O chocolate é um dos alimentos mais apreciados em todo mundo, mas o seu consumo é geralmente associado a doenças, obesidade, aparecimento de acnes e outros fatores indesejáveis. Mas, na contramão do senso comum, vários pesquisadores ao redor do mundo têm provado que o consumo frequente de chocolate (principalmente o amargo) traz muitos benefícios para a saúde. Os estudos mostram que esse alimento é capaz de melhorar a circulação sanguínea, proteger a pele contra raios solares, reduzir o risco de depressão e auxiliar no emagrecimento. A partir da pesquisa de artigos e conteúdos divulgados por cientistas, a Revista Bula reuniu dez motivos pelos quais você deve comer chocolate amargo todos os dias.
Um estudo de 2014 descobriu que o chocolate amargo ajuda a restaurar a flexibilidade das artérias, ao mesmo tempo em que impede que os glóbulos brancos grudem nas paredes dos vasos sanguíneos, prevenindo o entupimento das artérias. Para chegar a essa descoberta, os cientistas analisaram 44 homens de meia-idade acima do peso durante oito semanas, enquanto eles consumiam 70 gramas de chocolate por dia.
Em 2012, um estudo realizado por pesquisadores suecos mostrou que homens que consomem mais chocolate têm 17% menos chances de sofrer um acidente vascular cerebral do que aqueles que não comem chocolate. Foram analisados os hábitos alimentares de mais de 30 mil homens. Segundo Susanna Larsson, que conduziu a pesquisa, os efeitos benéficos do chocolate advêm dos compostos bioativos chamados flavonoides.
O chocolate amargo é uma das melhores fontes de antioxidantes que existe. Estudos mostram que uma barra de 100 gramas de chocolate amargo 70% contém, de acordo com as quantidades de ingestão diária recomendadas: 11 gramas de fibra; 67% de ferro, 58% de magnésio, 89% de cobre e 98% de manganês. Além disso, o chocolate também possui potássio, fósforo, zinco e selênio.
Um estudo científico mostrou que o consumo de chocolate amargo reduz significativamente o colesterol LDL oxidado, capaz de danificar o revestimento das artérias do coração. Também aumenta o HDL, chamado de colesterol “bom”, e reduziu o LDL total naqueles com os índices acima da média. Tudo isso porque o chocolate contém em abundância uma série de antioxidantes poderosos.
Os compostos bioativos do chocolate amargo podem ser ótimos para a pele. Pesquisadores descobriram que os flavonoides presentes no cacau diminuem os danos causados pelos raios ultravioletas, melhoram o fluxo sanguíneo dos tecidos cutâneos e subcutâneos; e aumentam a hidratação da pele. De qualquer forma, o uso de protetor solar continua sendo obrigatório.
De acordo com o neurocientista Will Clower, comer um pequeno quadrado de chocolate antes do almoço ou jantar desencadeia os hormônios da saciedade, diminuindo a quantidade de comida necessária na próxima refeição. Além disso, o chocolate amargo contém gorduras saudáveis, que ajudam a evitar o temido pico de insulina, famoso por levar o açúcar direto para as células que armazenam gordura.
Pesquisadores da Universidade de Hensilque, na Finlândia, pediram que 300 mulheres grávidas classificassem seus níveis de estresse e consumo de chocolate. Seis meses após o nascimento dos bebês, os estudiosos constataram que os filhos das mulheres que comeram chocolate diariamente durante a gravidez eram mais ativos, tranquilos e sorriam mais; quando comparados aos bebês das mães que não consumiram o produto.
Pode parecer estranho, mas pesquisadores italianos provaram que o chocolate amargo melhora a sensibilidade e resistência à insulina, prevenindo o aparecimento da diabetes. O estudo contou com 15 participantes saudáveis, que comeram 100g de chocolate amargo todos os dias, durante duas semanas. No final, testes foram realizados para calcular resistência e a sensibilidade à insulina de cada participante.
A neuropsicóloga Diane Roberts Stoler diz que há mais de 20 anos indica o consumo de chocolate amargo para seus pacientes que passaram por uma lesão cerebral, como concussão ou derrame. Isso porque os flavonoides, presentes no cacau, possuem propriedades anti-inflamatórias, que ajudam na recuperação das lesões. Segundo Diane, o chocolate também reduz a perda de memória, principalmente em idosos.
O chocolate amargo contém feniletilamina (PEA), conhecido como “hormônio da paixão”. A PEA encoraja o cérebro a liberar endorfinas de bem-estar. De acordo com um estudo realizado em Londres, essa propriedade do chocolate pode ajudar a diminuir o risco de depressão. A pesquisa analisou 13 mil adultos e constatou que aqueles que relataram comer chocolate amargo frequentemente tinham 70% menos chance de desenvolver a doença.
