Mesmo que o sexo ainda seja um tabu em muitas culturas, provavelmente é uma das práticas mais antigas e universais do mundo. O que mudou, ao longo dos anos, foram os padrões e concepções acerca do tema. Em muitas civilizações antigas, por exemplo, o sexo não era ligado ao casamento e nem ao âmbito privado. Mas, ainda hoje, algumas comunidades isoladas têm costumes eróticos e ritos de passagem que podem assustar os mais conservadores. Pensando nisso, a Bula reuniu em uma lista dez das tradições sexuais mais chocantes ao redor do mundo.
Os Sambians, da Nova Guiné, acreditam que os garotos só se transformarão em fortes guerreiros se tomarem grandes quantidades de sêmen. Por isso, eles são separados de suas mães aos sete anos e levados para locais onde convivem apenas com outros homens por dez anos. Durante esse tempo, eles passam por rituais de “limpeza”, para removerem qualquer contaminação trazida pelas mulheres e são obrigados a ingerir o sêmen dos idosos.
Nessa comunidade da Austrália, os homens passam por um agonizante ritual de iniciação. Primeiramente, o jovem passa por uma circuncisão realizada de forma primitiva, onde sente muita dor. Depois, ele deve comer o seu prepúcio. Quando a ferida é curada, o pênis é cortado verticalmente, na parte inferior, e o sangue que flui é jogado no fogo. Com esse ritual, acredita-se que o novo homem é purificado.
Na tribo Kreung, do Camboja, o divórcio é ilegal. Mas, as jovens têm muitas opções antes de escolherem o marido. Quando atingem a maioridade, os pais constroem uma pequena cabana para que elas possam ter relações sexuais com quem tiverem interesse. A cultura Kreung não possui o estigma do sexo antes do casamento e as meninas são incentivadas a dormir com o maior número de parceiros possível até encontrarem um marido.
Os antigos egípcios encaravam a sexualidade sem nenhum tabu e a consideravam uma parte natural da vida. Eles acreditavam que o fluxo do Rio Nilo era causado pela ejaculação de Atum, o deus da criação. Por isso, todos os anos, o Faraó liderava uma cerimônia em comemoração a esse deus, o que consistia em ir até a margem do Nilo e se masturbar publicamente. Depois, os outros homens presentes faziam o mesmo.
Relações sexuais entre homens mais velhos e adolescentes eram comuns. O homem adulto era chamado de “erastés” e devia ensinar o sexo ao jovem, denominado “eromeno”, que tinha entre 12 e 18 anos. Porém, os gregos não aceitavam relações entre homens da mesma idade ou classe social, pois o sexo era visto como um ato de poder e quem ficava por baixo durante a relação perdia prestígio.
Quando jovens casais muçulmanos desejam ter relações sexuais, mas não estão prontos para o compromisso do casamento, eles podem optar pelo “Mut’ah”, uma união temporária. Dessa forma, o homem paga uma quantia acordada à mulher eles ficam casados por um tempo determinado, podendo ser por apenas um dia ou até mesmo por alguns anos. Porém, o “Mut’ah” não é um consenso em todos os grupos do islamismo.
Na comunidade nômade Wodaabe, o primeiro matrimônio dos jovens é arranjado pelos pais na infância e eles devem se casar dentro da mesma linhagem. Mas, todos os anos, os homens da tribo celebram o festival “Gerewol”, quando pintam todo o corpo e dançam para impressionar as mulheres, em busca de uma esposa. Quando alguma delas se interessa, mesmo que já esteja casada, pode iniciar uma nova união e trocar de cônjuge. Esses são considerados os casamentos por amor.
Tradicionalmente, os nativos do Havaí adoravam seus próprios órgãos genitais, aos quais davam apelidos carinhosos. Além disso, tanto a realeza havaiana quanto os plebeus compunham “male ma’is”, canções que descreviam física e metaforicamente os órgãos sexuais e celebravam as futuras gerações que viriam. O cântico genital da rainha Lili’uokulani’s, por exemplo, falava de “Travessa”, sua genitália “brincalhona, que sobe e desce”.
Algumas comunidades do Himalaia adotam uma prática conhecida como poliandria afetiva, quando todos os irmãos compartilham a mesma esposa. Eles fazem isso para não terem que dividir as terras da família a cada vez que um novo casamento é realizado e também para não encherem a comunidade de crianças (que comem, mas ainda não trabalham). E como descobrir quem é o pai de cada filho? A mulher que decide e a sua palavra quanto a isso é lei, ninguém discorda.
Desde 2005, os casais de Ulyanovsk, na Rússia, aproveitam o feriado do dia 12 de setembro para tentarem engravidar. Conhecido como Dia da Concepção, a data foi criada pelo governador da região para incentivar o crescimento da população russa. Os casais que tiverem filhos no dia 12 de junho do ano seguinte ganham prêmios como televisões e máquinas de lavar. E o casal vencedor, escolhido por uma comissão especial, leva para casa um carro importado.