Os serviços de streaming investiram bastante nos últimos anos para atrair novos espectadores com séries e filmes de alto nível. A Netflix, por exemplo, desembolsou milhões de dólares pelo direito de exibição de séries aclamadas, como “Lost” e “Friends”, exibidas originalmente pela NBC. Mas, a intenção da Netflix é se tornar uma das maiores produtoras de Hollywood. E, para isso, a empresa investe pesado também em suas produções originais. A Revista Bula realizou uma pesquisa e reuniu em uma lista as dez séries mais caras do serviço de streaming. Algumas, como “Hemlock Grove” e “Marco Polo”, não deram o retorno esperado e foram canceladas. Outras, como “House of Cards” e “The Crown”, estão entre os maiores sucessos do serviço de streaming. O ranking está organizado em ordem decrescente.
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A Netflix fez um enorme investimento em comédia nos últimos tempos. Para ter acesso ao especial de stand-up de Chris Rock, a empresa desembolsou o valor de 40 milhões de dólares. Em “Tamborine”, o comediante faz comentários ácidos sobre paternidade, infidelidade e política norte-americana. O acordo marcou o retorno de Chris Rock aos palcos de stand-up, após um hiato de oito anos.
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Mesmo que não exista uma quantificação exata, o orçamento da Netflix para produzir essas quatro séries era de 200 milhões de dólares, o que equivale, se distribuído uniformemente, a 40 milhões para cada uma. “Demolidor”, “Luke Cage” e “Punho de Ferro” já foram canceladas pela Netflix. “Jessica Jones” está na segunda temporada, e conta a história de uma ex super-heroína que decide abrir uma agência de detetives em Nova York.
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O orçamento para a primeira temporada dessa série de terror, que teve 13 episódios, ficou entre 45 e 50 milhões de dólares. A trama gira em torno do assassinato de uma jovem, na sombria cidade de Hemlock Grove. Dois homens, suspeitos de terem cometido o crime, tentam provar que são inocentes procurando por conta própria o verdadeiro culpado.
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A série é baseada no livro “Orange Is the New Black: My Year in a Women’s Prison”, e conta a história de Piper Chapman, uma mulher de classe média condenada a um ano de prisão nos Estados Unidos. Ao ser presa, ela se depara com uma nova realidade carregada de tensão. A produção de cada temporada custou 50 milhões de dólares para a Netflix, cerca de 4 milhões por episódio.
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Em mais um investimento na comédia, a Netflix pagou 60 milhões de dólares pelos especiais de stand-up de Dave Chapelle. O acordo marcou o retorno do comediante à Hollywood após 12 anos de afastamento. Nos dois especiais disponíveis na Netflix, Chappelle fala sobre os recentes escândalos sexuais da indústria cinematográfica, política e questões pessoais.
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“House of Cards” é uma série de drama que narra as tramas de Francis e Clair Underwood, que almejam um alto cargo político em Washington. A série se tornou uma das mais populares da Netflix e custou 60 milhões de dólares por temporada, ou cerca de 4,5 milhões por episódio. Após denúncias de assédio sexual, o ator-protagonista Kevin Spacey foi desligado da produção, não aparecendo na sexta e última temporada.
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A série, que se passa na época das grandes navegações, no século 13, exigiu sets e figurinos caros. Para produzi-la, a Netflix pagou 90 milhões de dólares pelos dez primeiros episódios. A trama gira em torno de Marco Polo, um jovem que, na companhia de seu pai e do tio, viaja até a corte de Kublai Klan, atual Pequim, para descobrir novas terras e povos desconhecidos.
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“Sense8” é uma série de drama que conta a história de oito desconhecidos, oriundos de diferentes lugares e culturas, mas que estão conectados mentalmente. Essa ligação permite que eles se comuniquem entre si e também se apropriem do conhecimento e das habilidades uns dos outros. A série foi gravada em 16 cidades e 13 países, custando cerca de 108 milhões de dólares por temporada.
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Ambientada em Nova York em 1977, a série narra o nascimento do hip-hop pelo cotidiano da juventude negra do bairro South Bronx. Entre a ascensão do hip-hop e os últimos dias da Disco Music, a história acompanha a vida dos moradores desse bairro marginalizado. O orçamento da série ficou em torno de 120 milhões de dólares. Devido aos altos custos e atrasos na produção, “The Get Down” teve apenas uma temporada, que foi dividida em duas partes.
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Filha do rei George VI, Elizabeth II dá seus primeiros passos em direção em trono inglês, começando pelas audiências semanais com os primeiros-ministros. Ao longo dos episódios, a série acompanha a jornada da rainha até os dias atuais. Com um orçamento de 130 milhões de dólares por temporada, “The Crown” é o drama mais caro já produzido pela Netflix. Para se ter uma ideia, os trajes da série reproduzem fielmente os que foram usados pela rainha e a réplica do Palácio de Buckingham tem o mesmo tamanho da construção original.