As taxas de divórcio estão crescendo em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, um terço das uniões não persistem. Segundo os especialistas, o segredo para a felicidade de um casamento é sempre o diálogo sincero, mas muitos casais atingem um nível de estresse no qual já não há mais a possibilidade de conversa. Nesse caso, o ideal seria buscar a ajuda de um psicólogo.
Mas, uma boa parte dos casais ainda tem resistência à terapia, seja pela vergonha, falta de dinheiro ou de tempo. Procurando outras maneiras de evitar um divórcio, pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, fizeram um experimento com 174 casais, que foram divididos em três grupos.
Os dois primeiros grupos participaram de sessões de terapia e aprenderam alguns exercícios que podem salvar o relacionamento, como a escuta ativa, que consiste em ouvir atentamente o que o parceiro diz antes de pensar em uma resposta; e a manifestação de carinho e empatia. O terceiro grupo se dedicou a uma atividade gratuita e divertida: assistir filmes de romance e comentar as cenas.
Inicialmente, o terceiro grupo participou de uma palestra, que explicava como reconhecer os próprios defeitos observando outros casais nos filmes. Após esse momento, eles viram o filme “Um Caminho para Dois” (1967) e analisaram o comportamento dos protagonistas. Por fim, os casais receberam uma lista com 47 filmes românticos para assistirem em casa.
Para a surpresa dos pesquisadores, todas as atividades propostas levaram à diminuição dos números de divórcio. No início da experiência, 24% dos casais pensavam em separação, mas a taxa caiu para 11%. Ou seja, as sessões de filmes românticos tiveram o mesmo efeito que os exercícios terapêuticos.
Segundo os cientistas, esse método pode funcionar para todos, independentemente do tempo de casamento. “Achamos que o tratamento com filmes ajudaria, mas não tanto quanto os outros. Isso nos mostra que os cônjuges sabem o que estão fazendo de certo e errado em seus relacionamentos, mas os filmes podem incentivá-los a melhorar”, disse o dr. Ronald Rogge, principal autor do estudo.