1922), de T. S. Eliot
Esta obra-prima do modernismo é um poema épico que retrata uma sociedade desiludida e fragmentada após a Primeira Guerra Mundial.
81 — Adeus às Armas (1929), de Ernest Hemingway
A história de um amor proibido entre um soldado americano e uma enfermeira britânica durante a Primeira Guerra Mundial, uma trágica reflexão sobre a guerra e seus custos pessoais.
82 — Journey to the End of the Night (1932), de Louis-Ferdinand Céline
Em uma narrativa cínica e sombria, Céline descreve as desventuras de Ferdinand Bardamu durante a Primeira Guerra Mundial, o colonialismo na África e a vida moderna em Paris.
83 — O Castelo (1926), de Franz Kafka
Em um ambiente absurdamente burocrático e opressivo, K. luta para ganhar acesso ao misterioso castelo que governa a aldeia onde vive.
84 — A Educação Sentimental (1869), de Gustave Flaubert
Acompanhando a vida e as ambições frustradas de Frédéric Moreau na Paris do século 19, Flaubert retrata um jovem apaixonado por uma mulher inatingível.
85 — A Letra Escarlate (1850), de Nathaniel Hawthorne
Hester Prynne, uma mulher que concebeu uma filha através de um caso amoroso, luta contra a hipocrisia e a condenação social em uma comunidade puritana na América colonial.
86 — Matadouro 5 (1969), de Kurt Vonnegut
Esta história anti-guerra segue Billy Pilgrim, um soldado americano que vivencia e revive sua vida fora de ordem após ser abduzido por alienígenas.
87 — O Conto da Aia (1985), de Margaret Atwood
Em uma sociedade distópica onde a infertilidade é comum, as mulheres férteis são reduzidas a aias, forçadas a conceber filhos para a elite governante.
88 — A Menina e o Porquinho (1952), de Elwyn Brooks White
Esta história comovente segue uma jovem porquinha chamada Wilbur e sua amizade com uma aranha inteligente chamada Charlotte.
89 — Native Son (1940), Richard Wright
Bigger Thomas, um jovem negro que vive na pobreza em Chicago, tem sua vida virada de cabeça para baixo quando mata acidentalmente uma mulher branca.
90 — Paraíso Perdido (1667), de John Milton
Este épico poético narra a rebelião de Satanás contra Deus, a consequente queda do homem e a promessa de redenção.
91 — Gargântua e Pantagruel (1532), de François Rabelais
Nesta obra exuberante e grotesca, acompanhamos as peripécias dos gigantes Gargântua e seu filho Pantagruel, cujas vidas são repletas de humor, sátira e comentários sociais.
92 — Fausto (1829), de Johann Wolfgang von Goethe
A história de um homem que vende sua alma ao diabo em busca de conhecimento e prazer ilimitados, é um dos principais textos da literatura alemã.
93 — Rebecca (1938), de Daphne du Maurier
A segunda esposa de Maxim de Winter se muda para a imponente Manderley, onde a memória da primeira esposa, Rebecca, paira como uma presença opressiva.
94 — Os Demônios (1871), de Fiódor Dostoiévski
Em uma pequena cidade russa, um grupo de revolucionários se prepara para derrubar o governo, em uma obra que examina o caos político e moral da Rússia do século 19.
95 — As Flores do Mal (1857), de Charles Baudelaire
Esta coletânea de poemas explora temas de decadência, erotismo e morte, provocando grande escândalo em seu lançamento, mas desde então é considerada uma obra-prima da poesia moderna.
96 — Antígona (442 a.C.), de Sófocles
Neste drama antigo, Antígona desafia a proibição do rei Creonte de enterrar seu irmão morto, colocando a lealdade familiar acima da obediência ao Estado.
97 — Tess Dos D’Urbervilles (1981), de Thomas Hardy
Tess, uma jovem de origem humilde, tem sua vida marcada por tragédia e sofrimento quando a aristocracia rural da Inglaterra vitoriana descobre suas origens nobres.
98 — Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe
Crusoe, o único sobrevivente de um naufrágio, passa 28 anos em uma ilha deserta, enfrentando canibais, cativos e motins em uma das primeiras grandes obras do realismo.
99 — Seus Olhos Viam Deus (1937), de Zora Neale Hurston
A história de Janie Crawford, uma mulher afro-americana na Flórida de 1930, que enfrenta racismo e sexismo enquanto busca independência e amor.
100 — Tom Jones (1749), de Henry Fielding
Acompanhamos as peripécias do encontrão Tom Jones, desde sua infância até a idade adulta, em uma comédia que satiriza a hipocrisia e a artificialidade da sociedade inglesa do século 18.