A Netflix inovou mais uma vez ao lançar “Bandersnatch”, a continuação da série de ficção científica “Black Mirror”, que se classifica como o primeiro filme do serviço de streaming a propor a interatividade para adultos. A proposta é que o espectador se sinta dentro da série, pois é ele quem determina as ações do protagonista.
Ambientado em 1984, o filme, dirigido por David Slade, acompanha a vida de Stefan, um jovem programador que transforma um livro de romance em um jogo de realidade virtual interativo. Logo, a vida real de Stefan começa a se misturar com o jogo, criando algumas confusões para o personagem.
“Bandersnatch” apresenta cinco finais diferentes e mais de um trilhão de variações únicas. Mas, é importante lembrar que nem todas causam alterações nos eventos. A versão em default (padrão) do filme tem 90 minutos, mas para que todas as alternativas fossem possíveis, a produção contou com 312 minutos de gravações.
Para colocar o conceito do filme em prática, a Netflix teve que criar um algoritmo próprio, uma ferramenta de escrita narrativa inédita, que ajuda a criar as ramificações da história. Quando o espectador tem de decidir o próximo ato do protagonista, surgem duas opões na tela e há um tempo limite, de 10 a 15 segundos, para que a escolha seja feita. Há também a opção de voltar a refazer escolhas.
O filme pode ser visto em aparelhos de iPad, TVs novas (com controle remoto), consoles de games, tablets, computadores e celulares com Android e iOS. Mas, a reprodução não é possível pela Apple TV, Chromecast e aparelhos mais antigos em geral. Segundo um dos diretores da Netflix, Todd Yellin, a intenção do serviço de streaming é futuramente usar a tecnologia de “Bandersnatch” em comédias, romances e até mesmo filmes de terror.
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