Livros são capazes de despertar muitos sentimentos, podem até mesmo emocionar profundamente. Alguns escritores, inclusive, sabem como ninguém fazer com que os leitores sintam na pele o que os personagens estão passando. Para os que gostam de fortes emoções e ficam com os olhos marejados diante de uma história comovente, a Bula preparou uma lista com dez livros que sempre fazem seus leitores chorarem. Entre os escolhidos, destacam-se os clássicos “O Sol é Para Todos”, de Harper Lee, e “Eu Sei Porque o Pássaro Canta na Gaiola”, escrito por Maya Angelou. As sinopses foram adaptadas das editoras.
Publicado originalmente em 1937, é um dos mais belos textos de John Steinbeck. George e Lennie são dois amigos bem diferentes entre si. Só o que os une é a amizade e a posição de marginalizados pelo sistema, o fato de serem homens sem nada na vida, que trabalham fazendo bicos em fazendas da Califórnia durante a recessão econômica americana da década de 1930. Ganham pouco mais do que comida e moradia. No caminho, encontram outros sujeitos pobres e explorados, mas também situações que colocam em risco a sua miserável e humilde existência.
Em “Vidas Secas”, publicado originalmente em 1938 e considerado um dos mais importantes da história da literatura brasileira, Graciliano Ramos retrata a vida de uma família de retirantes nordestinos. O que impulsiona os personagens, Fabiano, Sinhá Vitória, os filhos e a cachorra baleia é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.
Anne era uma menina judia que adorava cinema e sonhava em ser jornalista. Durante a Segunda Guerra Mundial, para escapar dos nazistas, teve que se esconder com outras sete pessoas no Anexo Secreto, em Amsterdã. Após pouco mais de dois anos escondidos, eles foram encontrados e enviados para um campo de concentração. A publicação do diário escrito pela jovem enquanto estava escondida foi autorizada pelo único sobrevivente, o pai de Anne, e tornou-se uma das obras mais lidas no mundo.
O livro é dividido em duas partes: “Campo Geral” e “Uma Estória de Amor”. Na primeira história, o leitor conhece Miguilim, um menino que mora no interior do sertão mineiro e conta suas experiências típicas da infância. Porém, ao perder alguém que ama, Miguilim será forçado a amadurecer precocemente. Em “Uma Estória de Amor”, Manuelzão prepara uma festa para inaugurar uma capela construída em sua fazenda, a pedido da pessoa que mais teve significado durante sua vida: sua mãe.
Nesta história, a narradora da trama, Jem, e seu irmão mais velho são filhos de Atticus Finch, um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher, nos Estados Unidos. O ano é 1930, época da grande depressão, um agravante para as tensões sociais. Ao longo do livro, Jem observa a ignorância e o preconceito dos moradores de sua cidade, Maycomb, e aprende sobre empatia e tolerância.
Um diário escrito na década de 1950, pela catadora de papel Carolina Maria de Jesus, deu origem a este livro, que retrata o cotidiano cruel dos moradores da antiga comunidade do Canindé, em São Paulo. Lutando para educar três filhos, a autora denuncia a violência, a miséria e a fome existentes na favela. Carolina, que era autodidata, escreveu sua história em 20 cadernos encardidos que encontrou no lixo. A escritora foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas.
Considerado uma das obras mais importantes da literatura juvenil brasileira, esse livro conta a história comovente de Zezé, um menino pobre que vive com os pais e os irmãos. Ele é muito inteligente, mas também levado e, por isso, apanha com frequência dos pais. Carente de afeto, Zezé toma por confidente um pé de laranja lima e usa a imaginação para fugir da triste realidade em que vive.
Esse é o primeiro livro autobiográfico de Maya Angelou, e ficou na lista dos mais vendidos dos EUA por dois anos. Maya foi poeta, dançarina, atriz, escritora e ativista dos direitos civis. Abandonada pelos pais divorciados, Maya cresceu na casa da avó, no estado de Arkansas, nos Estados Unidos, durante a época de segregação racial. Marcada por experiências traumáticas e preconceituosas, ela carregou consigo um fardo pesado que só foi aliviado pela literatura.
Essa é a história de duas mulheres, Pequena Abelha, uma jovem nigeriana; e Sarah, uma editora de revista de Londres; cujas vidas se chocam num dia fatídico. Uma delas precisa fazer uma escolha que envolve vida ou morte. Cada capítulo é narrado por uma das protagonistas e assim, o leitor entende, pela ótica delas, como se deu o reencontro das duas, anos depois, quando Pequena Abelha sai de um centro de detenção e se encontra como imigrante ilegal na Inglaterra.
Nesse drama, o leitor é apresentado a duas mulheres afegãs, criadas de maneiras diferentes, que se encontram em um determinado momento da vida. Tendo como pano de fundo a história do Oriente Médio, o livro narra a vida dessas duas personagens fortes, que sofrem nas mãos de um mesmo marido. Unidas pela solidão, Mariam e Laila descobrem, juntas, que as pessoas não controlam seus destinos.