Algumas expressões de afeto são comuns em muitas línguas, como “querido(a)”, “meu amor” e “anjo”. Mas, para alguns apelidos carinhosos pode ser difícil encontrar uma tradução adequada. Na França, por exemplo, se você chamar alguém de “honey” (mel), algo normal dos Estados Unidos, a pessoa pode achar que está sendo chamada de grudenta ou sentimental. Mas, se você disser “petit chou” (repolhinho), será uma grande demonstração de carinho. A verdade é que, independente da cultura, os casais apaixonados são criativos e adoram inventar expressões inusitadas. A Revista Bula reuniu em uma lista dez apelidos românticos estranhos que são usados ao redor do mundo.
Na frança, os namorados se referem um ao outro como “petit chou” (repolhinho). A palavra “chou” dá a ideia de algo pequeno e redondo, além de descrever uma massa usada em clássicos da confeitaria francesa, como os profiteroles. Por isso, quando os franceses chamam alguém de “repolhinho”, estão querendo dizer o mesmo que “fofo” ou “doce”.
Aqui no Brasil, chamar alguém de “rato” pode ser uma ofensa. Mas, para os alemães, é um apelido carinhoso. Eles usam a palavra “maus” para se referir à pessoa amada. Na verdade, eles pensam em camundongos fofinhos, pequenos, de estimação. Embora pareça desagradável, para os alemães é uma ótima forma de demonstrar amor.
No Japão, as mulheres são chamadas frequentemente de “tamago gata no kao”, o que significa ovo com olhos. Ainda que pareça estranho, é um grande elogio, pois ter um rosto oval é considerado algo muito atraente na cultura japonesa. No país, é comum as mulheres usarem adesivos para afinar as bochechas e deixarem o rosto mais oval.
Assim como os brasileiros falam “docinho” e os norte-americanos usam ‘honey” (mel) como apelido carinhoso, os espanhóis se referem à pessoa amada como “terrón de azúcar”, referindo-se aos cubos de açúcar usados para adoçar chá ou café. Aparentemente, esse é um apelido bem piegas, que deve ser usado com moderação.
“Ma puce” (minha pulga), em francês, significa o mesmo que “queridinho(a)” ou “amorzinho”. Uma teoria sugere que a expressão está ligada à relação histórica entre humanos e pulgas, já que, em tempos passados, remover pulgas do outro era considerado um ato de cuidado e carinho compartilhado entre pessoas íntimas.
Na poesia árabe, há muitas comparações entre belas mulheres e gazelas. De acordo com os poetas, os homens, geralmente chamados de caçadores, podem morrer de amor com apenas um olhar fatal de uma gazela. Por isso, se um pretendente diz à mulher que ela tem “olhos de gazela”, significa que ele foi enfeitiçado pelo seu olhar.
Na China, conta-se a lenda de uma mulher que era tão bonita que, ao olhar para os peixes, eles ficaram deslumbrados, se esqueceram de nadar e se “afogaram”. Da mesma forma, os gansos deixaram de voar e caíram. Por isso, quando um chinês quer elogiar a beleza de uma mulher, ele se refere à lenda usando a expressão “Chen yu luo yan”, que significa “peixe afogado, ganso caído”.
Os russos usam a palavra “golubchik” (pombinho) ou golubshka (pombinha), como um apelido carinhoso para as pessoas amadas. A tradução eslava da bíblia foi uma grande influência na formação da língua russa, então acredita-se que o apelido tem origem no “Cântico dos Cânticos”, livro do Antigo Testamento, no qual o narrador chama sua mulher de “minha pomba”.
Enquanto chamar alguém de gordo pode ser inaceitável no Brasil, essa expressão é usada em relacionamentos amorosos no Equador e não há nenhuma malícia nisso. Na realidade, os equatorianos não estão se referindo ao peso. Quando eles chamam alguém querido de “gordo” ou “gorda”, estão dizendo que a pessoa é bonitinha, fofinha.
Na Inglaterra, “sweet pea”, que literalmente significa “ervilha doce”, é um apelido comum entre os casais de namorados. Além de lembrar algo pequeno e fofinho, a expressão também quer dizer que o outro é doce, agradável. É o mesmo que dizer “meu docinho” aqui no Brasil, ou “sweety” nos Estados Unidos.