Filmes como “O Menino do Pijama Listrado” (2008) e “À Espera de um Milagre” (1999) estão na lista dos que mais fazem as pessoas chorar. Alguns consideram uma fraqueza se emocionar com essas histórias tocantes, mas um estudo realizado pelo neuroeconomista Paul J. Zak, da Universidade de Claremont, nos Estados Unidos, provou o contrário: aqueles que choram durante os filmes são emocionalmente mais fortes.
Segundo as constatações da pesquisa, as pessoas que não escondem suas emoções ao assistirem filmes são mais empáticas, sabem lidar melhor com seus sentimentos e enfrentam com mais coragem os desafios da vida. Para Paul J. Zak, o responsável é um hormônio chamado oxitocina. Liberado durante o choro, ele faz com as pessoas se conectem com a história dos personagens, tornando-as mais compreensivas e caridosas.
Paul e seus orientandos apresentaram aos voluntários da pesquisa um vídeo de um hospital infantil. À metade do grupo, Paul exibiu a parte em que um pai fala sobre o câncer terminal de seu filho de quatro anos, enquanto os outros voluntários assistiram ao pai e a criança passarem um dia no zoológico. Aqueles que viram a parte mais emocional tiveram um aumento de 47% na oxitocina medida no sangue.
Depois, todos os participantes tiveram que fazer escolhas que envolviam doar dinheiro e ajudar outras pessoas. Por fim, aqueles que assistiram ao vídeo mais tocante foram muito mais caridosos. “Eles nem podiam ver a quem estavam ajudando, não precisaram de um agradecimento ou de um sorriso em troca. A empatia os tornava generosos de qualquer jeito”, disse Paul J. Zak.
De acordo com o neuroeconomista, o aumento da empatia também dá aos indivíduos uma perspectiva mais abrangente do mundo, fazendo com que sejam mais corajosos. Além disso, as pessoas que choram durante os filmes sabem que é necessário lidar com os próprios sentimentos e, por esse motivo, são emocionalmente mais estáveis.