Em seu catálogo, a Netflix possui muitos documentários clássicos. Mas, para os que procuram novidades, a Bula reuniu em uma lista dez títulos recentes e aclamados, lançados nos últimos dois anos. Entre eles, destacam-se “Crip Camp: Revolução pela Inclusão” (2020), de James Lebrecht e Nicole Newnham, vencedor do Prêmio Público no Festival de Sundance; “Indústria Americana” (2019), de Julia Reichert e Steven Bognar, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2020; e “Democracia em Vertigem” (2019), dirigido por Petra Costa, única produção brasileira a concorrer no último Oscar. Os títulos estão organizados por data de lançamento e ordem alfabética.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
No início da década de 1970, os adolescentes com deficiência enfrentavam um futuro moldado pelo isolamento e discriminação. Nesse contexto, o acampamento Jened, em Catskills, iniciou uma revolução. Jened era um lugar utópico, que recebia esses jovens com esportes de verão e atividades lúdicas. No local, se formaram os primeiros ativistas que mudaram para sempre a legislação de acessibilidade para todos.
O documentário aborda a trajetória de Juan Manuel Fangio, um automobilista argentino que dominou a Fórmula 1 com cinco títulos mundiais na década de 1950, época na qual os equipamentos de segurança não eram utilizados ainda. Por meio de imagens de arquivo e do acervo de carros do piloto, a obra analisa o que levava Fangio a arriscar sua vida nas corridas.
O documentário traz uma visão intimista sobre a vida e carreira da cantora e atriz Taylor Swift, uma das mais populares da atualidade. Enquanto mostra o processo de criação de seu sétimo álbum, “Lover”, Taylor fala de momentos difíceis de sua vida, como sua batalha contra distúrbios alimentares, o diagnóstico de câncer de sua mãe, os problemas com o cantor Kanye West e sua recente decisão de se manifestar politicamente.
Em parceria com o médico Dráuzio Varella, André Canto apresenta a trajetória histórica do vírus HIV e da AIDS no imaginário brasileiro, desde a epidemia que tomou o mundo e fez milhares de vítimas nas décadas de 1980 e 90, até os dias atuais. Por meio de entrevistas com médicos, pessoas que vivem com o vírus e outras personalidades, o cineasta propõe uma nova reflexão sobre os tratamentos e estigmas da AIDS.
Neste documentário brasileiro, a cineasta Petra Costa parte de seu envolvimento pessoal com a política para relatar o processo de impeachment da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, acontecimento que impulsionou a polarização política no país e a ascensão da direita ao poder. O filme possui imagens internas e exclusivas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e do Palácio da Alvorada.
Em 2016, o empresário Billy Mcfarland contratou celebridades para divulgarem nas redes sociais sua nova empreitada: o Fyre, um festival no Caribe que prometia ser inesquecível. Os ingressos, que custavam entre 400 e 12 mil dólares, foram vendidos em poucos dias e davam direito a acomodações luxuosas, apresentações musicais e refeições elaboradas por chefs. Mas, ao chegarem no local, as pessoas perceberam que tudo não passava de uma fraude.
Com a crise econômica de 2008, a fábrica da General Motors, numa pequena cidade de Ohio, declara falência e deixa milhares de trabalhadores desempregados. Em 2014, um chinês aproveita o terreno abandonado para abrir uma montadora de vidros automotivos, gerando cerca de 2 mil novos empregos. A economia local melhora, mas os funcionários sofrem para se adequar aos padrões chineses. A obra ganhou o Oscar 2020 de Melhor Documentário.
O documentário aborda a história do Festival de Águas Claras, que teve a primeira edição realizada em 1975, em Iacanga, interior de São Paulo. Em meio a ditadura militar, o evento chamou atenção por conseguir reunir um público enorme e grandes nomes da MPB em uma pequena cidade, ficando conhecido como “Woodstock Brasileiro”. Para relembrar esse símbolo da contracultura no país, Thiago Mattar reúne imagens históricas e entrevistas inéditas.
Com base nos escândalos protagonizados pelo Facebook em 2018, quando descobriu-se que a empresa havia repassado dados de 87 milhões de usuários sem permissão, o documentário discute como informações pessoais estão sendo usadas para criar guerras culturais e políticas em todo o mundo. O assunto é abordado por vários especialistas, incluindo Brittany Kaiser, ex-diretora de negócios da Cambridge Analytica, empresa envolvida no caso Facebook.
Aos 80 anos, José Mujica, ex-presidente do Uruguai, guerrilheiro urbano e prisioneiro político, é hoje um líder ecológico global. Ele pode ser o último revolucionário do mundo e escolheu o diretor sérvio Emir Kusturica para contar sua jornada de vida. Juntos, eles estabelecem um diálogo íntimo sobre amor, militância, sustentabilidade e empatia.